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Arquitetura, tradição e sustentabilidade marcam a parceria de Marcelo Rosenbaum com os Yawanawá

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Carlos Alexandre
A vivência e os conhecimentos das comunidades indígenas despertam fascínio em muitas pessoas ao redor do mundo, e com Marcelo Rosenbaum não foi diferente. O renomado arquiteto brasileiro esteve presente na 5ª Conferência Indígena da Ayahuasca, realizada na Aldeia Sagrada Yawanawá, no Alto Rio Gregório, reafirmando seu compromisso com os povos originários e suas tradições.
Rosenbaum é também professor, designer, comunicador e palestrante. Fundador e presidente do Instituto A Gente Transforma, desde 2011 busca ressignificar espaços e valorizar saberes ancestrais. Seu trabalho já passou por diversas instituições e empresas, como a estruturação de ativações para o banco Itaú, no Rock in Rio, e a criação de lojas para a marca de moda Farm.
Projetos na Aldeia Sagrada
Sua contribuição para a Aldeia Sagrada Yawanawá é significativa, pois ele esteve envolvido na idealização de três importantes estruturas locais. A mais relevante delas é o shuhai, centro cerimonial situado no coração da aldeia, onde acontecem os principais encontros da comunidade. Construído em parceria com a ITA Engenharia, o espaço possui 855 metros quadrados e 33 metros de diâmetro.

Além disso, Rosenbaum colaborou na concepção do Complexo Y, um espaço de hospedagem projetado para acolher 250 pessoas durante o evento. Com uma extensa área externa onde são preparadas e servidas refeições comunitárias, o local tem 1.877 metros quadrados e está destinado a se tornar a Universidade dos Saberes Ancestrais Yawanawá.

E outra obra trabalhada pelo olhar experiente de Rosenbaum na aldeia é a casa da filha do cacique, projetada com módulos replicáveis para facilitar sua expansão e aplicação em outras moradias. Cada uma dessas construções reflete um projeto mais amplo, que visa não apenas criar espaços físicos, mas também fomentar práticas sociais, culturais e econômicas que garantam um futuro promissor para as próximas gerações de Yawanawá.
A construção dessas estruturas foi um processo coletivo, no qual os próprios Yawanawás, organizados de maneira autônoma, trabalharam ao lado de arquitetos e engenheiros. O protagonismo indígena foi essencial: foram eles que construíram, exercendo e aprimorando seus conhecimentos arquitetônicos, acumulando saberes que serão transmitidos para as futuras gerações.

A arquitetura como ferramenta de transformação
Marcelo Rosenbaum destaca que esse trabalho é resultado de uma relação de 14 anos com a comunidade Yawanawá, especialmente com o cacique Biraci Brasil e sua família. Essa longa jornada permitiu o amadurecimento de ideias e experimentações até que se chegasse a um modelo ideal de construção para a aldeia. O arquiteto enfatiza a importância de aprender com os povos indígenas e de contribuir para a preservação não apenas de suas moradias, mas de todo o ecossistema em que vivem.

“Tenho trabalhado em muitos territórios indígenas e busco aprender sempre ao máximo. Nunca trago uma tese ou um conceito pronto. São os próprios povos que detêm o conhecimento e, a partir dele, construímos de maneira colaborativa. Eles são os verdadeiros guardiões da floresta. E em meio ao colapso ambiental e à crise climática, vejo essa troca como uma forma de aprendizado e contribuição”, diz Marcelo.

Seu trabalho é motivado pela máxima de arquitetura e design como ferramentas de transformação social, com uma atuação próxima a comunidades indígenas de todo o Brasil. Além do Acre, ele já desenvolveu projetos indígenas em outras localidades como um conjunto de edificações em Itarema, no Ceará, para o povo Tremembé. Ele também desenvolveu a sede do Conselho Indígena de Roraima, em Boa Vista.
Um espaço de valorização cultural e identitária
O líder Yawanawá e anfitrião da 5ª Conferência, cacique Biraci Brasil, destaca que toda a infraestrutura foi pensada para proporcionar um espaço digno e adequado ao evento, que é um momento fundamental de deliberação sobre os usos, costumes e compartilhamento de saberes das medicinas tradicionais.
Ele levanta: “Fizemos essa frutífera parceria com Rosenbaum para proporcionar um local confortável de vivência, com uma estrutura que prova que conseguimos viver muito bem na floresta. Eu quis semear neste local de tanta importância um espaço de amor ao próximo e de resgate da autoestima para as novas gerações indígenas”.

