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Justiça Eleitoral retoma julgamento que pode cassa…

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Justiça Eleitoral retoma julgamento que pode cassa...

Ludmilla de Lima

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) retoma na tarde desta terça-feira o julgamento do governador Cláudio Castro (PL) e do seu vice, Thiago Pampolha (MDB), num processo que envolve gastos ilícitos durante a campanha eleitoral ao governo do estado em 2022. O Ministério Público Eleitoral pede a cassação da chapa com base na falta de comprovação pela dupla da destinação de cerca de R$ 10 milhões recebidos de fundos públicos. Os dois políticos também correm o risco de ficar inelegíveis.  

O julgamento é transmitido ao vivo pelo tribunal. O relator do processo é o desembargador Rafael Estrella, que havia pedido vistas. Ele inicia a sessão de hoje. 

O corpo técnico do Tribunal detectou irregularidades em contratos de locação de veículos pela dupla de políticos com empresas que não teriam capacidade operacional para atender a essa demanda. Na investigação, o MP Eleitoral identificou, por meio das provas e informações bancárias colhidas, que algumas das firmas não tinham sequer sede física. Há ainda evidências, segundo os procuradores, de que os serviços foram contratados por valores menores do que essas empresas efetivamente recebiam.

Procuradora Regional Eleitoral, Neide Cardoso pediu durante a última sessão que a chapa fosse considerada inelegível. “No caso dos autos, os gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais demonstram um total desrespeito à corrida eleitoral, que se traduzem em gravidade suficiente para configurar os gastos ilícitos de recursos, com potencialidade de afetação do pleito de 2022”, destaca o Ministério Público, para o qual as irregularidades constatadas não podem ser consideradas “meras falhas formais ou impropriedades de natureza contábil”. 

São oito os fornecedores da campanha de Castro e Pampolha citados: Cinqloc Empreendimentos (ACE Rio), Car Service Logística e Eventos, WR Car Service Locação de Veículos e Eventos, M.N. Seixas Automóveis, Posto Novo Recreio, Vitoraci Comunicação 2022 SPE, 8em7 Inteligência em Comunicação e Arrow Agência Digital Marketing e Parcerias.

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Contas aprovadas

Em nota, a defesa do governador Cláudio Castro afirmou que “já prestou todos os esclarecimentos, e toda prova apresentada demonstrou que não houve qualquer ilegalidade”. Os advogados argumentam que as contas de campanha da dupla foram aprovadas pelo próprio TRE em julho de 2024. “Vale ressaltar que, em outro processo, no ano passado, os membros do TRE ratificaram, por unanimidade, a aprovação das mesmas contas sem ressalvas, com base no parecer técnico do próprio tribunal”, ressaltam.

Tanto Castro quanto Pampolha têm pretensões de disputar a eleição no ano que vem. Enquanto o governador avalia concorrer ao Senado, seu vice articula nos bastidores ser cabeça de chapa numa disputa pelo Palácio Guanabara.

 



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POLÍTICA

Lula e Kassab encenam um ato de pragmatismo e desc…

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Lula e Kassab encenam um ato de pragmatismo e desc...

Daniel Pereira

Uma das prioridades do presidente Lula para fortalecer o governo — e a sua eventual candidatura à reeleição — é estreitar laços com o PSD, partido que conquistou o maior número de prefeituras em 2024, controla três ministérios e tem a maior bancada do Senado, além da quarta da Câmara. A negociação entre as partes, como de costume, não será fácil.

Comandante do PSD, Gilberto Kassab disse recentemente que, se a eleição fosse hoje, Lula seria derrotado. De quebra, ainda declarou que Fernando Haddad, da Fazenda, é um ministro fraco. A repercussão foi imediata. Primeiro, porque Kassab dirige uma legenda que tem pré-candidato à Presidência, o governador do Paraná, Ratinho Jr. Segundo, porque Kassab é secretário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cortejado por políticos e empresários para concorrer ao Planalto já em 2026.

Com problemas de popularidade e de gestão, Lula sabe que alianças custam mais caro em conjunturas desfavoráveis. O presidente preferiu não polemizar e só lembrou ao “companheiro” Kassab que faltam quase dois anos até a próxima votação. Em conversas reservadas, Kassab se disse surpreso com a repercussão de suas declarações. Em público, resolveu mudar de tom. “Ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa sobre a eleição. Ele ainda pode reverter o cenário. Ele é forte”, declarou ao jornal Estado de S. Paulo.

De olho em 2026

Se não conseguir fechar alianças formais com partidos de centro para a próxima eleição, Lula quer pelo menos fortalecer núcleos de apoio a ele nessas legendas, inclusive naquelas que trabalharam por Jair Bolsonaro em 2022  e ainda têm alas expressivas simpáticas ao ex-presidente. No caso específico do PSD, depois de evitar a polêmica com Kassab, o petista distribuiu afagos a outros dois integrantes da sigla: o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco.

