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Paulo Guedes fala em fim do Bolsa Família e buscas explodem no Google

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) enfrentava as primeiras manifestações de rua contra uma medida de seu governo desde que tomou posse, nas redes sociais um segundo fluxo de informação ameaçava somar-se ao “tsunami da educação” e elevar o clima de instabilidade política.

Segundo levantamento feito pela Bites, consultoria especializada no monitoramento de plataformas digitais, ontem (15) houve um aumento nas buscas sobre a possibilidade de o governo encerrar o programa Bolsa Família.

Fonte: Google Trends

Nos últimos sete dias, as consultas em ascensão eram: “o bolsa família vai acabar em 2019”, “bolsa família para em setembro” e “paulo guedes bolsa família”.

Fonte: Google Trends

“A propagação desse assunto pode ser mais preocupante para o governo, porque envolve uma massa expressiva de quase 50 milhões de pessoas”, observa Manoel Fernandes, diretor da Bites. O movimento ocorre um mês após o presidente Jair Bolsonaro anunciar a criação do pagamento de 13º salário às famílias beneficiárias do programa.

O levantamento mostra que, em uma escala de 0 a 100, o interesse médio no Google para o Bolsa Família no Brasil ontem ficou em 45. Em dez estados, sendo nove na Região Nordeste, o número foi superior a 50, alcançando 100 no Ceará e 99 na Paraíba.

Fonte: Google Trends

O gatilho da tendência foi disparado na terça-feira (14), dia em que o ministro Paulo Guedes (Economia) participou de audiência pública na CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso Nacional. Na ocasião, o ministro afirmou que, caso deputados e senadores não aprovem crédito suplementar de R$ 284 bilhões, o governo terá dificuldades em fechar as contas para pagamentos do INSS e de beneficiários do Bolsa Família.

“Não é o governo. O Congresso, ao não aprovar, travou. Porque se vocês não derem crédito, a despesa não pode ser feita. Então, o Congresso resolveu travar o Bolsa Família, travar o Plano Safra, travar os benefícios de prestação continuada, travar os pagamentos do INSS”, afirmou Guedes aos deputados.

InfoMoney

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