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Ex-reduto do PT, Acre dá a Jair Bolsonaro maior votação relativa

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Capitão reformado teve 77% dos votos válidos no estado do Acre.

Foto de capa: Gladson Cameli (PP), eleito governador do Acre – Divulgação.

Algumas das ondas mais altas do tsunami eleitoral deste ano atingiram o Acre em cheio. 

No primeiro turno, o estado encerrou duas décadas de hegemonia petista ao eleger Gladson Cameli (PP).

E, neste domingo (28), entregou ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sua maior votação proporcional no país. 

Além disso, o PT estadual deixou de ter representantes no Congresso. O senador Jorge Viana, principal nome do partido no Acre, não conseguiu se reeleger.

A larga margem na votação presidencial foi uma novidade menor do que a perda do comando estadual.

Durante os 20 anos de PT no poder, os acrianos sempre preferiram candidatos não petistas para o governo federal.

Nunca, no entanto, com tamanha ênfase: Bolsonaro recebeu no estado 77% dos votos válidos —22 pontos a mais do que o resultado obtido no país. Quatro anos atrás, o tucano Aécio Neves, apoiado pela acriana Mariana Silva, obteve 67% no segundo turno contra Dilma Rousseff. Em 2010, o correligionário José Serra havia conquistado 70% contra a petista.

Sem estrutura partidária no Acre, a campanha de Bolsonaro teve ares de improviso. 

Em Rio Branco, seus eleitores transformaram o amplo estacionamento da loja Havan, do empresário Luciano Hang, numa espécie de quartel general, com a realização ali de dois grandes comícios.

“Bolsonaro é uma alternativa a esses governos que fizeram tanto mal ao Brasil e ao nosso sofrido Acre, que hoje vive sob o terror da violência e da crise econômica”, afirmou o agente penitenciário Lucas Bolzoni, 31, eleitor do presidente eleito.

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Autor de um livro sobre o Acre, o antropólogo norte-americano Jeffrey Hoelle vincula a queda na popularidade do PT à indignação generalizada contra a corrupção e ao salto da violência em meio à guerra entre facções criminosas no estado.

“Eu nunca havia visto tanto crime no Acre, antes um lugar tranquilo”, diz o professor da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, que visitou o estado em meados do ano.

Sob a administração petista, o Acre se tornou o estado mais violento do país no ano passado, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A taxa de homicídios, de 63,9 por 100 mil habitantes, é pouco maior do que o dobro da média nacional e só fica abaixo do Rio Grande do Norte, com 68 por 100 mil habitantes.

Filha do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado há 30 anos, Angela Mendes diz que, além da violência, o fim do ciclo no PT se deve tanto à onda antipetista quanto ao desgaste por estar no poder durante tanto tempo. 

Filiada ao partido de Lula como o pai, ela acredita que, apesar da derrota, o Acre não seguirá o modelo de Rondônia, em que o agronegócio tem mais força econômica à custa de maior área desmatada.

“O Acre optou por um modo de vida sustentável, equilibrado, de conviver com a floresta”, afirma Angela, coordenadora do Comitê Chico Mendes, com sede em Rio Branco. 

Ela, porém, teme que os centros urbanos passem a pressionar por um modelo mais parecido ao estado vizinho. 

“Na cidade, temos um grande número de eleitores que acham que só quem precisa se preocupar com floresta são os bichos. Para eles, Rondônia é um modelo mesmo.” Fabiano Maisonnave e Fábio Pontes. Folha SP.


55%
votação de Bolsonaro no país

77%
votação de Bolsonaro no Acre

 

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“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

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Concurso do Tribunal de Justiça do Acre tem confusão e é anulado para o cargo de Analista Judiciário

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Uma confusão na tarde deste domingo, 24, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) provocou a anulação do certame para o cargo de Analista Judiciário.

Conforme relatos de candidatos ao ac24horas, não foi apresentada a prova discursiva do concurso. Outros problemas relatados são pacotes de provas sem lacres, provas com capa especificando questões de história e geografia que não constatam no edital para o cargo.



Um dos locais de provas onde apresentou confusão por conta do concurso foi na Fameta/Estácio.

A reportagem conversou com o candidato Thales Martins 27 anos, que relatou o que ocorreu. “Bom, a gente foi fazer a prova, tudo conforme. Porém, nós não recebemos a discursiva. Os alunos que estavam dentro da sala, nenhum recebeu. Aliás, se eu não me engano, o bloco todo não recebeu essa prova discursiva. Então, quando deu o horário de duas horas e meia que passou a prova, a gente foi informado que teve o cancelamento da prova e que a gente não podia continuar fazendo a prova. Outro detalhe importante, a gente não levou a nossa prova, visto que teve outras turmas que levaram a prova. Fomos lesados devido à gente vai ter que remarcar outro dia” contou.

Quem também conversou com o ac24horas foi o candidato Samuel França, 26 anos. “Algumas provas receberam redação e outras provas não, a informação no momento não foi passada para todos, inclusive tem sala ainda que está tendo prova discursiva até para a própria área, analista, jornalista e judiciário da área do direito, então até 7 e meia, que é a data limite, 7 e meia da noite, ainda tem gente fazendo prova. Analista e judiciário sem saber que foi cancelado” relata.

A anulação prejudica milhares de candidatos, já que mais de 16 mil pessoas se inscreveram no certame, e muitos vieram de fora do Acre exclusivamente para fazer as provas.

O Tribunal de Justiça do Acre se posicionou por meio de uma nota de esclarecimento, onde confirma a anulação do concurso para o cargo de Analista Judiciário.

Leia abaixo:

Nota de Esclarecimento

A Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), tendo em vista os problemas ocorridos na aplicação da prova do concurso de servidores deste tribunal, realizada pelo Instituto Verbena, esclarece:

O problema decorreu especificamente na questão discursiva para o cargo de Analista Judiciário – área judicial/judiciária.

A Comissão Gestora do Concurso deliberou o cancelamento da aplicação da prova especifica para este cargo.

A decisão pela anulação foi tomada com base nos princípios da transparência, igualdade e lisura, que norteiam a atuação do TJAC.

Lamentamos o ocorrido e informamos que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no sentido de reaplicar a prova com a maior brevidade possível.

Isabelle Sacramento
Presidente da Comissão Gestora do Concurso

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Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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