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Na Sérvia, milhares de pessoas manifestam-se contra as autoridades, mais de um mês após o desabamento do telhado de uma estação

Milhares de pessoas manifestam-se nas ruas de Belgrado, Sérvia, em 22 de dezembro de 2024, para protestar contra as políticas governamentais, a corrupção e a negligência que acusam de serem a causa das mortes das vítimas do desastre da estação ferroviária de Novi Sad, em novembro.

A mobilização cresce, mais de sete semanas após o colapso do telhado de uma estação ferroviária no norte da Sérvia, que causou a morte de quinze pessoas. Milhares de pessoas manifestaram-se no domingo, 22 de dezembro, em Belgrado, para exigir responsabilização daqueles que estão no poder. Desde a tragédia ocorrida na cidade de Novi Sad, no início de novembro, o governo sérvio tem estado sob pressão dos manifestantes, com muitos manifestantes a acusarem as autoridades de corrupção e negligência no controlo das infraestruturas públicas.

Organizada por estudantes, a manifestação de domingo na capital sérvia começou com quinze minutos de silêncio em homenagem aos quinze mortos, notou a Agência France-Presse (AFP) no local. Agricultores, atores e outras pessoas de toda a Sérvia também estiveram presentes.

Os manifestantes ocuparam a Praça Slavija, bloqueando praticamente todo o centro da cidade. Exigiram mais uma vez a demissão do primeiro-ministro, Milos Vucevic, e do presidente da Câmara de Novi Sad após a catástrofe, bem como o comparecimento perante os tribunais dos responsáveis ​​​​neste caso.

Mobilização crescente

Os estudantes também exigiram que os indivíduos que atacaram os manifestantes durante mobilizações anteriores sejam processados, bem como o cancelamento das acusações contra os seus companheiros que participaram nos comícios.

No total, quatorze pessoas, com idades entre 6 e 74 anos, morreram em 1é Novembro, quando o telhado da estação desabou, após grandes obras de reforma no prédio. Uma décima quinta vítima morreu no hospital algumas semanas depois.

Desde esta tragédia, a tensão contra o governo aumentou, com manifestações organizadas regularmente em toda a Sérvia e bloqueios diários de rua de quinze minutos. A violência esporádica irrompe durante certas reuniões.

No sábado, o presidente sérvio Aleksandar Vucic disse que não recuaria dos manifestantes. Ao mesmo tempo, incentivou a concessão de subsídios para a compra de apartamentos ou casas para os jovens, o que foi visto por muitos como uma tentativa de aliviar a sua raiva. Na sexta-feira, o governo também anunciou a intenção de fechar as escolas mais cedo do que o previsto para as férias de inverno.

O mundo com AFP

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