Uma presidiária japonesa no corredor da morte, conhecida como “Viúva Negra” por matar vários amantes idosos, morreu, disseram autoridades na sexta-feira.
Chisako Kakehi foi condenada à morte pelo assassinato de três homens, incluindo o marido, e pela tentativa de homicídio de um quarto homem entre 2007 e 2013.
“Sua morte foi confirmada em um hospital na quinta-feira” depois que ela foi encontrada deitada em sua cela em um centro de detenção de Osaka, disse um funcionário do do Japão Ministério da Justiça disse à agência de notícias AFP.
Ela tinha 78 anos. Ela estava buscando um novo julgamento em um dos três casos de assassinato, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, mas já havia sido rejeitada em um tribunal de primeira instância.
Quem foi a ‘viúva negra’?
Kakehi teve vários relacionamentos com homens idosos ou doentes.
Ela conheceu alguns deles através de agências de namoro, onde estipulou que os possíveis parceiros deveriam ser ricos e sem filhos.
Em 2017, ela foi condenada à morte depois que um tribunal concluiu que ela havia assassinado três parceiros envenenando-os com cianeto e tentado assassinar um quarto.
Kakehi supostamente acumulou um bilhão de ienes (cerca de US$ 9 milhões na época) em pagamentos de seguros e heranças ao longo de 10 anos. Mas posteriormente ela perdeu a maior parte do dinheiro através de negociações financeiras malsucedidas.
Sua sentença de morte foi mantida pela Suprema Corte do Japão em 2021, com a juíza Yuko Miyazaki dizendo que ela “usou cianeto nos homens depois de fazê-los confiar nela como companheira de vida”.
“É um crime calculado e cruel, baseado numa forte intenção de homicídio”, disse Miyazaki.
O Japão está entre um pequeno número de democracias desenvolvidas que ainda utilizam a pena capital. No entanto, só realizou um em 2022 e nenhum em 2023, segundo a Amnistia Internacional.
zc, msh/rc (AFP)