Comitê especial da ONU vê a guerra de Israel em Gaza como “elementos característicos do genocídio”
Num relatório divulgado na quinta-feira e que abrange o período de outubro de 2023 a julho de 2024, um comité especial da ONU, composto por representantes da Malásia, Senegal e Sri Lanka, estima que “Políticas e práticas israelenses” aplicado na Faixa de Gaza desde o ataque mortal do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, presente “elementos característicos de um genocídio”.
“Através do seu cerco a Gaza, da sua obstrução à ajuda humanitária, dos seus ataques direccionados e do assassinato de civis e de trabalhadores humanitários, apesar dos repetidos apelos da ONU, das ordens vinculativas do Tribunal Internacional de Justiça e das resoluções do Conselho de Segurança, Israel provoca intencionalmente a morte, a fome e ferimentos graves”também acredita a comissão no comunicado de imprensa que acompanha o relatório.
Os autores especificam que não puderam viajar para os territórios palestinos. As suas conclusões baseiam-se em consultas realizadas em Genebra e em reuniões em Amã, na Jordânia, com funcionários governamentais, representantes de agências das Nações Unidas, líderes de ONG, defensores dos direitos humanos e famílias palestinianas.
Este comité especial da ONU, criado em 1968, é responsável por investigar as práticas israelitas nos territórios palestinianos ocupados. O relatório deverá ser apresentado à Assembleia Geral da ONU em Nova York na segunda-feira. Contactadas pela agência France-Presse, as autoridades israelitas não reagiram a esta publicação ao final da tarde.
Por seu lado, Washington desaprovou “inequivocamente” as conclusões do relatório. “Acreditamos que este tipo de formulação e este tipo de acusações são certamente infundadas”disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.