O trabalho de Marcelo Rosenbaum junto aos Yawanawá revela uma síntese entre arquitetura, sustentabilidade e respeito às tradições ancestrais. Seu projeto não apenas ergue estruturas, mas também fortalece identidades e possibilita que o conhecimento dos povos originários continue vivo e pulsante para as gerações futuras.
Governo do Acre na conferência
O governo do Acre marcou presença na conferência, ressaltando o seu compromisso com as lideranças indígenas e fortalecendo sua mobilização por direitos. Por meio da atuação da Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas (Sepi), foi fornecido apoio, estrutura, garantia de suporte logístico e participação ativa das discussões e mediações do evento.
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Sefaz do Acre integra nova diretoria do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda para o biênio 2025-2027

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7 de fevereiro de 2025
André Ricardo
O Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) promoveu nesta sexta-feira, 7, durante a 40ª Reunião Extraordinária, a eleição para Presidência e Administração do colegiado para o biênio 2025/2027. O secretário de Estado da Fazenda do Acre, Amarísio Freitas, foi eleito, com maioria do número de votos, para composição do Conselho Fiscal.
Na ocasião, o secretário da Fazenda do Mato Grosso do Sul, Flávio César Mendes de Oliveira, foi definido como presidente.
“Expresso meu profundo agradecimento a todos os colegas secretários de Fazenda e membros do Comsefaz pela confiança e credibilidade no desempenho de minhas atribuições. Temos um longo caminho pela frente nos próximos dois anos. Acredito que, em tempos de implementação da reforma tributária, com todos os estados representados e fortalecidos, teremos um país mais desenvolvido economicamente e fortalecido na gestão fiscal”, disse Amarísio Freitas.
Com sede em Brasília, o Comsefaz atua na integração e articulação dos secretários estaduais de Fazenda, promovendo o diálogo com o governo federal e os poderes Legislativo e Judiciário. Seu objetivo é fortalecer a gestão fiscal, financeira e tributária do país, assegurando que os Estados tenham protagonismo nas decisões que impactam suas economias.
“Em nome do governo e do povo acreano, parabenizo ao secretário Amarísio por sua eleição para o Conselho Fiscal do Comsefaz, cargo que honra o estado e no qual, tenho certeza, continuará defendendo os interesses acreanos, com sua reconhecida competência e determinação”, destacou o governador Gladson Cameli.
Comsefaz no Acre

No mês de julho, o Acre sediará, pela primeira vez, a 49ª Reunião Ordinária do Comsefaz e a 197ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Os encontros ocupam posição de destaque entre os eventos mais importantes no cenário socioeconômico e fiscal do país e ocorrem nos dias 2, 3 e 4 de julho, em Rio Branco.
Perfil do representante do Acre no Conselho Fiscal do Comsefaz

Amarísio Freitas é acreano, nascido no município de Cruzeiro do Sul. É formado em Ciências Contábeis, especialista em Gestão Empresarial, Auditoria e Perícia Contábil, e possui MBA em Gestão Pública com ênfase em controle externo. Freitas é auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE/AC) de carreira. Ele também foi analista no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), professor acadêmico e de pós-graduação, bem como exerceu a função de secretário adjunto do Tesouro Estadual por duas vezes (2020 e 2023) e é secretário de Estado da Fazenda desde 2021.
Composição da Presidência e Administração do Comsefaz (Biênio 2025/2027)
Presidente:
- Flávio César Mendes de Oliveira – secretário de Fazenda do Mato Grosso do Sul
Vice-presidentes:
- 1º Vice-Presidente: Luis Fernando Pereira da Silva – secretário de Estado de Finanças de Rondônia;
- 2º Vice-Presidente: Fabrízio Gomes Santos – secretário da Fazenda do Estado do Ceará;
- 3º Vice-Presidente: Luiz Cláudio Gomes – secretário de Estado da Fazenda de Minas Gerais;
- 4º Vice-Presidente: Norberto Anacleto Ortigara – secretário de Estado da Fazenda do Paraná;
- 5º Vice-Presidente: Francisco Sérvulo – secretário de Economia do Estado de Goiás.
Conselho Fiscal – Titulares:
- Amarísio Freitas – secretário de Estado da Fazenda do Acre;
- Rogério Gallo – secretário de Fazenda do Estado do Mato Grosso;
- Emílio Joaquim de Oliveira Júnior – secretário de Fazenda do Estado do Piauí.
Conselho Fiscal – Suplentes:
- René de Oliveira e Sousa Júnior – secretário de Estado da Fazenda do Pará;
- Benicio Costa – secretário de Estado da Fazenda do Espírito Santo;
- Marialvo Laureano dos Santos Filho – secretário de Estado da Fazenda da Paraíba.
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Segurança Pública intensifica fiscalização na fronteira entre Acre e Bolívia

