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China intensifica offshoring para driblar tarifas de Trump – 04/02/2025 – Mercado

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Joe Leahy, Chan Ho-Him, Arjun Neil Alim, Thomas Hale, William Langley
Fabricantes chineses afirmam que irão acelerar os esforços para transferir a produção para outros países a fim de contornar as tarifas dos Estados Unidos, após o presidente Donald Trump anunciar a nova ofensiva comercial que impôs uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas.
Pequim deu os primeiros indícios de retaliação nesta terça-feira (4), taxando carvão e petróleo e iniciando investigações antitruste contra gigantes americanos, como o Google.
A resposta inicial relativamente contida, combinada com a trégua de Trump com Canadá e México nesta segunda-feira (3) e seus planos para uma ligação com o líder chinês Xi Jinping nos próximos dias, alimentaram esperanças em Pequim de que possa haver espaço para negociação.
Mas com a tarifa entrando em vigor nesta terça-feira (4), empresas nas regiões manufatureiras do sul da China disseram que suas estratégias incluíam mover parte da produção para locais como o Oriente Médio, repassar o custo para os clientes dos EUA e buscar mercados alternativos.
“Muitos exportadores chineses, especialmente no mercado de produtos de consumo, já haviam perdido parte de seu mercado nos EUA nos últimos anos após as tarifas”, disse Michael Lu, presidente da produtora de caixas de presente Brothersbox, com sede na China, referindo-se às tarifas impostas por Trump como parte de uma guerra comercial durante seu primeiro mandato.
Lu disse que a Brothersbox planejava mover parte de sua produção para os Emirados Árabes Unidos este ano para atingir o mercado dos EUA. “Esperamos reconquistá-los”, disse ele sobre seus clientes norte-americanos.
A ameaça de Trump de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses —que ele atribuiu à suposta inação de Pequim sobre exportações de fentanil para os EUA— foi levantada durante sua campanha eleitoral.
No entanto, as empresas chinesas já vêm diversificando seu comércio nos últimos anos. A participação direta da China nas importações dos EUA caiu oito pontos percentuais entre 2017 e 2023, de acordo com um relatório do Rhodium Group.
Parte da produção chinesa foi transferida para outros países, de onde é exportada para os EUA. A participação das importações dos EUA do Vietnã e do México, por exemplo, aumentou substancialmente durante o mesmo período.
Lynn Song, economista-chefe da ING para a Grande China, disse que a nova tarifa teria um efeito limitado porque “muitas das exportações sensíveis ao preço para os EUA já foram redirecionadas como resultado da primeira guerra comercial”.
Com Trump mirando o México, as empresas chinesas provavelmente deslocariam mais comércio para o sudeste asiático e a América Latina, avalia.
Exportações chinesas mais sofisticadas, como peças de máquinas, também seriam difíceis de substituir, o que significa que os compradores dos EUA teriam que absorver os aumentos de preços.
Tony Cao, da Foshan Nanhai Yingya Hardware Products, empresa na província de Guangdong, no sul da China que realiza cerca de 5% de suas vendas nos EUA, disse que as tarifas atingiriam mais os importadores americanos do que os produtores chineses.
“Eles precisam comprar produtos chineses. Seus custos de aquisição aumentarão e, portanto, seus preços de venda subirão correspondentemente”, diz Cao.
Alguns analistas disseram que a velocidade da implementação prometida da tarifa representava um desafio para Pequim e questionaram quanto mais da capacidade de manufatura chinesa poderia ser facilmente movida para o exterior.
“Qualquer um que pudesse [mover cadeias de suprimentos] já o fez”, disse Cameron Johnson, sócio da consultoria Tidalwave Solutions. Países como o Vietnã, onde empresas chinesas montaram linhas de produção, também poderiam ser atingidos por tarifas, disse ele.
“Qualquer um que tenha um superávit comercial significativo com os EUA vai receber algum tipo de tarifa”, disse Johnson.
Amy Lin, gerente de vendas da fabricante chinesa de calçados Teshuailong, disse que o investimento no exterior exigia mais capital e mão de obra do que sua empresa poderia reunir. Em vez disso, a Teshuailong buscaria novos clientes em mercados como o Oriente Médio. “A vida continua”, disse Lin.
Além da taxação de produtos e mira em grandes empresas americanas, analistas apontam que a retaliação chinesa também pode envolver controles de exportação de terras raras.
