Conforme apurado pela Polícia Civil, Maicline Costa, 26 anos, sofreu um acidente após colisão de duas motos aquáticas no Rio Acre, próximo ao Riozinho do Rola no dia 12 de janeiro. A jovem teve a perna decepada e veio a morrer horas depois já na madrugada de domingo (13) no Pronto Socorro de Rio Branco.
O caso agora está sendo investigado pelo delegado Karlesso Nespoli, que na semana passada ouviu os principais envolvidos no acidente, o empresário Otávio Costa e o médico Eduardo Velozo. Os dois pilotavam as motos aquáticas e deram as suas versões para o acidente.
“Nós ouvimos as pessoas que estavam lá no local. Ouvimos agora as duas pessoas que estavam conduzindo os jet skis, moto aquática. Eles deram as versões e vamos agora comparar todas as versões das testemunhas, das pessoas que estavam conduzindo, os suspeitos no caso, junto com os laudos periciais”, disse o delegado.
Nespoli disse que descartou uma suposta negligência de socorro a vítima por parte dos envolvidos. Segundo o delegado, o primeiro atendimento a jovem teve início ainda na lancha pelo médico Eduardo Velozo.
“Houve a prestação de socorro sim, desde quando a moça foi colhida ali às margens da água após o acidente, inclusive com torniquete que foi feito de maneira artesanal. Ela foi encaminhada ao Pronto socorro e lá foi medicada. Não vi, pelo menos nesse momento, nenhum tipo de omissão de socorro por parte das pessoas ali”, declara.
Depois de ouvir os dois principais envolvidos no acidente, o médico Eduardo e o empresário Otávio, Karlesso aguarda agora o laudo pela Marinha do Brasil e também pela perícia criminal que foi realizada nas duas motos aquáticas e no local do acidente para poder concluir o inquérito.
“Estamos aguardando os laudos do IML e também estamos aguardando a conclusão do laudo de local, que seria o laudo que nós estamos aguardando que seja nos dado uma possível dinâmica do acontecido, para ver se essa dinâmica vai ser contraditória ou não as alegações das pessoas que ali estavam”, ressalta.
Diante dos fatos, o delegado descartou a possibilidade de indiciamento dos acusados pelo crime de homicídio doloso, quando existe a intenção de matar. Ainda não se sabe se o delegado vai pedir o indiciamento dos dois ou de apenas um pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
“A questão de homicídio doloso, quando há a intenção de matar está totalmente descartado. O que estamos apurando agora é um homicídio culposo, sem a intenção, como ocorre em alguns acidentes automobilísticos”, conclui.
POR SENILDO MELO E YANKA MONTEIRO