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7 de fevereiro de 2025
Mariana Moreira
Visando o enfrentamento dos crimes transfronteiriços a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), tem intensificado suas atividades de fiscalização nas áreas de fronteira com a Bolívia.
Com o objetivo de combater os crimes na região fronteiriça e o tráfico de imigrantes, o Gefron vem adotando medidas para garantir a segurança da sociedade com a fiscalização das entradas e saídas para o país vizinho nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia.
O coordenador do Grupo Especial de Fronteira, Assis dos Santos explica que: “A Sejusp intensificou as ações de fiscalização na região do Alto Acre por meio do Gefron que está operando na cidade de Epitaciolândia e Brasiléia fiscalizando e realizando abordagens em pontos de entrada e saída da cidade”.
De acordo com Santos, essa estratégia reforça o compromisso da segurança pública em garantir a tranquilidade da população, especialmente nas áreas de fronteira, combatendo os crimes transfronteiriços e o tráfico de drogas.
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Vigilância ativa contra a monilíase do cacau e cupuaçu garante sustentabilidade no cultivo da fruta nativa do Acre

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7 de fevereiro de 2025
Fabiana Matos
Na Amazônia, muitas frutíferas originárias da região entram em safra durante o período mais chuvoso do ano. É nesta época que frutas como o cacau e o cupuaçu são tipicamente colhidas: quando estão em seu pico de maturação. Pensando nisso, ações de combate à monilíase na região do Juruá, como o monitoramento de propriedades e atividades de educação sanitária, estão sendo realizadas pela equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf).
Provocada por um fungo, a monilíase do cacaueiro e cupuaçu aparece como forma de um pó branco ou de cor creme na superfície do fruto, e seus esporos se espalham com facilidade pelo ar, podendo contaminar frutas e causar perdas significativas.
O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área urbana no município de Cruzeiro do Sul. Após a data de notificação do fungo, o Acre adotou iniciativas para eliminar a monilíase, o que levou ao status de emergência fitossanitária, com a criação de barreiras sanitárias e orientação à população de como intervir diante de possíveis casos.
“O trabalho cooperativo e constante de toda a equipe do Idaf mostra o empenho em instruir o produtor sobre a importância da adoção de medidas de prevenção, evitando o trânsito de frutos contagiados”, explica Altemar Pereira, coordenador estadual de prevenção, controle e erradicação da monilíase.
Nas inspeções, que estão ocorrendo desde o início do ano, os técnicos do Idaf já executaram prospecções em 120 propriedades da área urbana de Cruzeiro do Sul, sendo que em 67 propriedades já foi realizada a poda de 187 plantas hospedeiras da doença.

Crescimento da produção do cupuaçu impulsiona a economia acreana
Mesmo com a contenção da doença, o comércio local no Juruá continua impulsionado com benefícios de mercado destes produtos que se estendem por toda a cadeia produtiva, o que permite o produtor ter mais uma fonte de renda, aproveitando a versatilidade que o cupuaçu oferece.
Para o produtor rural Humberto Oliveira, morador do Polo Florestal em Cruzeiro do Sul, onde teve o primeiro foco da monilíase no setor rural, com as ações do Idaf a população fica ciente de como combater a praga e a quem procurar: “Já perdi algumas plantações por conta da monilíase. Como sou produtor de cupuaçu, hoje vejo a importância do Idaf em me orientar e estar sempre presente, com o trabalho de monitoramento, erradicando a doença”.
Como um dos principais vetores do fungo causador da doença é o transporte humano, desde 11 de dezembro de 2020 está em vigor o Decreto n° 112, sancionado pelo governo federal, que proíbe a saída das frutas cacau e cupuaçu provenientes do Juruá, permitindo apenas o transporte de amêndoas fermentadas e secas de cacau classificadas tipo 1 e 2, desde que sejam acondicionadas em sacarias novas.

Em Rio Branco, a venda do cupuaçu tem mostrado resultados positivos, com destaque para o aumento da produtividade e o fortalecimento da economia regional. Produtores de agricultura da safra comemoram o resultado das vendas.
“Tenho como fonte de renda a venda de frutas da nossa região, por isso, mesmo sabendo que Rio Branco está livre da monilíase, eu faço questão de manter o zelo nas frutas, pois é exigência do mercado consumidor que compra a fruta in natura, ou somente a polpa do cupuaçu para produção de trufa, bala, geléia, doce, biscoito e doce cristalizado”, afirma, Andreia Ferreira, feirante da agricultura familiar.
Com ações desempenhadas pela equipe do órgão, o Idaf é destaque em conferências nacionais e internacionais por manter um trabalho sério e qualificado na contenção da monilíase, contribuindo para a produção interna.
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