Johnson, da Tidalwave, disse que outras medidas poderiam incluir mais controles sobre exportações de drones e peças de veículos elétricos para os EUA.
Folha Mercado
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A maioria dos analistas acredita que Washington imporá mais tarifas, especialmente após a conclusão, que deve ocorrer em abril, de uma investigação ordenada por Trump sobre o acordo comercial de 2019 com Pequim durante sua primeira gestão.
Embora as importações chinesas de produtos agrícolas dos EUA tenham aumentado ligeiramente após esse acordo, suas compras de bens manufaturados americanos diminuíram em 2020 e 2021, à medida que a pandemia causou estragos nas cadeias de suprimentos globais.
Alguns analistas acreditam que a melhor estratégia da China é cortar silenciosamente suas próprias importações de produtos americanos visados, como aeronaves, produtos agrícolas e dispositivos médicos.
Isso poderia prejudicar os redutos de políticos republicanos poderosos ou grupos industriais, como agricultores e o setor de petróleo e gás, enquanto aguardam uma chance de negociar um novo acordo.
“Não descartamos a possibilidade de tarifas recíprocas vindas [da China], mas achamos que serão feitas silenciosamente”, disse Chris Beddor, diretor adjunto de pesquisa da China na Gavekal, para evitar desviar a atenção do presidente do Canadá e do México, e possivelmente da UE.
“Trump está claramente ainda aberto a um acordo em algum momento”, acrescentou Beddor, apontando para seu adiamento da proibição do TikTok e uma ligação no mês passado com Xi.
Economistas disseram que as políticas de Trump poderiam, em última análise, fortalecer a economia da China, forçando Pequim a se concentrar em reformas estruturais difíceis, como direcionar mais recursos para as famílias em vez de infraestrutura e indústria.
A China relatou um superávit comercial geral recorde de quase US$ 1 trilhão no ano passado, à medida que o país dependia da demanda externa para compensar uma economia doméstica fraca e uma desaceleração profunda no setor imobiliário.
“A ironia da primeira guerra comercial”, disse Song da ING, foi que ela reforçou a busca da China por “autossuficiência tecnológica”.
Outros alertaram, no entanto, que a economia da China estava em uma posição muito mais fraca agora. Em 2018, o país foi capaz de usar a desvalorização da taxa de câmbio, a diversificação do comércio e a redução das margens de lucro dos exportadores para mitigar as tarifas, disseram analistas do Barclays.
“Os canais acima diminuíram significativamente, sugerindo um impacto muito maior no comércio da China desta vez”, disseram eles.
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Criticado, o governo dá 15 milhões de euros para pesquisas sobre câncer pediátrico

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8 de fevereiro de 2025
“O governo se compromete a concluir o orçamento dedicado à luta contra cânceres pediátricos com 15 milhões de euros”uma soma que virá “Complete os 60 milhões adicionais de euros já” Alocado a essa causa, informou o Ministério do Ensino Superior e pesquisas no sábado, 8 de fevereiro, em comunicado.
Ele explica que a Comissão Conjunta do Parlamento responsável por amarrar um compromisso no orçamento de 2025 “Em sua decisão final, não manteve uma emenda a favor da luta contra cânceres pediátricos”, mas que o governo de François Bayrou considera essa causa como “Uma prioridade”.
Ele especifica isso “O estado aumenta os meios dedicados à luta contra o câncer” e isso “A doação anual do National Cancer Institute pelo Ministério do Ensino Superior e Pesquisa, por exemplo, aumentou de 38 milhões de euros para 68 milhões de euros” Ano passado.
O comunicado de imprensa acrescenta isso para “Reafirmam o compromisso do estado” Nesta área, “Todos os atores da oncologia pediátrica serão recebidos nos próximos dias”.
“Economia na saúde e até na vida de nossos filhos”
As associações para a luta contra o câncer e os membros da oposição esquerda criticaram o governo de François Bayrou nas recentes 24 horas, como Marine Tondelier, secretário nacional da Eelv. O gerente ambiental escreveu no sábado na rede social X, antes do anúncio ministerial, que o governo de Bayrou estava tentando “Economia na saúde e até na vida de nossos filhos”. “Quinze milhões de euros votaram pela Assembléia Nacional e pelo Senado desapareceram do orçamento de Bayrou”ela acrescentou, perguntando “A recuperação imediata desses créditos”.
