Asaad al-Shaibani também afirma que a nova constituição da Síria representará todas as comunidades do país.
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria disse que o seu país espera seguir os passos de potências económicas como Singapura e Arábia Saudita, à medida que começa a reconstruir lentamente após quase 14 anos de guerra civil.
“Precisamos da ajuda da comunidade internacional para nos ajudar nesta nova experiência”, disse Asaad al-Shaibani na reunião anual do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, na quarta-feira. Ele sublinhou que o governo de transição da Síria já está a trabalhar em parcerias energéticas com vários estados do Golfo.
Ele também prometeu que a nova constituição da Síria representará todas as comunidades do país e reiterou os apelos ao alívio das sanções internacionais, que continuam a paralisar a economia da Síria.
Falando num evento televisionado com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, al-Shaibani disse que “o grande desafio são as sanções económicas. Herdámos muitos problemas do regime de Assad… mas a remoção das sanções económicas é fundamental para a estabilidade da Síria.”
Embora algumas nações ocidentais tenham tomado medidas para restaurar os laços com Damasco desde o governo do ex-presidente Bashar al-Assad expulsarcontinuam cautelosos em relação aos novos governantes do país, liderados pelo antigo grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS).
“Sempre nos perguntam como garantir os direitos deste ou daquele grupo e como garantir os direitos da mulher – na Síria todos nós estaremos sob a Constituição e sob o Estado de direito”, al- Shaibani disse.
Será formada uma comissão de especialistas para elaborar uma nova constituição – um processo que poderá levar até quatro anos – e incluirá todos “os diferentes grupos da Síria”, incluindo mulheres, disse al-Shaibani.
No início deste mês, al-Shaibani fez viagens à Arábia Saudita, aos Emirados Árabes Unidos e ao Qatar, durante as quais discutiu o reforço dos laços e do comércio.
O Catar prometeu fornecer inicialmente à Síria 200 megawatts de eletricidade e aumentar gradualmente a quantidade, disse o primeiro-ministro do país do Golfo durante uma recente visita a Damasco.