Lula disse que não pretende tirar Silveira do ministério e afirmou que seu candidato ao governo de Minas é Pacheco. O governo também cogita dar uma pasta mais poderosa para a bancada do PSD na Câmara, que hoje está à frente do Ministério da Pesca. O plano é claro: enquanto Kassab não se decide sobre 2026, o presidente avança nas negociações com outros caciques da sigla. 

Apoio caro

O presidente conhece como poucos o Centrão, grupo político que controla o Congresso e do qual o PSD faz parte. Quando tentava salvar o mandato de Dilma Rousseff, ele prometeu concessões diversas às legendas que agora corteja, que responderam com juras de fidelidade e continuaram no ministério da presidente até que, ao detectar a iminente derrocada da petista, debandaram para o lado do vice Michel Temer.

Kassab foi um dos que fizeram esse movimento e, como ocorreu no passado, deve seguir o rumo dos ventos em 2026. Como a classe política em geral, ele só fechará uma aliança eleitoral com Lula se o presidente estiver com alta popularidade e o governo bem aprovado. Além de desconfiança, o pragmatismo marca a relação entre os dois. 



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Nikolas Ferreira x Felipe Neto: deputado e influen…

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Nikolas Ferreira x Felipe Neto: deputado e influen...

Luiz Paulo Souza

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o influenciador Felipe Neto trocaram ofensas nas redes sociais na noite desta sexta-feira, 7. A briga começou após o parlamentar chamar o empresário de “hipócrita”, “covarde” e “bunda mole” ao compartilhar uma noticia em que Neto afirmava não comentar mais sobre política nas redes sociais. Em retribuição, o mineiro foi chamado de “chupetinha”.

Em entrevista concedida ao portal F5, da Folha de São Paulo, o influenciador diz que já fez a seu papel e afirma que, em 2025, pretende se dedicar a produção de conteúdos para o seu canal no YouTube. “O fato de eu ter passado os últimos anos em um gigantesco embate político, vocês sabem qual foi a consequência disso”, disse ele a repórter Maria Paula Giacomelli. “Eu não apareci em nenhum momento. Por quê? Porque as agências não trabalham mais comigo. Isso é um fato. E tudo bem. Foi o preço que paguei para poder lutar a luta que eu lutei.”

Ao compartilhar uma captura de tela referente a reportagem, no X, antigo Twitter, Nikolas Ferreira escreveu “esse aqui merece o título de maior hipócrita, covarde e bunda mole do Brasil”. Felipe Neto, em resposta, publicou um print do tuíte do deputado, onde diz “e foi esse bunda mole que te colocou pra mamar em 2022. Valeu chupetinha”, seguido por um emoji de beijo. Cada uma das mensagens tiveram dezenas de milhares de curtidas e ao menos 1.000 compartilhamentos. 

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Essa não é a primeira vez que os dois discutem nas redes. Durante a campanha eleitoral, em 2022, Nikolas reagiu a vídeos de Felipe Neto, fazendo crítica a postura supostamente de esquerda do influenciador. O empresários respondeu o parlamentar pela primeira vez em outubro daquele ano, o chamando de “chaveirinho da milícia”, “acessório do fascismo” e “chupetinha de genocida”. Desde lá, na esteira da polarização política que dominou o país, as brigas entre os dois são frequentes.

Nos comentários grande parte dos seguidores são inflamados pela contenda, tomando lados, mas também há quem critique as discussões. Por um lado, seguidores do deputado mineiro o cobram para falar mais sobre atuação política e projetos de lei, enquanto do outro, fãs de Neto argumentam que o apelido usado por ele é homofóbico e o pedem para não dar palco para o parlamentar de oposição. Enfim alguma parcimônia.

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A reunião de Lula com a presidente do Banco do Brasil

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A reunião de Lula com a presidente do Banco do Brasil

Robson Bonin

A reunião de Lula com a presidente do Banco do Brasil | VEJA

Verão: 4 Revistas em casa a partir de 29,90/mês

Na esteira desse retorno de Davi Alcolumbre ao comando do Senado, congressistas da base aliada pressionam Lula para que ele demita a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Lula, no entanto, gosta do trabalho da presidente do banco — que é bem avaliada inclusive pela equipe de Fernando Haddad — e não deve mexer na instituição, apesar do ímpeto das cobranças de aliados.

Nesta semana, por exemplo, o presidente teve uma reunião de trabalho com Tarciana no Planalto para conhecer os resultados do banco colhidos em 2024 e definir metas para este ano. Lula, até onde se sabe, não falou em demissão.


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