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CRISE

Em cenário desolador, Bolívia amanhece com restos de barricadas e comércio fechado

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Ruas de El Alto, na região metropolitana de La Paz, parecem cenário de pós-batalha.

EL ALTO

As ruas de El Alto, parte da região metropolitana de La Paz que abriga quase 1 milhão de habitantes, pareciam um cenário de pós-batalha na manhã desta segunda-feira (11), um dia após Evo Morales renunciar à Presidência da Bolívia

Havia dezenas de restos de fogueiras usadas para bloquear as vias que fazem a ligação da cidade com o aeroporto internacional e aquecer aqueles que fizeram vigílias. 

Com o mesmo objetivo, também foram armadas barricadas com objetos variados, de materiais de construção a lixeiras públicas que seguiam no meio da rua. No chão, vidro para furar os pneus de quem tentasse furar o bloqueio.

“Que bom que está chovendo, isso fez com que as pessoas desistissem de passar a noite inteira na rua e se acalmassem um pouco”, comentou Carlos Oquendo, motorista que conduziu a reportagem da Folha. 

Restos de fogueiras e barricadas montadas próximo à praça Murillo, em La Paz, após anúncio de renúncia de Evo MoralesRestos de fogueiras e barricadas montadas próximo à praça Murillo, em La Paz, após anúncio de renúncia de Evo Morales – Luisa Gonzalez/Reuters.

Andando devagar para desviar dos cacos de vidro e pedras, o motorista comenta que “perder um pneu hoje, num dia em que não tem onde trocá-lo, seria perder o dinheiro da jornada”.

Comerciantes locais parecem ter pensado da mesma maneira, uma vez que quase ninguém abriu as portas de seus estabelecimentos. 

Além de fechar as portas metálicas, alguns deles também amontoaram tijolos diante delas. “É para evitar saques. Estão entrando para roubar tudo. Não é política, é vandalismo”, disse Aldo Iñata, dono de uma loja de ferragens. 

Na época da eleição, muitos dos muros da cidade estavam pichados com mensagens como “Evo ditador” e “Mesa covarde”, em referência ao opositor que disputou a última eleição e que renunciou à Presidência em 2005. Agora, há insultos mais pesados: “Evo assassino” e “Mesa lixo”. 

Não foi só o comércio que parou. Não há aulas nem transporte público. Quando se olha para o alto, se vê todos os vagões das várias linhas de teleférico que conectam distintos pontos da cidade parados, vazios, balançando pelo vento e o mau tempo. Um cenário desolador.

Houve queima de carros e ônibus durante a noite. Numa garagem em Chasquipampa, por exemplo, 33 ônibus foram queimados e depredados.

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Nas ruas, havia táxis e carros abandonados após serem atacados por pedras, alguns parcialmente queimados.

Por volta das 9h (10h no horário de Brasília), moradores começaram a sair para acender novamente as fogueiras, apesar da dificuldade de mantê-las acesas por conta da chuva. 

Ao redor delas, pessoas se reuniam e conversavam, trocando informações que receberam de parentes ou amigos em outras partes da cidade e do país.

A desinformação reina. Nas TVs, os noticiários quase não falam do terror que os habitantes da cidade contam.

O Pagina Siete, principal jornal da oposição, não circulou nesta segunda e deixou um aviso dizendo que daria dia livre para que seus jornalistas se protegessem em casa de possíveis ameaças. 

Trata-se de uma publicação crítica ao governo e que teme ataques de apoiadores de Evo.

Nos aeroportos de Santa Cruz e de El Alto, muitos tiveram que esperar por horas o remanejamento de voos ou a liberação de vias para seguirem aos seus destinos.

A maioria das pessoas estava agarrada aos celulares, trocando informações, mostrando vídeos enviados por WhatsApp sobre os distúrbios em várias partes do país.

Turistas estrangeiros pareciam amedrontados nos cafés, olhando com impaciência os telões do aeroporto à espera de seus voos. 

“Viemos fazer caminhadas pelos Andes, era a viagem que tínhamos planejado para este ano, mas temos de voltar”, disse à Folha um casal de holandeses com cara de decepção.

Além da forte neblina que cobre a cidade, La Paz amanheceu coberta também de incertezas, esperando que até o fim do dia, talvez, exista um líder legítimo escolhido pelo Congresso que dê uma saída democrática para a situação.

Qualquer coisa diferente disso pode reacender os protestos ao longo do dia.

ACRE

Justiça acreana entrega mais doações para as famílias atingidas pela enchente

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A união e parceria das instituições, além da sociedade civil, vêm ajudando as vítimas da enchente, levando solidariedade e alimentos arrecadados através da Campanha Solidária

A desembargadora-presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) Regina Ferrari, e o presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Gilberto Matos, realizaram nesta quarta-feira, 6, doação de 50 cestas básicas para os dirigentes da rede Cáritas, organização sem fins lucrativos que possui representantes no Estado.



A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, destaca que “o Judiciário vem ajudando diariamente as pessoas que estão desabrigadas e atingidas pelas cheias dos rios e igarapés, tanto em Rio Branco como nos outros municípios. É um momento de apoio, de solidariedade e reflexão.”

A união e parceria das instituições, além da sociedade civil, vêm ajudando as vítimas da enchente, levando solidariedade e alimentos arrecadados através da Campanha Solidária.

