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Detran divulga lista de veículos com restrição de roubo e furto que se encontram no pátio

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O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC) divulga nesta quarta-feira, 19, a  lista de veículos com restrição de roubo ou furto, recuperados pelos diversos órgãos do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), que estão recolhidos aguardando resgate dos proprietários.

A partir desta semana, a lista atualizada estará sempre disponível no site da autarquia.  Os veículos estão identificados pela placa. A medida visa informar ao cidadão, com agilidade, a recuperação do bem. Após consultar a lista pelo site do órgão, o interessado já pode iniciar o resgate de sua propriedade.

Passo a passo



Quando o veículo está no pátio do Detran, o proprietário precisa ir à delegacia para expedir o termo de restituição, após isso, o proprietário deve ir ao prédio de Parqueamento do Detran, com o termo  e a documentação pessoal do proprietário ou representante legal para solicitar o laudo de vistoria realizada pela autarquia no ato de entrada do veículo pátio.

A unidade de Parqueamento fica localizada na Avenida Antônio da Rocha Viana, n° 2005, Jardim Manoel Julião, em Rio Branco/AC, no horário de funcionamento que é das 7h30 às 16h30.


Unidade de Parqueamento Foto: Arquivo.

Logo em seguida, o proprietário deve se dirigir ao atendimento da unidade do Detran Veículos para requerer a retirada da restrição do veículo. Nesta etapa, o cidadão deve apresentar o laudo da vistoria, termo de restituição e documento pessoal do proprietário/representante legal.

O prédio do  Detran Veículos fica na Avenida Nações Unidas, Nº 2710, 7º BEC, Rio  Branco/AC e atende das 7h30 às 16h30.

Após a retirada da restrição no sistema do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), o proprietário deve se dirigir ao pátio do Detran, com toda a documentação, para finalmente retirar o seu veículo.

O resgate é feito somente pelo proprietário ou procurador, sendo necessário apresentar documento de identificação com foto, juntamente com o boletim de ocorrência e o termo de restituição encaminhado pela delegacia, além de quitar todos os débitos (se houver) referentes ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), licenciamento, seguro e multas.

“Vale ressaltar que, para facilitar a vida do cidadão, o proprietário não paga os débitos de pátio (guincho, estadias e vistoria)”, explica o presidente do Detran, Luiz Fernando Duarte.  Por Ana Flavia Soares. 

Segue a lista:

