O ministro do Orçamento “não se opôs” a que o Estado venda 10% das suas ações em empresas cotadas para saldar a dívida
O Ministro do Orçamento e Contas Públicas, Laurent Saint-Martin, disse no domingo que não estava “oposto” em “chocado” à ideia de vender participações do Estado em certas empresas para saldar a dívida francesa, embora manifestando algumas reservas.
“Nunca me opus ao debate sobre a venda de participações do Estado”ele disse em França Interquestionado sobre uma proposta dos ex-ministros Olivia Grégoire e Gérald Darmanin e do deputado Mathieu Lefèvre.
Em coluna publicada em Domingo da Tribunaos três deputados do partido Renascentista sugerem ceder “participações em que o próprio Estado já não compreende realmente nem o seu papel nem a sua missão”. Eles têm como alvo “nomeadamente 180 mil milhões de participações em empresas cotadas: a venda de apenas 10% dessas participações traria tanto, ou até mais, do que o aumento contraproducente do imposto sobre as sociedades ou o aumento dos custos laborais planeado pelo governo”eles dizem.
O Ministro das Contas Públicas estimou ao meio-dia de domingo que se tratava de um “debate interessante”embora expressando algumas reservas. “Temos sempre de ponderar entre a transmissão de ações que permite o reembolso da dívida (…) e a escassez de dividendos que isso cria se você vender suas ações”sublinhou, tomando o exemplo da participação do Estado na EDF.
No orçamento de 2025, “Há um dividendo excepcional pago pela EDF, uma empresa pública. Se a EDF deixasse de ser uma empresa pública amanhã, este dividendo não contribuiria para reduzir o nosso défice”ele explicou. “Cada vez é preciso olhar setor por setor, empresa por empresaele implorou, mas o princípio de fazermos uma revisão da carteira das participações do Estado e de nos perguntarmos qual é hoje a relevância dessas participações não me choca nada. »