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Inquérito apura fraude em licitação de obra que reutilizou telhas e madeira com cupins

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Obra orçada em mais de R$ 1 milhão foi iniciada em 2015 e entregue no ano passado, mas denúncia diz que empresa não gastou nem R$ 300 mil. Seop-AC confirma que reutilizou material, que estava em bom estado, e que só pagou pelos produtos novos.

Na foto de capa, Delegacia de Sena Madureira foi inaugurada na quinta (13) (Foto: Val Fernandes/Secom).

Um inquérito da Polícia Civil apura um caso de fraude em licitação e associação criminosa na obra de reforma e ampliação da Delegacia de Sena Madureira, no interior do Acre. O caso foi denunciado por uma pessoa que não quis ser identificada. Segundo o denunciante, a empresa responsável pela construção lavou e reutilizou as telhas do local, assim como as peças de madeira da estrutura, que apresentavam cupins.

Por meio de nota, o secretário de Obras Públicas do Estado, o engenheiro Átila Pinheiro, disse que todos os profissionais responsáveis pela obra acompanharam a retirada dos materiais e que foi observado que grande parte da estrutura de madeira da cobertura estava em bom estado e, por isso, eles optaram pelo aproveitamento de grande parte do material, sendo trocadas somente as peças danificadas e pagas somente as peças novas.

“Este é procedimento ordinário das obras de reforma de prédios públicos do Estado, finalidade esta da equipe técnica de fiscalização, a aplicação correta dos materiais, bem como o correto pagamento dos quantitativos executados na obra, apreciados pelas medições, memória de cálculo de todos os serviços executados, relatório fotográfico e planta iluminada, conforme instrução normativa da Controladoria-Geral do Estado (CGE), evidenciando a boa fé dos serviços desenvolvidos pelos profissionais da Secretaria de Estado e Infraestrutura e Obras Públicas (SEOP)”, esclareceu.

Ao G1, o delegado Marcos Frank, titular da delegacia do município, informou apenas que tinha uma investigação que já foi concluída e que aguarda o pronunciamento do Ministério Público do Acre (MP-AC).

A obra estava orçada em mais de R$ 1 milhão, mas, segundo o denunciante, a empresa não deve ter gasto nem R$ 300 mil desse total.

Conforme a denúncia, a reforma e ampliação foi iniciada em 2015 e entregue em 2017 com quase um ano de atraso. Na inauguração, a Segurança afirmou que o atraso ocorreu devido a problemas financeiros da empresa e não por falta de recurso do Estado.

No inquérito, segundo a denúncia, a empresa responsável alega que reutilizou o material com a autorização da Seop-AC. No processo, foram indiciados os sócios que administravam a empresa de construção, o secretário da Seop-AC e o engenheiro responsável por fiscalizar o contrato.

“Lavaram tudo, reutilizaram, mas no orçamento foi pago por um telhado e estrutura inteira nova. Fizeram um orçamento bem acima do que foi comprado para a obra e mesmo tendo cupins a estrutura de madeira sequer foi retirada”, relatou o denunciante.

Na planilha de custos apresentada, o piso teve um orçamento de R$ 50,40 por metro. Porém, uma cotação de preços feita na época da obra mostrou que o mesmo piso custava R$ 14,89. Além disso, um vídeo mostra a água da chuva inundando a delegacia que foi entregue reformada no ano passado. “Mais de R$ 1 milhão em um prédio que chove dentro. Isso é um absurdo”, finaliza.

Vídeo mostra delegacia inundada por água da chuva mesmo após reforma de mais de R$ 1 milhão

Vídeo mostra delegacia inundada por água da chuva mesmo após reforma de mais de R$ 1 milhão.

Quanto aos problemas ocorridos, a nota da Secretaria de Obras explica que a empresa foi notificada e executou os reparos necessários.

“Lamentamos neste caso por tratar-se de uma denúncia vazia e que demonstra total desconhecimento dos procedimentos adotados pela administração estadual quando do acompanhamento de uma obra pública. Temos inúmeros contratos sob nossa fiscalização e nos colocamos à disposição para quaisquer dúvidas que por ventura venham a surgir no andamento desses processos”.

Delegacia modelo

A unidade de Sena Madureira é considerada modelo entre as delegacias do estado. A Segurança ressaltou que montou duas salas para o Departamento de Inteligência e Polícia Técnico-Científica.

Além disso, foram instalados os mais modernos equipamentos para elucidação de crimes. A Segurança informou ainda que a unidade ganharia reforço de agentes, escrivães, delegados e peritos. Por G1Ac.

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“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

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Concurso do Tribunal de Justiça do Acre tem confusão e é anulado para o cargo de Analista Judiciário

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Uma confusão na tarde deste domingo, 24, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) provocou a anulação do certame para o cargo de Analista Judiciário.

Conforme relatos de candidatos ao ac24horas, não foi apresentada a prova discursiva do concurso. Outros problemas relatados são pacotes de provas sem lacres, provas com capa especificando questões de história e geografia que não constatam no edital para o cargo.



Um dos locais de provas onde apresentou confusão por conta do concurso foi na Fameta/Estácio.

A reportagem conversou com o candidato Thales Martins 27 anos, que relatou o que ocorreu. “Bom, a gente foi fazer a prova, tudo conforme. Porém, nós não recebemos a discursiva. Os alunos que estavam dentro da sala, nenhum recebeu. Aliás, se eu não me engano, o bloco todo não recebeu essa prova discursiva. Então, quando deu o horário de duas horas e meia que passou a prova, a gente foi informado que teve o cancelamento da prova e que a gente não podia continuar fazendo a prova. Outro detalhe importante, a gente não levou a nossa prova, visto que teve outras turmas que levaram a prova. Fomos lesados devido à gente vai ter que remarcar outro dia” contou.

Quem também conversou com o ac24horas foi o candidato Samuel França, 26 anos. “Algumas provas receberam redação e outras provas não, a informação no momento não foi passada para todos, inclusive tem sala ainda que está tendo prova discursiva até para a própria área, analista, jornalista e judiciário da área do direito, então até 7 e meia, que é a data limite, 7 e meia da noite, ainda tem gente fazendo prova. Analista e judiciário sem saber que foi cancelado” relata.

A anulação prejudica milhares de candidatos, já que mais de 16 mil pessoas se inscreveram no certame, e muitos vieram de fora do Acre exclusivamente para fazer as provas.

O Tribunal de Justiça do Acre se posicionou por meio de uma nota de esclarecimento, onde confirma a anulação do concurso para o cargo de Analista Judiciário.

Leia abaixo:

Nota de Esclarecimento

A Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), tendo em vista os problemas ocorridos na aplicação da prova do concurso de servidores deste tribunal, realizada pelo Instituto Verbena, esclarece:

O problema decorreu especificamente na questão discursiva para o cargo de Analista Judiciário – área judicial/judiciária.

A Comissão Gestora do Concurso deliberou o cancelamento da aplicação da prova especifica para este cargo.

A decisão pela anulação foi tomada com base nos princípios da transparência, igualdade e lisura, que norteiam a atuação do TJAC.

Lamentamos o ocorrido e informamos que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no sentido de reaplicar a prova com a maior brevidade possível.

Isabelle Sacramento
Presidente da Comissão Gestora do Concurso

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Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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