Júlia Moura
O Banco do Brasil teve um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O número, divulgado nesta quarta-feira (13), representa uma alta anual de 8,3% e trimestral de 0,1%.
O resultado veio em linha com a média de estimativas de analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 9,363 bilhões.
A margem financeira bruta do BB no período foi de R$ 25,87 bilhões, um acréscimo de 9,3% em 12 meses e de 1,3% em 3 meses.
O ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido), que mede a rentabilidade do banco foi de 21,1% entre julho e setembro, leve queda de 0,14 ponto percentual ante o mesmo intervalo de 2023 e declínio de 0,46 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior.
A carteira de crédito total do banco encerrou setembro com um saldo de R$ 1,2 trilhão, 13% maior que no ano anterior e 1,9% maior que em junho.
O indicador de inadimplência voltou a subir, indo de 3% no segundo trimestre de 2024 para 3,33%. No entanto, o índice de cobertura caiu de 191,3% para 177,6% no mesmo intervalo.
“O crédito é, sem sombra de dúvidas, pilar importante e nosso principal negócio. Temos trabalhado o crédito de forma integrada e sinérgica nos mercados onde atuamos, em uma composição equilibrada entre risco e retorno”, disse a presidente do BB, Tarciana Medeiros, por meio de nota.
Já a PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidos) aumentou 34% em relação ao ano passado e 29% na comparação trimestral, para R$ 10,1 bilhões. Ou seja, o banco espera levar mais calotes.
“O desembolso do crédito neste trimestre alcançou mais de R$ 160 bilhões. Estes números são frutos de estratégias comerciais, novas soluções, melhorias de processos, hiperpersonalização de abordagens, além da assessoria financeira aos clientes”, afirmou Tarciana.
Folha Mercado
Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.
Os empréstimos e financiamentos ao agronegócio, carro-chefe do BB, atingiram o saldo de R$ 386,6 bilhões em setembro, crescimento de 3,1% no trimestre e 13,7% na comparação anual.
No primeiro trimestre da safra 2024/2025, o banco já desembolsou R$ 63,4 bilhões em crédito ao agronegócio e R$ 11 bilhões desembolsados na cadeia de valor do agro, totalizando R$ 74,4 bilhões. Segundo a estatal, foram mais de 200 mil operações contratadas no período em mais de 4,8 mil municípios em todo o país, sendo 69,8% destinadas a agricultura familiar (Pronaf) e médios produtores (Pronamp).
RAIO-X | BANCO DO BRASIL
Fundação: 1808
Lucro no 3º trimestre de 2024: R$ 9.515 bilhões
Agências: 3.997
Funcionários: 87.580
Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal