
Em Paris, haverá menos malas com rodas e caixas de chaves nas escadas? Um novo passo foi dado na quinta-feira, 19 de dezembro, pelo Conselho de Paris. Este votou por unanimidade para reduzir o número de noites autorizadas para alugueres sazonais na capital de 120 para 90 dias por ano. A medida, viabilizada pela lei “Le Meur” de 19 de novembro sobre a regulamentação do alojamento turístico mobilado, entrará em vigor no dia 1é Janeiro de 2025.
Em dez anos, a expansão do sistema Airbnb abalou a capital, com efeitos positivos – uma nova oferta de alojamento para viajantes, rendimento adicional para os parisienses – mas também múltiplos efeitos perversos. Entre estes últimos, “a redução do número de alojamentos disponíveis para arrendamento de longa duração, o aumento das rendas, a poluição sonora, o aumento da utilização das áreas comuns dos edifícios, a transformação do comércio local”, lista Stéphanie Jankel, diretora de estudos do Atelier Parisien d’urbanisme.
Nos últimos anos, o número de alojamentos turísticos mobilados oferecidos nas diversas plataformas explodiu: no final de 2024, chegará a 95 mil, segundo a Câmara Municipal – o dobro de 2022. Os 18e arrondissement é o que tem mais, seguido por 11e e você 15e. E, no entanto, o setor já está altamente regulamentado: por exemplo, é proibido alugar uma segunda casa “no Airbnb”, a menos que se entre num mecanismo oneroso de compensação financeira. É no entanto possível alugar espaço comercial ou escritório transformado em alojamento, mediante autorização municipal para alteração de utilização.
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