NOSSAS REDES

ACRE

Esnobado por intelectuais, Olavo de Carvalho dominou vídeo e redes sociais

PUBLICADO

em

Guru de Bolsonaro conquistou público como polemista e youtuber da filosofia.

Mentor ideológico da nova onda de conservadorismo no Brasil, Olavo de Carvalho, 71, escreveu perto de duas dezenas de livros, mas foi catapultado para essa posição de destaque através de sua atuação diante das câmeras. 

Olavo chegou a estudar no Conpefil (Conjunto de Pesquisa Filosófica), na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, mas não completou o curso. Mesmo sem formação acadêmica, acabou ganhando espaço na internet como professor de cursos de filosofia online. O custo médio da mensalidade é de US$ 30, e as aulas semanais têm duração média de duas horas. 



O canal no YouTube que leva o nome de Olavo de Carvalho, criado em 2015, tem hoje mais de 500 mil inscritos e pelo menos 10 milhões de visualizações. Antes disso, sua produção aparecia no canal audiovisual Mídia sem Máscara, ramificação do site criado pelo ideólogo no início dos anos 2000.

Olavo, que publica vídeos também no Facebook, onde é acompanhado por mais de 550 mil seguidores, argumenta que tanto o curso quanto seus vídeos de comentários são uma maneira de enfrentar o que o escritor chama de morte da cultura brasileira. 

Este slideshow necessita de JavaScript.

Os alvos de suas críticas são a imprensa, o cenário cultural e a universidade. Atribui aos movimentos progressistas a deterioração desses espaços, que, segundo ele, teriam se tornado apenas campos de burocracia e rituais de doutrinação. 

Dados do Google Trends apontam um crescimento significativo nas buscas por Olavo de Carvalho em setembro de 2018, período imediatamente anterior ao primeiro turno das eleições, com pico de interesse entre os dias 14 e 20 de outubro (quando há uma alta pronunciada também na busca conjugada por Olavo de Carvalho e Haddad) e, em seguida, entre os dias 28 de outubro, data do segundo turno, e 3 de novembro. O interesse veio sobretudo do Distrito Federal e do estado do Rio de Janeiro, seguido pelo Rio Grande do Sul e pelo Acre. 

Outros termos relacionados estiveram em ascensão no período das eleições, entre os quais estão em destaque “Olavo de Carvalho Ministro da Cultura” e “Olavo de Carvalho Ministro da Educação”. Antes mesmo do resultado da eleição, os bolsonaristas sugeriam o nome de Olavo para os dois ministérios. 

Embora não tenha aceitado o convite, que afinal se concretizou, Olavo indicou dois ministros para o novo governo: Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação e Ernesto Fraga Araújo para o Itamaraty. 

Em entrevista concedida à Folha por telefone e transmitida por ele também em seu canal do YouTube, Olavo diz, porém, que aceitaria se tornar conselheiro do futuro presidente por “R$ 100 ao mês” e que “o único cargo que poderia aceitar” seria o de embaixador nos EUA. Afirma também que não existem intelectuais de esquerda de seu nível no Brasil e que seus detratores não passam de difamadores. 

Entre esses detratores está Christian Dunker, 52, psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, que poderia ser pensado como a antítese de Olavo no YouTube. 

Embora ambos sejam reconhecidos pela irreverência com que abordam temas contemporâneos e pelo carisma que lhes garante popularidade, Dunker tem carreira acadêmica, com doutorado e livre-docência em psicologia pela USP e pós-doutorado na Inglaterra. 

Autor de mais de uma dezena de livros, recebeu dois prêmios Jabuti e, desde 2014, também está no YouTube: seu canal tem mais de 100 mil inscritos e 4 milhões de visualizações. Em centenas de vídeos, Dunker fala sobre psicanálise, política e cultura, tendo se tornado um dos principais youtubers brasileiros do campo progressista.

O psicanalista tornou o embate com Olavo mais direto em vídeos e textos recentes, nos quais tem tratado do discurso de seu antípoda.

Ele filia Olavo a uma antiga tradição intelectual brasileira que, na literatura, pode ser ilustrada por alguns personagens de Machado de Assis, filósofos de ocasião como Quincas Borba e Brás Cubas —um obcecado pela fama e pela glória intelectual— e suas ilações teóricas. Argumenta que essas figuras são paródias involuntárias de si mesmas: “Em nome da universalidade, cativam o incauto público interno com a retórica da denúncia e do desmascaramento”. 

