euA crença de que Israel apenas luta para se defender face a uma ameaça sempre renovada está profundamente enraizada na sociedade israelita. Na verdade, desde a independência em 1948, o exército tem sido referido pela sua sigla hebraica Tsahal, ou “Força de Defesa de Israel”. E este nome é derivado de Haganah, ou “Defesa”, como era chamada a milícia sionista, recrutada em 1920 dentro da comunidade judaica da Palestina e, uma década depois, contando com milhares de combatentes.
Contudo, a relativa contenção da Haganah face ao levante nacionalista de 1936 provocou, no ano seguinte, a cisão do Irgun (“a Organização”), logo responsável por ataques sangrentos contra a população árabe. Em 1939, a Haganah e o Irgun decidiram apoiar o Reino Unido contra a Alemanha nazi, desencadeando uma nova dissidência, a dos Leí, acrónimo hebraico para “Combatentes pela Liberdade de Israel”. Os terroristas de Irgun e Lehi, cujas acções foram condenadas pela liderança sionista, e depois pelo jovem Estado de Israel, foram desde então mais ou menos oficialmente reabilitados.
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