O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) conseguiu a condenação de Anacleto dos Santos Moreira, integrante de facção criminosa e um dos acusados pelo homicídio do adolescente Gabriel Nunes da Silva, ocorrido em dezembro de 2016. A denúncia foi feita pela promotora de Justiça Maria Fátima Ribeiro, que atuou no caso.
O acusado foi denunciado por sua participação no crime mediante filmagem da decapitação e esquartejamento da vítima. Outras duas pessoas também foram denunciadas no caso, por homicídio qualificado, desonra e ocultação de cadáver, corrupção de menor em crime hediondo e integração de organização criminosa, mas aguardam julgamento.
O crime foi motivado por vingança por acreditarem que a vítima integrava organização criminosa rival.
Anacleto foi condenado a 41 anos de reclusão em regime fechado e dois anos de detenção.
O crime
No dia 2 de dezembro de 2016, em um terreno localizado no bairro Belo Jardim, Anacleto, conhecido como Junior, filmou o assassinato da vítima, que era usuária de drogas, enquanto ela sofria golpes de terçado.
À época dos fatos, a vítima possuía uma dívida com um dos autores do crime. Ao atraírem ela para o local do crime, sob a alegação de consumirem drogas, eles desferiram golpes com faca, esquartejaram-no com terçado, amontoaram as partes desmembradas em um canto do terreno e a cabeça em um outro local.
Enquanto isso, Anacleto filmava os demais denunciados exibindo a cabeça da vítima como troféu para a câmera e jogando-a em seguida como algo descartável. Em seguida, empurraram os membros esquartejados com os pés, fizeram uma cova e enterraram os restos mortais. Toda a ação foi filmada e divulgada na internet.
O cadáver foi encontrado três dias depois, no dia 5 de dezembro de 2016, após Anacleto ser preso em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo e de drogas. Na ocasião, ele acabou indicando para os policiais o local onde o corpo estava enterrado. Por André Ricardo.
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