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Em Moçambique, mais de 1.500 detidos escaparam aproveitando a agitação em Maputo

Estes são “1.534 detidos que (com) escapou da prisão » alta segurança localizada a cerca de quinze quilómetros de Maputo, capital, na tarde de quarta-feira, 25 de Dezembro, anunciou o chefe da Polícia Nacional, Bernardino Rafael. Os fugitivos aproveitaram a agitação do terceiro dia de agitação em Moçambique, que eclodiu após a confirmação da vitória da Frelimo, na segunda-feira, enquanto a oposição denunciava fraudes.

Entre os fugitivos, 33 foram mortos e 15 ficaram feridos em confrontos com funcionários da prisão, disse Rafael. As operações de busca realizadas posteriormente, apoiadas pelo exército, permitiram deter cerca de 150 destes fugitivos.

Entre os prisioneiros fugitivos estão cerca de trinta detidos ligados a grupos jihadistas armados que há sete anos semeiam o terror na província nortenha de Cabo Delgado. “Estamos particularmente preocupados com esta situação”comentou o delegado.

Grupos de manifestantes aproximaram-se do centro prisional e criaram confusão e barulho, provocando agitação dentro da prisão onde os reclusos acabaram por derrubar um muro através do qual escaparam, disse ele.

A oposição continua a denunciar eleições “roubadas”

Barricadas continuaram erguidas na quarta-feira em vários bairros da capital, filtrando os raros veículos que tentavam circular, e os atos de vandalismo continuaram. Além das lojas e edifícios públicos já saqueados desde segunda-feira, várias ambulâncias foram incendiadas, bem como um depósito de medicamentos e lojas locais, notou um correspondente da Agência France-Presse (AFP).

Alguns manifestantes montaram mesas na rua, para continuarem a ocupar o terreno enquanto celebravam o Natal com a família ou com os vizinhos, notou a AFP em vários bairros populares de Maputo.

Apesar das irregularidades levantadas por vários observadores durante as eleições de 9 de outubro, o Conselho Constitucional confirmou na segunda-feira a eleição para a presidência de Daniel Chapo, candidato da Frelimo, com 65,17% dos votos. A oposição pede uma “justiça eleitoral”convocando manifestações para denunciar esta eleição “roubado”.

Dois meses de manifestações, greves e bloqueios já custaram a vida a pelo menos 150 pessoas, segundo vários relatórios cruzados de ONG.

O mundo com AFP

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