Sexta -feira, o deputado de esquerda François Ruffin, à frente do movimento Picardie Standing, postou em x que “No outono passado, trouxemos 15 milhões de euros no orçamento para pesquisas contra cânceres em crianças. Votado por unanimidade, no Senado, na Assembléia. François Bayrou acaba de removê -lo ».
A associação Grandir Sans Cancer havia falado na sexta -feira em x de um “Choque para Assos e Famílias. Os deputados e senadores haviam votado em 15 milhões de euros em pesquisa clínica sobre cânceres pediátricos, por unanimidade. Nós nunca teríamos imaginado que (o governo) ousaria removê -los “.
O mundo com AFP
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EAGLES END END Brandon Graham retorna do tríceps rasgado para o Super Bowl | Philadelphia Eagles

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8 de fevereiro de 2025
Agencies
O final defensivo da Philadelphia Eagles, Brandon Graham, foi liberado para retornar de um tríceps rasgado sofrido há 11 semanas e jogará no Super Bowl contra o Kansas City.
Pensa-se que Graham, 36 anos, foi feito para a temporada depois que ele foi ferido em um jogo de 24 Noember contra o Los Angeles Rams.
Graham foi colocado em reserva ferida dois dias depois, aparentemente terminando o que ele havia chamado de temporada final de sua carreira. Enquanto os Eagles continuavam vencendo, incluindo todos os três jogos dos playoffs da NFC, Graham começou a sugerir que ele poderia colocar em sua camisa 55 – ele considerou um sinal de boa sorte quando os Eagles marcaram 55 pontos no jogo do título da NFC – no jogo Super Bowl.
Graham voltou à prática como participante limitado na semana passada e foi listado como participante completo no relatório de lesões de sexta -feira. Ele estava oficialmente de volta à lista de 53 jogadores no sábado.
Graham disse nesta semana em Nova Orleans que ele se imaginou correndo para fora do túnel para apresentações do Super Bowl.
“Vai se sentir ótimo porque você trabalhou para voltar”, disse Graham. “Eu sei que a equipe trabalhou para chegar aqui e quero estar lá para eles.”
Graham é um dos dois jogadores de posição e quatro jogadores no geral, da equipe do Campeonato do Super Bowl do Eagles na temporada de 2017.
A escolha da primeira rodada dos Eagles em Michigan em 2010, disse Graham no campo de treinamento que essa seria sua última temporada. Sua lesão o levou a reexaminar sua escolha, embora sua decisão de aposentadoria não seja final.
Ele é responsável por um dos grandes momentos da história do Eagles, com seu saco de tira de Tom Brady, da Nova Inglaterra, no Super Bowl, com 2:21 restantes no quarto trimestre. Derek Barnett se recuperou e os Eagles penduraram para vencer 41-33.
Graham perdeu a maior parte de 2021 com um tendão de Aquiles rasgado, mas voltou na próxima temporada para obter 11 sacos de carreira. Graham teve três sacos e meio em 11 jogos nesta temporada, antes de se machucar. Ele detém o recorde de franquia com cinco sacos de pós -temporada e meia de carreira.
Graham tocou 18 snaps sem tackle ou saco quando Patrick Mahomes e os Chiefs venceram o Eagles 38-35 há dois anos.
Os Chiefs, no sábado, elevaram o linebacker Swayze Bozeman e o cornerback Steven Nelson, da equipe de treinos. Eles não ativaram o grande receptor Skyy Moore, que esteve no IR, mas praticou na semana que antecedeu o Super Bowl.
Sem Graham, os Eagles tiveram sucesso usando uma combinação de três jogadores de Nolan Smith, Josh Sweat e Jalyx Hunt.
“Não quero atrapalhar o ritmo do que todo mundo já tem”, disse Graham. “Se eu puder adicionar qualquer coisa, quero dar tudo o que tenho.”
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Cremesp proíbe entrada de políticos nos serviços de saúde – 08/02/2025 – Equilíbrio e Saúde

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8 de fevereiro de 2025
Patrícia Pasquini
Um parlamentar invade uma unidade de saúde com câmera ligada, filma pacientes e funcionários, entra em salas de atendimento e exige o médico. Esse tipo de situação, segundo Angelo Vattimo, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), vem se tornando comum no estado.
A entidade não tem dados estatísticos. Os casos chegam ao conhecimento do conselho por meio da imprensa e das redes sociais.
