
O arqueólogo alemão Gabriel Zuchtriegel, 43 anos, é diretor do Parque Arqueológico de Pompéia desde 2021. Ele acaba de publicar Pompéia. A magia das ruínas (Alisio, “História”, 204 páginas, 21,90 euros), livro dedicado a esta antiga cidade devastada e preservada pela erupção do Vesúvio em 79.
Em 2024, o número de visitantes de Pompéia ultrapassou pela primeira vez a marca dos 4 milhões, já atingida em 2023. O que você acha que está motivando tanta gente vindo a este sítio arqueológico?
Em geral, é algo indefinido. Acho que muitas vezes surge a ideia de que você precisa ver Pompéia pelo menos uma vez na vida. Mas é só ir ao fórum e visitar duas ou três casas lindamente pintadas? Ou impressionar-se passeando também pelas inúmeras barracas e até no território de vilas agrícolas fora da cidade? Então a experiência de ver Pompéia uma vez na vida também depende de como nós do Parque Arqueológico recebemos essas pessoas e do que transmitimos a elas no local. Isso varia desde a emissão de ingressos até a sinalização. Quanto mais trabalho em Pompéia, mais entendo que tudo é arqueologia. Até os banheiros e o mapa que você dá aos visitantes para ajudá-los a se orientar, tudo faz parte da ideia que temos do site.
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