Ord.PLACA_UFSITUAÇÃO
1MZS6782 / AC Processo de leilão
2MZX3576 / ACA – Custodiado
3MZR6214 / ACA – Custodiado
4MZY5840 / ACA – Custodiado
5NXT0113 / ACA – Custodiado
6MZR1508 / ACA – Custodiado
7MZX3913 / ACA – Custodiado
8MZZ5032 / ACA – Custodiado
9MZX4111 / ACA – Custodiado
10MZW7234 /ACA – Custodiado
11NAA9678 / ACA – Custodiado
12MZS2492 / ACA – Custodiado
13MZX1660 / ACA – Custodiado
14NXR9684 / ACA – Custodiado
15NXR8412 / ACA – Custodiado
16NAA4578 / ACA – Custodiado
17NAD9857 / ACA – Custodiado
18QQI4320 / MGA – Custodiado
19MZX6824 / ACA – Custodiado
20MZQ3114 / ACA – Custodiado
21MZV5266 / ACA – Custodiado
22NAE4759 / ACA – Custodiado
23MZW0524 /ACA – Custodiado
24NAG6702 / ACA – Custodiado
25MZT8757 / ACA – Custodiado
26MZT9636 / ACA – Custodiado
27NAF1732 / ACA – Custodiado
28MZY9061 / ACA – Custodiado
29NXS3648 / AC  Liber/Entrega/Transf
30NAC9607 / ACA – Custodiado
31MZW4636 /ACA – Custodiado
32MZS3135 / ACA – Custodiado
33OVG1137 / ACA – Custodiado
34NXR0739 / ACA – Custodiado
35MZY5021 / ACA – Custodiado
36MZY5561 / ACA – Custodiado
37OXP8347 / ACA – Custodiado
38NCX0735 / ROA – Custodiado
39NAA9078 / ACA – Custodiado
40MZV7182 / ACA – Custodiado
41MZT6804 / ACA – Custodiado
42MZV9756 / ACA – Custodiado
43MZU2463 / ACA – Custodiado
44NAC0295 / ACA – Custodiado
45QLW5440 / ACA – Custodiado
46MZS9276 / ACA – Custodiado
47MZS9129 / AC processo de leilão
48NAB1510 / ACA – Custodiado
49NAB7717 / ACA – Custodiado
50OVG8752 / ACA – Custodiado
51NAG4537 / ACA – Custodiado
52MZY4554 / ACA – Custodiado
53NXS0545 / ACA – Custodiado
54MZX7808 / ACA – Custodiado
55QLU8052 / ACA – Custodiado
56AME6849 / PRA – Custodiado
57NAE5003 / ACA – Custodiado
58OVG5253 / ACA – Custodiado
59NAD1070 / ACA – Custodiado
60MZX2408 / ACA – Custodiado
61MZW9045 /ACA – Custodiado
62MZS0571 / ACA – Custodiado
63MZU7069 / ACA – Custodiado
64MZO3764 / ACA – Custodiado
65MZY6712 / ACA – Custodiado
66NAE8683 / ACA – Custodiado
67MZR2397 / AC processo de leilão
68MVW6323 /TOA – Custodiado
69MZS9873 / ACA – Custodiado
70MZQ2082 / ACA – Custodiado
71MZT4489 / ACA – Custodiado
72MZV1572 / ACA – Custodiado
73MZV7736 / ACA – Custodiado
74MZQ9281 / ACA – Custodiado
75NAB0746 / ACA – Custodiado
76MZY4221 / ACA – Custodiado
77NAE5719 / ACA – Custodiado
78MZX9073 / ACA – Custodiado
79NAB4083 / ACA – Custodiado
80NXT9119 / ACA – Custodiado
81NXR3722 / ACA – Custodiado
82MZX9332 / ACA – Custodiado
83NXR3326 / ACA – Custodiado
84MZW8673 /ACA – Custodiado
85NAE4608 / ACA – Custodiado
86NAB5067 / ACA – Custodiado
87NAB9698 / ACA – Custodiado
88MZU3698 / ACA – Custodiado
89NAD5953 / ACA – Custodiado
90NAE6226 / ACA – Custodiado
91NAD2127 / ACA – Custodiado
92NAB4991 / ACA – Custodiado
93MZX2158 / ACA – Custodiado
94NAA3510 / ACA – Custodiado
