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Como a censura governamental se tornou “inevitável” para o Rally Nacional

Marine Le Pen, presidente do grupo de deputados do Rally Nacional, na Assembleia Nacional, 22 de outubro de 2024.

Na ausência do menor sucesso político, a Reunião Nacional (RN) reduz-se a comemorar os seus reveses. Reunidos terça-feira, 12 de novembro, numa sala parisiense para a festa de lançamento do livro do seu presidente, Jordan Bardella, vários deputados brindaram à rejeição, poucas horas antes, pela Assembleia Nacional, da primeira parte do projeto de lei das finanças (PLF). para o ano de 2025. Os responsáveis ​​eleitos da extrema-direita podem muito bem exagerar a sua alegria por enterrar um texto que “bate no bolso dos franceses” depois dele “transformação pela esquerda em asilo fiscal”esta votação – e a subsequente tomada do orçamento pelo Senado – selou o fracasso do RN e a sua estratégia de pressão sobre o governo de Michel Barnier.

Mal entrando em Matignon, no dia 5 de setembro, o Savoyard havia sido colocado “sob vigilância” par l’ex-Frente nacional. “Nada pode ser feito agora sem nós”proclamou Jordan Bardella, depois de bloquear outros candidatos à liderança do governo (Bernard Cazeneuve, Thierry Beaudet, Xavier Bertrand). Com Michel Barnier, o RN tolerou um adversário susceptível – dependendo do movimento – de servir os seus interesses a curto ou mesmo médio prazo. Na ausência de uma maioria na Assembleia Nacional, o antigo comissário europeu não deveria dever a sua sobrevivência ao respeito pela “linhas vermelhas” decretada pela líder dos deputados do RN, Marine Le Pen, na forma – abrindo a porta às discussões governamentais – e na substância – atendendo a vários dos seus pedidos em termos de segurança, ou de imigração?

É um eufemismo dizer que Michel Barnier se libertou desta ameaça. O seu método de governação mantém o RN à margem do poder. Num Outono monopolizado pelos textos orçamentais, a extrema direita nunca influenciou, de momento, as posições do executivo; ou sem poder tirar vantagem disso. Suas poucas emendas votadas durante a sessão foram varridas pela rejeição da parte das receitas do PLF. E quando o governo concedeu uma reviravolta – na indexação das pensões – deixou-a para outros (Laurent Wauquiez, líder dos deputados do partido Les Républicains) o cuidado de atribuir a si mesmo a paternidade.

“Isso viaja pela minha mente”

Durante os seus primeiros meses em Matignon, Michel Barnier dispensou a extrema direita, tal como prescindiu da esquerda. Além disso, demonstrando pouco mais respeito pelas suas exigências substantivas do que pelas relativas à forma. O RN, que se recusou a ser tratado «nem mesmo»nunca foi consultado sobre textos governamentais; e quando os seus estiveram em pauta – no dia 31 de outubro, durante o nicho parlamentar do partido – só receberam oposição estrita dos ministros, recebida pelos autores como mais uma “marca de desprezo”. É difícil para o RN justificar por mais tempo a não aplicação da sanção prometida a um Primeiro-Ministro surdo às suas exigências: a censura. “Isso se move pela minha mente, boas intenções (do primeiro-ministro) permaneceram promessas em grande parte não cumpridas”alertou Marine Le Pen em 12 de novembro.

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