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Como caiu o regime de al-Assad: Momentos-chave na queda do ‘tirano’ da Síria | Notícias da Guerra da Síria
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11 meses atrásem
As forças da oposição tomaram Damasco na manhã de domingo, encerrando o reinado de 50 anos da família al-Assad numa ofensiva surpresa que alcançou a capital em apenas 12 dias.
A ofensiva começou em 27 de novembro, quando as forças da oposição lideradas por Hayat Tahrir al-Sham (HTS)lançaram um ataque a partir da sua base na província de Idlib, no noroeste da Síria, e depois avançaram para sul para destituir Bashar al-Assad.
Veja como se desenrolaram os últimos dois dias de combates.
7 de dezembro: Aproximando-se da capital
Deraa desperta: No sábado, forças da oposição capturadas a maior parte da região de Deraa, no sul da Síria – o berço da revolta de 2011.
As pessoas também resolveram o problema por conta própria e juntaram-se à luta, marchando depois para norte com os combatentes, segundo o analista político e activista Nour Adeh.
#Síria: a cidade de Ghabaghib no norte #Dara após a sua libertação do #Assad regime.
Esta é a última cidade em Daraa a ser confirmada como livre do regime. pic.twitter.com/EvcLdm9JTw
-Thomas van Linge (@ThomasVLinge) 7 de dezembro de 2024
Sweida segue o exemplo: Sweida foi libertada das forças do regime e sob o controle das facções drusas na manhã de sábado.
Aproximando-se de Damasco: Os grupos do sul seguiram para o norte enquanto os combatentes do noroeste fechado em Homsa próxima cidade na estrada para Damasco.
O regime estava a sentir o aperto ao observar os combatentes da oposição a aproximarem-se de todos os lados.
As suas forças estavam em colapso organizacional, de acordo com Sanad, a agência de investigação digital da Al Jazeera, com imagens surgindo de soldados abandonando as suas armas e uniformes enquanto muitos fugiam a pé das suas posições militares.
O povo se levanta: Este colapso do moral desencadeou manifestações generalizadas nas zonas rurais em redor de Damasco, onde os manifestantes rasgaram cartazes de al-Assad e atacaram posições militares.
8 de dezembro: as horas finais
Libertação de Homs: Desesperado para deter a oposição, o regime bombardeou a Ponte Rastan, mas forças da oposição capturaram Homs independentemente, nas primeiras horas do domingo.
Com isso, isolaram al-Assad dos seus redutos costeiros, onde estão localizadas duas bases militares russas.
A captura de Homs foi uma “sentença de morte… para a possibilidade restante de o exército sírio consolidar os seus poderes e tomar uma posição”, disse o professor da Universidade de Oklahoma, Joshua Landis, à Al Jazeera.
No caminho para Damasco: Com grupos armados de oposição aproximando-se de Damasco vindos de todas as direções, a cidade mergulhou no caos.
A sala de operações militares mobilizou a divisão do “Crescente Vermelho”, especialmente treinada para ataques urbanos, enquanto muitas forças governamentais foram instruídas a retirar-se para o Aeroporto Internacional de Damasco e para os centros de segurança no centro de Damasco, mas sem sucesso.
Primeiro, Mezzeh: Os combatentes da oposição afirmaram ter assumido o controlo da Base Aérea de Mezzeh, em Damasco, uma vitória estratégica e simbólica porque a base foi usada pelo governo para ataques com foguetes e ataques aéreos contra território controlado pela oposição durante a guerra.
Depois, Praça Umayyad: Em duas horas, novas imagens surgiram da Praça Umayyad, no coração de Damasco, mostrando cidadãos celebrando enquanto as forças da oposição entravam na capital sem oposição, com tiros comemorativos e cânticos sinalizando a queda de al-Assad.
#Síria: soldados do regime abandonaram a Praça Umayyad, no centro de #Damasco.
Os moradores estão tomando conta das ruas. pic.twitter.com/LHCNbqTPz1
-Thomas van Linge (@ThomasVLinge) 8 de dezembro de 2024
‘A Síria está livre’: Às 6h do dia 8 de dezembro, os lutadores declarou Damasco libertadaconfirmando que Bashar al-Assad tinha fugido do país.
As pessoas rapidamente desmantelaram os símbolos do governo cruel da família al-Assad.
David Des Roches, professor associado do Centro de Estudos Estratégicos do Próximo Oriente e Sul da Ásia, atribuiu o sucesso da ofensiva à “falta de moral e liderança” no Exército Sírio “desmoralizado, mal liderado, mal equipado e totalmente corrupto”.
Prisioneiros emergem de Sednaya: Pouco depois dos combatentes da oposição libertou milhares de pessoas que estavam presos desde o início da revolta síria em 2011, ou antes.
Sednaya, fundada no início da década de 1980 ao norte de Damasco, tem sido um lugar onde a família al-Assad deteve opositores durante décadas. As organizações de direitos humanos descreveram-no como um “matadouro humano”.
Durante a libertação da famosa prisão de Sednaya, em Damasco, uma criança pequena foi vista enquanto os prisioneiros eram libertados.
Esta criança síria nasceu na prisão.
30.000 sírios foram brutalmente mortos devido a tortura e execuções desde 2011.
Não há palavras para descrever o… pic.twitter.com/T4TkwoTscj
-Zahid Akhtar (@ZahidDOAM) 8 de dezembro de 2024
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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