Insurgentes alcançaram Alepoa segunda cidade da Síria, na sexta-feira, numa rápida ofensiva contra Bashar Assad forças, que são apoiadas por aliados russos e iranianos.
Os combates são alguns dos mais mortíferos dos últimos anos, com 255 pessoas, a maioria combatentes mortos, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido.
Tudo começou na quarta-feira em áreas controladas pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Rebeldes apoiados pela Turquia, que se autodenominam Exército Nacional Sírio, juntaram-se aos combates.
Civis mortos nos combates
O Militar sírio prometeu repelir o ataque, mas mesmo antes de entrar em Aleppo, os insurgentes tiraram o controle de mais de 50 cidades e aldeias das forças de Assad.
Enquanto isso, um comandante militar de uma milícia pró-Síria leal ao governo, Abu Mahmoud Omar, disse: “as próximas horas serão decisivas para as batalhas após a chegada de grandes reforços militares do exército sírio e das forças aliadas a Aleppo”.
A ONU disse que pelo menos 27 civis foram mortos nos últimos três dias.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que “mais de 14 mil pessoas, quase metade são crianças, foram deslocadas” pela violência nos últimos três dias.
“Estou alarmado com a deterioração da situação no noroeste da Síria e com os impactos nas vidas dos civis”, disse David Carden, vice-coordenador regional da ONU para ajuda humanitária na Síria.
“Estamos recebendo relatos de crianças com múltiplos ferimentos causados por estilhaços nos ataques”, acrescentou.
A guerra civil síria nunca parou completamente
Já se passaram quase 14 anos desde o início do sírio guerra civil, um conflito que começou depois de uma revolução popular ter sido brutalmente reprimida pelo governo sírio liderado por Assad.
Rússia e Irã apoiaram o governo sírio depois que protestos antigovernamentais se transformaram em guerra.
A Turquia apoiou grupos de oposição e estabeleceu uma presença militar no noroeste da Síria, enquanto os Estados Unidos apoiaram as forças curdas sírias que lutam contra militantes do “Estado Islâmico” (EI) no leste.
Desde 2020, o conflito permaneceu em grande parte estático, com apenas confrontos de baixa intensidade entre os rebeldes e as forças de Assad.
A Turquia e a Rússia intermediaram uma trégua em 2020, com o governo sírio interrompendo um esforço para retomar as partes de Idlib controladas pelos rebeldes.
lo/wd (AFP, AP, dpa, Reuters)