95NAA1648 / ACA – Custodiado
96NAA1080 / ACA – Custodiado
97OVG2909 / ACA – Custodiado
98NAF9755 / ACA – Custodiado
99NAA7182 / ACA – Custodiado
100MZU6586 / ACA – Custodiado
101MZQ0485 / ACA – Custodiado
102NPB5935 / ACA – Custodiado
103NAE7989 / ACA – Custodiado
104OXP5662 / ACA – Custodiado
105MZV0311 / ACA – Custodiado
106NAA0984 / ACA – Custodiado
107MZZ6967 / ACA – Custodiado
108MZS9032 / ACA – Custodiado
109NXT0005 / ACA – Custodiado
110MZU7507 / ACA – Custodiado
111NAD8742 / ACA – Custodiado
112NAD3910 / ACA – Custodiado
113NXR1789 / ACA – Custodiado
114MZO4223 / ACA – Custodiado
115MZR7254 / AC processo de leilão
116NAF4441 / ACA – Custodiado
117NAB1879 / ACA – Custodiado
118OXP7926 / ACA – Custodiado
119MZW5314 / ACA – Custodiado
120QLV6631 / ACA – Custodiado
121QLZ8852 / ACA – Custodiado
122MZN1552 / ACA – Custodiado
123MZR4907 / ACEntrou por transferência
124MZR5107 / ACA – Custodiado
125MZY2389 / ACA – Custodiado
126NAB5349 / ACA – Custodiado
127MZR0436 / ACA – Custodiado
128NAB9596 / ACA – Custodiado
129NAD1593 / ACEntrou por transferência
130MZU0288 /ACA – Custodiado
131MZV0642 / ACA – Custodiado
132MZU8914 / ACA – Custodiado
133MZX4649 / ACEntrou por transferência
134MZW4295 /ACA – Custodiado
135MZX6997 / ACA – Custodiado
136NXT7886 / ACEntrou por transferência
137OVG9653 / ACA – Custodiado
138MZX8353 / ACA – Custodiado
139MZZ4595 / ACA – Custodiado
140NAD0452 / ACEntrou por transferência
141MZU1248 / ACA – Custodiado
142MZZ2010 / ACA – Custodiado
143NAE6412 / ACA – Custodiado
144MZT7746 / ACEntrou por transferência
145MZU3493 / ACA – Custodiado
146NAB7359 / ACA – Custodiado
147NAD8335 / ACA – Custodiado
148NBY4276 / ROA – Custodiado
149NAC8366 / ACA – Custodiado
150NAA0458 / ACA – Custodiado
151MZT7969 / ACA – Custodiado
152NAG0928 / ACA – Custodiado
153QLV1311 / ACA – Custodiado
154NAD2758 / ACEntrou por transferência
155NAG4360 / ACA – Custodiado
156MZU6593 / ACEntrou por transferência
157MZS3733 / ACA – Custodiado
158NAE0762 / ACA – Custodiado
159NAB3468 / ACA – Custodiado
160NXR4112 / ACA – Custodiado
161MZX4886 / ACA – Custodiado
162NAF8169 / ACA – Custodiado
163MZU6960 / ACA – Custodiado
164NXT2137 / ACA – Custodiado
165MZV0357 / ACEntrou por transferência
166MZX7146 / ACA – Custodiado
167MZZ2387 / ACA – Custodiado
168OHL6065 / ROA – Custodiado
169NXT2292 / ACA – Custodiado
170NAE1184 / ACA – Custodiado
171NAB5332 / ACA – Custodiado
172NAF4858 / ACA – Custodiado
173MZV9961 / ACEntrou por transferência
174MZT8387 / ACEntrou por transferência
175MZX8147 / ACA – Custodiado
176NXR0067 / ACA – Custodiado
177OVG5094 / ACA – Custodiado
178NAC0162 / ACA – Custodiado
179NAE3759 / ACEntrou por transferência
180MZX7763 / ACA – Custodiado
181NAG4699 / ACA – Custodiado
182MZV0147 / ACA – Custodiado