A favor de Olavo, poderíamos concordar que a arrogância da elite instruída contribuiu para criar um distanciamento que se reflete na carga pejorativa que a palavra “intelectual” acabou recebendo. 

No telão, o escritor Olavo de Carvalho participa por meio de videoconferência do evento da Cúpula Conservadora das Américas, que aconteceu no Centro de Convenções do Hotel Recanto das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR), em 8 de dezembro
No telão, o escritor Olavo de Carvalho participa por videoconferência do evento da Cúpula Conservadora das Américas, que aconteceu no Centro de Convenções do Hotel Recanto das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR), em 8 de dezembro – Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress. 

Mas, se a crítica dos costumes endogâmicos da elite cultural brasileira não é novidade, Dunker diz que aumentar “a pirotecnia do diagnóstico não o fará mais original, nem tornará seu autor mais criativo na matéria: apenas esconde melhor que este diagnóstico é, na verdade, um autodiagnóstico involuntário do próprio Olavo e de seu elitismo individualista”.

E enumera motivos pelos quais a retórica de Olavo tem conquistado seguidores: primeiro, porque ele denuncia o fechamento dos intelectuais em torno de si mesmos, “como se tudo não passasse de uma farsa por meio da qual a intelligentsia se organizasse para se apossar das universidades, reproduzir privilégios e imbecilizar coletivamente jovens e crianças indefesas”. 

Assim, aqueles que se sentem excluídos ou incultos seriam encorajados a encarar como embuste aquilo que não entendem ou que não conhecem. O truque pode ser muito atraente para uma elite econômica que, muitas vezes, tem dificuldade para se justificar culturalmente.

Outro motivo seria a infiltração do pensamento teológico e moralista, que ressoa nas crenças dos interlocutores: “Sua crítica do relativismo, da ‘doutrinação’ gay, do superficialismo da cultura de bacharéis, do antirracismo postiço ou da mídia complacente apenas confirma preconceitos e intuições do leitor mediano que se vê, assim, agraciado pelo que julga como sinceridade do autor, com a confirmação das crenças que já possuía”. 

A credibilidade de Olavo estaria apoiada, segundo Dunker, no recurso de autoconfirmação pragmática: “Quando é atacado por suas ideias, Olavo de Carvalho defende-se com a condição de excluído ou de perseguido. Quando é criticado pela falta de solidez de sua formação, responde com a primazia de suas ideias, reconhecidas pelas massas do senso comum”. 

A comunidade acadêmica, intelectual e artística errou ao deixar Olavo de Carvalho e seus seguidores falando sozinhos, afirma Dunker, ao supor que a inconsistência do discurso daria conta de si mesma e as ideias seriam asfixiadas pela falta de reconhecimento: “Confiamos em uma espécie de bom-senso político médio, que deixou de ter o mesmo fundamento quando se trata de realidade digital”.

Nesse sentido, “a revolução da informática alterou por completo os termos em que a democracia precisa operar. Passamos a depender de formas de comunicação e compartilhamento de informação que escapam tanto ao nosso controle como à nossa plena compreensão”, escreve David Runciman em seu “Como a Democracia Chega ao Fim” (ed. Todavia, 2018).

O professor de ciência política na Universidade de Cambridge argumenta que a imaginação política continua presa a imagens ultrapassadas, enquanto as democracias estão fracassando. 

Os processos de informação e formação não podem acontecer somente pela internet, pois precisam de mediação, de checagem, de sistemas de legitimação. “Precisamos deixar as pessoas pensarem. E pensar é sempre pensar junto”, complementa Dunker. 


Fabiane Secches é psicanalista e mestranda na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Fonte: Folha de São Paulo. 

ACRE

Equipe do TJAC apresenta projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para colégios de Cruzeiro do Sul

PUBLICADO

em

Planos de trabalho estão sendo desenvolvidos com as seis unidades escolares públicas selecionadas para participar da iniciativa  

A equipe do Núcleo Permanente de Justiça Restaurativa (NUPJR) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizou na última quinta-feira, 11, no auditório do Núcleo da Secretaria de Educação do Acre, uma palestra de apresentação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” para as diretoras e diretores dos colégios de Cruzeiro do Sul que farão parte desta iniciativa.