No último dia 3, em Felício dos Santos (MG), o vereador Wladimir Canuto (Avante) invadiu uma sala restrita da UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade. Um idoso de 93 anos, que passava por um procedimento cardíaco de urgência, morreu durante a ação. Segundo a prefeitura, o vereador entrou no local de maneira “abrupta e injustificada”.
A fim de evitar casos como esse, o Cremesp encaminhou uma circular aos responsáveis técnicos dos serviços de saúde com orientações sobre como proceder em caso de invasão de políticos. A entrada dos políticos em áreas privativas da medicina deve ser proibida. A orientação é acionar a Polícia Militar e o Cremesp e registrar um boletim de ocorrência na delegacia.
O conselho forneceu um número de WhatsApp para as denúncias, com plantão 24 horas. Segundo o Cremesp, cabe aos gestores responsáveis informar e capacitar a equipe sobre a legislação e as diretrizes da entidade e preparar os profissionais para lidar de maneira adequada com a abordagem de autoridades municipais e estaduais.
“Nós encaminhamos uma circular com uma orientação sobre como o estabelecimento de saúde deve proceder se houver esse tipo de constrangimento. Temos visto que começou a se avolumar esse tipo de atitude por parte de políticos. Eles entram em ambientes privativos onde pacientes são atendidos, constrangem médicos a título de fiscalização, sem nenhuma rotina ou fluxo operacional”, afirma Vattimo.
“É uma ação midiática. A ação fiscalizadora cabe aos conselhos regionais, à Vigilância Sanitária, enfim, a órgãos fiscalizadores do estabelecimento de saúde, da prática e da atuação médica”, diz.
Nas redes sociais do Cremesp há relatos de casos recentes em Guarulhos que envolvem um vereador e unidades como Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso, UBS do Parque Alvorada, PA Maria Dirce, Hospital Municipal de Urgências e UBS Vila Barros. Há também relatos de situações de constrangimento em Valinhos e Campinas, no interior paulista, e em São Bernardo do Campo, no ABC.
Em 2024, no Rio de Janeiro, o ex-vereador Gabriel Monteiro foi condenado a um ano de prisão por ter invadido a Coordenação de Emergência Regional do Leblon, na zona sul, durante a pandemia de Covid. Ele entrou no CTI da unidade, numa área restrita para os pacientes com coronavírus, em 26 de março de 2021, sob o pretexto de realizar “vistoria”. Segundo a denúncia do Ministério Público, o então vereador chegou ao local acompanhado de assessores “mesmo após a negativa da direção da unidade de saúde, e passou a circular por diversas alas filmando os pacientes e funcionários”.
“O político é uma pessoa como qualquer outra. Se todo mundo resolver entrar no meio de um lugar onde você está atendendo o paciente e começar a filmar, não vai dar certo. Não é só no Brasil, em qualquer lugar do mundo você não entra em nenhum hospital dessa forma. Vai entrar a título do quê? O que ele está procurando?”, diz Vattimo.
O parlamentar fiscaliza a administração, cuida da aplicação dos recursos e observa o orçamento. Ele detém o poder de fiscalizar os serviços médicos no âmbito administrativo, não técnico.
Em janeiro passado, o CFM (Conselho Federal de Medicina) publicou uma nota oficial com crítica à utilização de visitas de fiscalização a unidades de saúde como ferramentas de autopromoção e sensacionalismo por parte de alguns agentes políticos recém-eleitos.
De acordo com o documento do CFM, os parlamentares podem avaliar se a escala de profissionais está completa e se há insumos necessários ao atendimento. Caso se constate que um médico não está cumprindo suas obrigações no plantão, a denúncia pode ser feita à administração e também ao Conselho Regional de Medicina.
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Ciência, hábitos e prevenção numa newsletter para a sua saúde e bem-estar
Earle José Fernandes, advogado pós-graduado em direito médico e de saúde, explica que fiscalizar o trabalho de médicos e outros profissionais de saúde com o pretexto de defender o direito de atendimento dos munícipes representa desacato, ameaça e constrangimento ilegal, além de apontar para abuso de autoridade, mesmo com a alegação de estar praticando o ato por ser fiscal da lei.
“É um ato de autopromoção que expõe os profissionais ao ridículo. Cabe aos afetados [registrar] um boletim de ocorrência e um pedido de indenização por danos morais“, diz o advogado.
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