O presidente da Asmac ressaltou a entrega para os representantes da Cáritas. “Hoje tivemos a grata satisfação de fazer a entrega de mais 50 cestas básicas para a população alagada e elas serão destinadas a pessoas e famílias aqui de Rio Branco, com a ajuda da Diocese de Rio Branco. Temos certeza que os representantes farão chegar a essas pessoas o mais rápido possível.”

O diácono e coordenador diocesano da Cáritas, Antônio Crispim, agradeceu a doação. “A parceria com o Tribunal de Justiça é excepcional. Nós precisamos e necessitamos de parceiros a quem confiar o nosso serviço para que nós possamos também fazer com que esses alimentos cheguem às pessoas que realmente que precisam. Essa é a grande importância dessa parceria e a gente conta com o Tribunal de Justiça em outros momentos também. E o Tribunal de Justiça pode contar conosco em qualquer momento.”

A conta da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) também está disponível para receber qualquer quantia, na qual até o momento foram arrecadados mais de R$ 50 mil.

As parcerias do Judiciário seguem com apoio da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (Sinjus-AC), Secretária de Projetos Sociais (Sepso) do TJAC, e a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Acre (Anoreg/AC), por meio de sua Rede Ambiental e de Responsabilidade Social.

Pontos de Coletas em Rio Branco

Guaritas do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC);

Fórum Barão do Rio Branco;

Palácio da Justiça;

Cidade da Justiça.

Pontos de Coletas em Cruzeiro do Sul

Centro Cultural do Juruá;

Cidade da Justiça.

Você também pode contribuir doando qualquer quantia na conta da Asmac, por meio da chave PIX 01.709.293/0001-43 (CNPJ).

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ACRE

Rio Acre sobe três centímetros nas últimas 12 horas e marca 17,84m

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O nível do Rio Acre subiu três centímetros nas últimas doze horas na capital acreana. Conforme a Defesa Civil, na manhã desta terça-feira, 5, o nível do manancial é de 17,84m.

Com o ritmo de subida mais lento e apresentando vazante em toda a bacia, a expectativa é que o rio, finalmente, estabilize ao longo do dia.



“Nossa previsão é essa. Estamos com vazante em toda a bacia e a acredito que a partir de agora vai estabilizar. No entanto, a expectativa para hoje é apenas de estabilização, se tudo ocorrer como esperamos, podemos ter vazante a partir de amanhã”, conta Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil em Rio Branco.

A capital acreana vive a segunda maior enchente de sua história este ano. A cota atual está apenas a 56 centímetros da cheia recorde do ano de 2015, quando o Rio Acre chegou a 18,40m em Rio Branco.

Quase 4 mil pessoas estão em abrigos públicos da prefeitura de Rio Branco, em escolas e no Parque de Exposições.

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ACRE

Justiça suspende expediente forense em Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Tarauacá e Xapuri

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Em decorrência das inundações que atingem o estado, o Poder Judiciário acreano suspendeu o expediente forense e os prazos processuais até sexta-feira, 1º de março

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) determina, por meio das Portarias n° 630/2024, n° 629/2024 e n° 632/2024, a suspensão do expediente forense e dos prazos processuais até sexta-feira, 1° de março, nas Comarcas de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Tarauacá e Xapuri, devido às cheias dos rios do estado. 



As normativas, assinadas pela presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, estabelecem que audiências, sessões presenciais ou de modo virtual já marcadas ocorrem normalmente, exceto quando comprovada impossibilidade de participar. As medidas de caráter urgente, como mandados de segurança e Habeas Corpus, serão atendidas pelo plantão judiciário.

Os documentos também destacam que o expediente nas demais cidades do estado segue em regime normal de funcionamento, das 8h às 14h. Sem qualquer prejuízo para as cidadãs e os cidadãos que buscarem o Poder Judiciário acreano. 

Apoie Campanha Solidária do TJAC

Em decorrência do grande volume de chuvas que atingiram o estado e as cheias dos rios, milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas, inundadas pelas águas. Por isso, em solidariedade aos desabrigados e desalojados, a Justiça acreana realiza mais uma edição da campanha solidária. O intuito é arrecadar roupas, alimentos, colchões e produtos de limpeza. Além da doação de bens e mantimentos, pode-se contribuir com valores, por meio da chave PIX: 01709.293/0001-43 (CNPJ).

Pontos de Coleta – Rio Branco

  • Guarita do prédio sede do TJAC – Rua Tribunal de Justiça, s/n. Via Verde;
  • Guarita da Cidade da Justiça de Rio Branco – Av. Paulo Lemos, n° 878, Portal da Amazônia;
  • Fórum Barão do Rio Branco – Rua Benjamin Constant, 1165, Centro;
  • Palácio da Justiça – Rua Benjamin Constant, n° 277, Centro.

Pontos de Coleta – Cruzeiro do Sul

  • Guarita da Cidade da Justiça de Cruzeiro do Sul – BR 307 Km 09, n° 4090. Boca da Alemanha;
  • Centro Cultural do Juruá – Praça João Pessoa, n° 300, Centro.

 

Portaria_PRESI_TJAC_630_2024

Portaria_PRESI_TJAC_629_2024

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