Visita do Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan Israele se reuniu com o primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu, numa tentativa de apoiar os esforços recentemente revividos para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza.
Após a reunião, Sullivan disse que “teve a sensação” de que o líder israelense estava “pronto para fazer um acordo” que garantiria a cessação das hostilidades entre Israel e o grupo islâmico Hamas em Gaza, ao mesmo tempo que garantiria a libertação dos 100 reféns ainda detido pelo grupo após ser sequestrado na Faixa durante o ataque a 7 de outubro de 2023que custou a vida a mais de 1.200 pessoas, a maioria delas civis.
“Meu objetivo será nos colocar em posição de fechar este acordo neste mês”, disse Sullivan em entrevista coletiva em Tel Aviv.
A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 44.805 pessoas em Gaza, a maioria delas civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas que as Nações Unidas consideram confiáveis.
Ontem, a Assembleia Geral da ONU adoptou uma resolução apelando a um cessar-fogo imediato e incondicional.
Os ataques em Gaza continuam
As autoridades lideradas pelo Hamas em Gaza disseram que os ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 33 pessoas, incluindo doze guardas que protegiam caminhões de ajuda, enquanto as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram ter como alvo militantes que planejavam sequestrar os veículos.
O Nações Unidas e outras agências de ajuda alertaram repetidamente sobre a grave crise humanitária na Faixa de Gaza após 14 meses de guerra.
A porta-voz da UNRWA, Louise Wateridge, disse aos jornalistas que visitavam Nuseirat, no centro de Gaza, que as condições para as pessoas na Faixa são “terríveis e apocalípticas”.
Israel também realizou um ataque no sul do Líbano. As IDF disseram ter como alvo militantes do Hezbollah cuja presença na área constituía uma violação do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Líbano.
IDF ataca alvos na Síria
Em outros lugares, Israel continua a operar em Síriadepois da queda do Assadregime.
As tropas das FDI ainda estão presentes na zona tampão patrulhada pela ONU que separa as forças israelenses e sírias nas Colinas de Golã, em um movimento que a ONU disse ter violado o armistício de 1974.
Durante uma visita à Jordânia, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Israel estava preocupado com qualquer vazio de poder que pudesse ser preenchido por extremistas, mas que Washington estava a falar com os israelitas sobre o caminho a seguir.
“É muito importante neste momento que todos tentemos garantir que não estamos provocando conflitos adicionais”, disse Blinken.
Na segunda-feira, Israel disse ter atingido “as armas químicas restantes ou mísseis e foguetes de longo alcance para que não caiam nas mãos de extremistas”.
O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), Fernando Arias, disse que seu grupo está “acompanhando de perto” relatos de ataques a instalações militares.
“Ainda não sabemos se estes ataques afectaram locais relacionados com armas químicas. Tais ataques aéreos podem criar um risco de contaminação”, disse Arias num discurso.
ftm/jcg (AFP, AP, Reuters)