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AMAZÔNIA

Artesanato indígena contribui para melhoria na renda de famílias nas aldeias

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Conhecido mundialmente por suas culturas, tradições e espiritualidade, o povo Yawanawa é referência também no artesanato indígena. Utilizando recursos naturais, as mulheres confeccionam tapetes, leques e vasos de palha de jaci, matéria-prima extraída da floresta, entre outras peças ornamentais.

Com miçangas, elas fabricam pulseiras, colares, anéis, brincos e tiaras, além de objetos de uso comum nas tradições dos povos da floresta.



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A exuberância das peças indíegnas chama a atenção (Foto: Sérgio Vale/Secom)

As políticas públicas desenvolvidas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN) e Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), têm favorecido a independência das indígenas em diferentes aldeias. No Mutum, as mulheres afirmam ter adquirido mais respeito dos homens desde que começaram a fazer parte do programa de artesanato acreano e adquirir a própria renda.

Nas feiras nacionais, o artesanato indígena conquistou a clientela que opta por adquirir peças que configurem a identidade dos povos nativos. Com uma exuberância e design diferenciado, o artesanato dos povos Yawanawa conquista novos mercados.

A quebra de paradigma entre os Yawanawas, com a responsabilidade e liderança da aldeia sob o comando de uma cacica, tem atraído pessoas de diferentes lugares do mundo. A holandesa Tessa Van de Ven afirma que ouvia falar sobre as tradições e lhe chamou atenção saber que uma mulher é uma das principais lideranças Yawanawa e considera que o universo feminino é responsável pelo progresso mundial.

“Sempre ouvia falar sobre essas culturas e sobre a espiritualidade desses povos e me chamou atenção saber que uma mulher é a maior autoridade na aldeia, desconstruindo a conjuntura de que é uma função genuinamente masculina. Não imaginava que isso pudesse existir numa sociedade tão machista, mas isso é muito legal. Na Holanda, as mulheres são tão independentes quanto os homens, e é importante esse contexto social. Já vim outras vezes aqui nesta aldeia e é sempre uma emoção diferente, gosto muito desse povo”, disse.

A artesã Francisca Yawanawa reafirma a importância do artesanato para a vivência nas aldeias. “Nós queremos muito agradecer as pessoas que vêm nos visitar e sempre compram nossos produtos. É com esse dinheiro que ajudamos nossos maridos a comprarem algumas coisas necessárias para o trabalho do dia a dia”, disse.

O coordenador do Artesanato Acreano, Wanderson Lopes, não esconde a satisfação de estar gerindo uma equipe sempre disposta a galgar novos desafios por meio do artesanato e se considera honrado em poder contribuir com a realização desse projeto.

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Acessórios indígenas feitos por Yawanawa (Foto: Arquivo/Secom)

“Estar à frente de uma coordenação de tanta expressividade como o artesanato acreano é motivo de honra, e saber onde chegamos e quem alcançamos com os projetos de capacitação, incentivo e aperfeiçoamento da produção. Ainda há muito a fazer, mas muito já foi feito. Hoje temos um reconhecimento internacional por meio desses profissionais que nos ajudam a construir a história do artesanato acreano”, ressaltou.

“Nós ensinamos nossas gerações a fazer cordões, pulseiras brincos e tudo o mais que a nossa floresta nos permite. Utilizamos palheiras, cipós e folhagem além de sementes para deixar nosso artesanato cada vez mais bonito, porque assim as pessoas não deixam de nos ajudar comprando os nossos produtos. Fazemos com muito carinho para conquistar cada vez mais a preferência das pessoas”, destacou a artesã Márcia Yawanawa.

O artesanato

Considerada uma atividade universal, o artesanato se diferencia no modo de fazer, no material empregado e nas formas ou padrões empregados em cada época e região e envolve algumas técnicas manuais, o que torna o profissional um artista, pois seus produtos são considerados verdadeiras obras de arte.

O artesanato acreano é referência nacional por suas formas e cores tipicamente regionais e ganha novos espaços com a participação de artesãos em eventos nacionais que fomentam a economia no setor.

Desenvolvido também nas comunidades indígenas, o artesanato se destaca pela riqueza de cores e beleza e possui grande valor artístico, pois representa a expressão das diferentes culturas dos povos nativos.

ACRE

Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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ACRE

Acre tem mais de 120 vagas de emprego nesta segunda-feira; confira as oportunidades

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O Sistema Nacional de Emprego do Acre (Sine) divulga 123 vagas de emprego para diversas áreas nesta segunda-feira (18) em Rio Branco.

Para se candidatar às vagas, que podem ser rotativas, os candidatos devem ter um cadastro no Sine. Para fazer, é preciso levar Carteira de Trabalho, comprovante de endereço e escolaridade, RG/CPF e título de eleitor para realizar o cadastro.



O atendimento ocorre por telefone, onde o Sine fornece mais informações sobre as oportunidades divulgadas. Para conferir se as vagas ainda estão disponíveis, basta entrar em contato através dos telefones 0800 647 8182 ou (68) 3224-5094.

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ACRE

Cerca de 100 famílias que perderam suas casas após cheia do Rio Acre já podem buscar aluguel social

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Pelo menos 100 famílias que estão abrigadas no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, por não ter para onde ir após a cheia do Rio Acre, já estão autorizadas a procurar casas para alugar e serem contempladas com o aluguel social. O subsídio será liberado pela Defesa Civil Municipal para pessoas que tiveram suas casas destruídas ou condenadas pela enchente.

👉 Contexto: O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordo, que é 14 metros, dia 23 de fevereiro. Já no dia 29 do mesmo mês, seis dias depois, o manancial atingiu a marca de 17 metros e permaneceu acima da marcação até o dia 8 de março, quando baixou para 16,59 metros.



No dia 6 de março, o manancial alcançou a maior cota do ano – 17,89 metros. A cheia deste ano foi a segunda maior da história desde que a medição começou a ser feita em 1971. A maior cota já registrada é de 18,40 metros em 2015. À época, mais de 100 mil pessoas foram atingidas pela cheia.

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