
Foram necessárias apenas algumas palavras do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em West Palm Beach, Florida, no dia 7 de Janeiro, para fazer com que os preços das acções de dois gigantes dinamarqueses da energia eólica despencassem. Na quarta-feira, 8 de janeiro, as ações da Vestas, líder europeia na produção de turbinas, caíram 7,4% na Bolsa de Copenhaga, enquanto as do especialista em energias renováveis Orsted caíram 5,7%.
No dia anterior, durante uma conferência de imprensa, o Sr. Trump acusou as turbinas eólicas de “causando a morte de baleias em números nunca antes alcançados”antes de atacar a Dinamarca. O bilionário indicou que está pronto a usar a força para tomar a Gronelândia e que poderá impor “direitos aduaneiros muito elevados sobre produtos dinamarqueses”se Copenhaga se recusasse a ceder o território autónomo de 56.000 habitantes, altamente estratégico e rico em recursos minerais.
Estas observações semearam a desordem no reino escandinavo. Porque se o cenário de uma intervenção armada dos Estados Unidos contra um dos seus aliados mais próximos, um membro da NATO, fosse rapidamente descartado, a ameaça de um aumento das tarifas aduaneiras sobre produtos e serviços dinamarqueses “parece mais realista”observa Jens Ladefoged Mortensen, professor associado do Instituto de Ciência Política da Universidade de Copenhague.
Você ainda tem 61,63% deste artigo para ler. O restante é reservado aos assinantes.