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Equipe do TJAC apresenta projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para colégios de Cruzeiro do Sul

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Planos de trabalho estão sendo desenvolvidos com as seis unidades escolares públicas selecionadas para participar da iniciativa  

A equipe do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (NUPJR) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou na última quinta-feira, 11, no auditório do Núcleo da Secretaria de Educação do Acre, uma palestra de apresentação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para as diretoras e diretores dos colégios de Cruzeiro do Sul que farão parte desta iniciativa.



Segundo a servidora do NUPJR, Mirlene Taumaturgo, a ação além de atender ao Termo de Cooperação estabelecido entre o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oportuniza o cultivo de habilidades resolutiva dentro da comunidade escolar, relevante para solução de pequenos conflitos.

Nesta primeira edição do projeto na cidade de Cruzeiro do Sul, foram selecionadas para participar as escolas públicas: Dom Henrique Ruth, Professor Flodoardo Cabral, João Kubitschek, Absolon Moreira, Craveiro Costa e Professora Quita. 

Diálogo entre servidores 

Durante a estadia em Cruzeiro do Sul, a equipe do NUPJR dialogou sobre o impacto positivo da implementação de competências da justiça restaurativa no ambiente de trabalho, com as servidoras da comarca de Cruzeiro do Sul, Rozélia Moura e Rasmilda Melo, ambas integrantes do curso de formação em justiça restaurativa voltado para o Judiciário.   

 

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MPAC e Polícia Militar cumprem mandados judiciais contra investigados por ameaça a desembargador

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotoria Criminal de Feijó, em conjunto com a Polícia Militar do Acre (PMAC), deflagrou nesta quarta-feira, 17, a “Operação Algar”, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra dois investigados no município de Feijó.

A operação faz parte do procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a prática do crime de ameaça perpetrado contra um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo além de celulares e mídias.



Conforme informações contidas nos autos, a ameaça ocorreu em decorrência da atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que gerou a inelegibilidade de um ex-prefeito do município.

Considerando a necessidade de aprofundar as investigações, especialmente na identificação de possíveis coautores da ameaça, o MPAC solicitou o afastamento da garantia à inviolabilidade da intimidade e do domicílio, conseguindo a expedição do mandado de busca e apreensão, com autorização para acessar dispositivos eletrônicos móveis, bem como a suspensão da posse e porte de arma dos investigados, apontados como o autor direto e mandante da ameaça, e seu irmão, apontado como possível executor.

O nome da Operação Algar faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, pois no contexto da ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco”.

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Embrapa do Acre alerta para o surto da mandarová, lagarta que é a maior ameaça à cultura da macaxeira no estado

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O maior inimigo da cultura da macaxeira no Acre, uma atividade estratégica para a economia do Estado, tem nome, é bem pequena, mas tem um poder devastador.

A mandarová, uma lagarta que é capaz de destruir plantações inteiras em poucos dias. O combate aquela que é considerada hoje o maior inseto-praga das plantações de macaxeira é um desafio para diminuir o surto que, conforme registros da Embrapa, chegou ao Acre pela primeira vez em 1980.



Em um artigo, o biólogo Rodrigo Souza Santos, doutor em Entomologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Acre, alerta sobre os cuidados necessários para evitar a destruição dos plantios pela lagarta. As orientações vão desde o uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, que podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área, até a catação manual e até a produção de um inseticida biológico, produzido a partir das próprias lagartas mortas, que pode ser “fabricado” pelos próprios produtores rurais.

Leia o artigo abaixo na íntegra:

Surto populacional de insetos: o caso do mandarová-da-mandioca no Vale do Juruá

A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km² e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para as populações rurais acreanas, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, a tradicional farinha produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atesta sua procedência e qualidade.

A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a incidência de pragas. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provoca em altas infestações.

O mandarová-da-mandioca, conhecido como “gervão”, “mandarová”, “mandruvá” ou “lagarta-da-mandioca”, é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem desenvolvidas em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.

Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse inseto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo se alimentar de mais de 35 espécies de plantas.

Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente contribuem para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, luminosidade, umidade e precipitação – os insetos necessitam de condições abióticas ótimas para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação de populações de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração de seu ciclo de vida e tamanho da sua prole, em condições ideais.

A literatura aponta que o primeiro surto do mandarová em cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá, registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.

A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras à praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida devem ser recomendadas por um engenheiro-agrônomo, seguindo-se o receituário agronômico apropriado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).

Existem insetos predadores e parasitoides associados ao mandarová atuando no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controle biológico natural é o Baculovirus erinnyis, um vírus específico do inseto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependuradas nos pecíolos das folhas.

Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser coada em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo “sacolé” e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).

Rodrigo Souza Santos é Biólogo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, AC

Fotos: Embrapa/AC.

O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área.

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