Segundo a servidora do NUPJR, Mirlene Taumaturgo, a ação além de atender ao Termo de Cooperação estabelecido entre o Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oportuniza o cultivo de habilidades resolutiva dentro da comunidade escolar, relevante para solução de pequenos conflitos.

Nesta primeira edição do projeto na cidade de Cruzeiro do Sul, foram selecionadas para participar as escolas públicas: Dom Henrique Ruth, Professor Flodoardo Cabral, João Kubitschek, Absolon Moreira, Craveiro Costa e Professora Quita. 

Diálogo entre servidores 

Durante a estadia em Cruzeiro do Sul, a equipe do NUPJR dialogou sobre o impacto positivo da implementação de competências da justiça restaurativa no ambiente de trabalho, com as servidoras da comarca de Cruzeiro do Sul, Rozélia Moura e Rasmilda Melo, ambas integrantes do curso de formação em justiça restaurativa voltado para o Judiciário.   

 

Continue lendo

ACRE

MPAC e Polícia Militar cumprem mandados judiciais contra investigados por ameaça a desembargador

PUBLICADO

em

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotoria Criminal de Feijó, em conjunto com a Polícia Militar do Acre (PMAC), deflagrou nesta quarta-feira, 17, a “Operação Algar”, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra dois investigados no município de Feijó.

A operação faz parte do procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a prática do crime de ameaça perpetrado contra um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo além de celulares e mídias.



Conforme informações contidas nos autos, a ameaça ocorreu em decorrência da atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que gerou a inelegibilidade de um ex-prefeito do município.

Considerando a necessidade de aprofundar as investigações, especialmente na identificação de possíveis coautores da ameaça, o MPAC solicitou o afastamento da garantia à inviolabilidade da intimidade e do domicílio, conseguindo a expedição do mandado de busca e apreensão, com autorização para acessar dispositivos eletrônicos móveis, bem como a suspensão da posse e porte de arma dos investigados, apontados como o autor direto e mandante da ameaça, e seu irmão, apontado como possível executor.

O nome da Operação Algar faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, pois no contexto da ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco”.

Continue lendo

ACRE

Embrapa do Acre alerta para o surto da mandarová, lagarta que é a maior ameaça à cultura da macaxeira no estado

PUBLICADO

em

O maior inimigo da cultura da macaxeira no Acre, uma atividade estratégica para a economia do Estado, tem nome, é bem pequena, mas tem um poder devastador.

A mandarová, uma lagarta que é capaz de destruir plantações inteiras em poucos dias. O combate aquela que é considerada hoje o maior inseto-praga das plantações de macaxeira é um desafio para diminuir o surto que, conforme registros da Embrapa, chegou ao Acre pela primeira vez em 1980.



Em um artigo, o biólogo Rodrigo Souza Santos, doutor em Entomologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Acre, alerta sobre os cuidados necessários para evitar a destruição dos plantios pela lagarta. As orientações vão desde o uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, que podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área, até a catação manual e até a produção de um inseticida biológico, produzido a partir das próprias lagartas mortas, que pode ser “fabricado” pelos próprios produtores rurais.

Leia o artigo abaixo na íntegra:

Surto populacional de insetos: o caso do mandarová-da-mandioca no Vale do Juruá

A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km² e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para as populações rurais acreanas, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, a tradicional farinha produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atesta sua procedência e qualidade.

A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a incidência de pragas. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provoca em altas infestações.

O mandarová-da-mandioca, conhecido como “gervão”, “mandarová”, “mandruvá” ou “lagarta-da-mandioca”, é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem desenvolvidas em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.

Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse inseto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo se alimentar de mais de 35 espécies de plantas.

Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente contribuem para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, luminosidade, umidade e precipitação – os insetos necessitam de condições abióticas ótimas para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação de populações de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração de seu ciclo de vida e tamanho da sua prole, em condições ideais.

A literatura aponta que o primeiro surto do mandarová em cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá, registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.

A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras à praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida devem ser recomendadas por um engenheiro-agrônomo, seguindo-se o receituário agronômico apropriado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).

Existem insetos predadores e parasitoides associados ao mandarová atuando no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controle biológico natural é o Baculovirus erinnyis, um vírus específico do inseto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependuradas nos pecíolos das folhas.

Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser coada em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo “sacolé” e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).

Rodrigo Souza Santos é Biólogo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, AC

Fotos: Embrapa/AC.

O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área.

Continue lendo

MAIS LIDAS