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Blitz educativa em rodovia no AC alerta sobre casos de exploração e abusos sexuais

A Polícia Rodoviária Federal do Acre (PRF-AC) montou uma blitz educativa na BR-364 para alertar sobre os casos de abusos e exploração sexual no estado. A ação é em alusão ao Dia Nacional do Combate ao Abuso, Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado neste sábado (18).

Ao G1, o presidente da Comissão Regional dos Direitos Humanos da PRF-AC, Wilse Filho, explicou que as ações começam no posto de fiscalização da polícia no bairro Santa Cecília e se estendem pela rodovia.

“Vamos abordar caminhões, taxistas e ônibus, que é um público que lida com crianças e adolescentes orientando quando a questão da criminalidade. Tudo é no intuito de alertar a população sobre a questão”, frisou.

Nesta sexta (17), a PRF-AC também esteve na Escola Raimundo Hermínio de Melo, em Rio Branco, em uma palestra para alunos do 5º ao 9º ano e professores.

“Enfatizamos os conceitos, características das vítimas e agressores, falamos sobre como fazer a denúncia. A última ação dessa data vai ser uma participação no Hotel Loureiro no dia 24, quando vamos abordar a temática em uma questão mais científica e acadêmica com dados e pesquisas”, complementou.

Dados

O presidente da comissão falou ainda sobre os dados do Projeto Mapear, divulgados nesta semana em um levantamento da PRF. Os dados mostram que a quantidade de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes cresceu 45% nas rodovias federais do Acre.

Segundo Filho, o projeto utiliza critérios que levam em consideração os pontos onde há probabilidade de exploração sexual nas rodovias.

“Frequência de pessoas menores de idade, locais onde há bebida alcoólica próximo a locais ermos. São critérios que o projeto leva em consideração, mas isso não significa que, na hora durante a abordagem ou passagem dos policiais, há uma exploração. Diante desses números, fazemos outras ações e trabalhos de fiscalização e prevenção para coibir”, ressaltou.

Filho revelou que ano passado a PRF-AC conseguiu resgatar uma criança que estava em ambiente suscetível à exploração ou abuso sexual. O presidente relembrou também que, na maioria dos casos, os casos ocorrem no ambiente familiar, escolar e até mesmo religioso.

“O agressor é o pai, cuidador, aquela pessoa que a família confia e, geralmente, é dentro das casas. Nas rodovias são pontos prováveis de exploração. Tem uma diferença entre o abuso e a exploração. O abuso é quando a pessoa é submetida ao sexo sem consentimento ou menor de 14 anos que é estupro de vulnerável. A exploração é quando há um retorno financeiro”, concluiu

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