A violência desenfreada não dá trégua no Acre. Moradores da Baixada da Sobral denunciam que estão sendo assaltados diariamente por criminosos que atuam no entorno do Terminal de Integração de Passageiros, localizado a menos de 300 metros do 3º Batalhão da Polícia Militar.
A região da baixada da sobral compreende um aglomerado de dezenove bairros e uma população de mais de 80 mil moradores, com alto índice de criminalidade e, portanto, necessita de muita atenção das forças policiais.
Dona Maria Eugênia diz que precisa estar no terminal às 05h. Ela toma o primeiro ônibus em direção ao mercado municipal Elias Mansour. “Venho cedinho, mas só Deus sabe o quanto tenho medo de ser assaltada de novo. Já me levaram meus pertences por três vezes. Nem trago mais o celular, nem a minha carteira”, relata a moradora do bairro Plácido de Castro.
Manoel Fernandes utiliza o terminal diariamente. Para ele o que mais causa indignação é ver um batalhão da PM tão próximo ao local sem movimentação de policiais por ali. “Parece que ficam dormindo, ou estão lá só para viver aquartelado, enquanto nós aqui fora sem segurança e convivendo com o medo”, desabafa o mesmo.
As famílias pedem ações preventivas e rondas nos horários mais movimentados. Além do Terminal de integração, o Centro de abastecimento fica no mesmo complexo.
Ainda na transição do governo Tião Viana, Gladson Cameli anunciou que estaria deixando toda estrutura de poder no tocante da segurança pública sob o comando do vice Major Rocha. Gladson afirmou que o seu vice era a pessoa ideal para devolver a paz e bem estar do povo, até pela experiência de ser um militar.
Quem não se lembra das declarações do comandante da Polícia Militar, Coronel Paulo Cesar, que chegou a prometer uma sensação de paz em dez dias de governo?
Esta paz até agora não foi sentida pelos cidadãos que amargam um clima de guerra e insegurança. Mais que colocar as viaturas e armamentos, faltam ações de inteligência no combate ao crime, que se organiza cada vez mais.