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PF suspeito de premeditar morte da filha diz que deu leite por orientação da mãe da criança

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O policial federal Dheymersonn Cavalcante, acusado de ter envolvimento com a morte da filha Maria Cecília, de apenas dois meses, ocorrida na última sexta-feira, dia 09, em Rio Branco, resolveu abrir o jogo e contar tudo sobre a morte da criança. Ele deu uma entrevista exclusiva ao ac24horas na última quarta-feira, dia 13.

O policial, que se diz inocente, conta e comprova, com documentos e fotos, que ajudou financeiramente a enfermeira Micilene Souza, e que tinha uma relação de “muito afeto” com a filha. O policial também confirmou que deu leite industrial a criança, mas que foi a própria mãe quem o orientou a fazer isso.

Em mensagens supostamente trocadas por Dheymersonn e Micilene, cedidas ao ac24horas, a enfermeira conta ao pai da criança que Maria Cecília teve problemas respiratórios e que quase morreu dentro de casa enquanto dormia. Diz ainda que dava leite industrial à bebê e que a criança havia ficado doente dias antes de morrer.

Dheymersonn Cavalcante conversou com a reportagem, mas não autorizou fotografias. O policial estava acompanhado da esposa e do advogado. A conversa aconteceu em um edifício comercial no bairro Bosque, no período noturno. Nitidamente abalado, o policial contou que retirou a barba por medo e que teve a vida e o nome destruídos por uma “mentira” que cairá por terra na Justiça.

Leia a entrevista exclusiva com o policial.

ac24horas: Você tinha um relacionamento com a mãe da Maria Cecília. Você pressionou a dona Micilene a abortar essa criança?

Dheymersonn: De maneira nenhuma. Isso é mentira, e eu posso provar. Ela foi auxiliada durante a gestação. Eu tinha transferido valores em dinheiro. E em tudo, antes de qualquer obrigação. Outra coisa que nunca existiu: essa história de comprimidos para o abordo. Isso é mentira! Eu tenho conversas [no whatsapp] para comprovar isso também. Quem teve a ideia de abortar, tão logo soube que ela estava grávida, não fui eu, foi ela. Eu tenho como provar que foi ela quem teve a iniciativa. E a irmã dela disse que entendia. E eu disse que concordava porque ela me falou de um problema de saúde que podia levá-la a um óbito.

ac24horas: O que aconteceu naquele dia? A criança tomou leite mesmo artificial? Havia esse hábito?

Dheymersonn: A Micilene conta que a minha filha não tomava leite artificial, mas é mentira dela. A minha filha tomava leite artificial desde o sétimo dia de vida. Eu deixei a Micilene no hotel no último dia 05, e aqui nós cuidamos da bebê, passeamos, passávamos o dia inteiro com a criança. Fomos no Lago do Amor, fomos com minha mãe e a bebê na Ufac. Tiramos fotos juntos e fomos fazer o DNA juntos. Marquei consulta com o oftalmologista, porque ela disse que tinha a bebê um problema no olho. Eu fiz o melhor. Nos relacionávamos muito bem, eu tenho todas as provas aqui. Ela que por vezes deixava de falar da minha filha, e isso me gerava angústia.

ac24horas: Essa criança já teve algum problema de saúde?

Dheymersonn: No dia 18 [de fevereiro] ela ficou sem me dar notícia. Dias depois, quando apareceu, ela me disse que a minha filha quase morreu. Ela disse que a criança comeu, dormiu e que quando ela acordou já estava sem respiração. Ela disse que ressuscitou a minha filha. Depois disso, a angústia foi tão grande que eu nem perguntei se ela havia levado a minha filha no médico.

ac24horas: O que você tem a dizer sobre esse leite? Me explica direito essa história. Ela tomava isso? A mãe dava esse leite? Como era essa suposta mamadeira? Vocês deram leite demais para a bebê?

Dheymersonn: O leite ela tomava, sim, artificial. Eu tenho como provar, eu tenho isso. Ela fala que eu dei duas mamadeiras para a criança. Duas mamadeiras é muito leite. O que ela tomou, na verdade, foram duas chuquinhas. E eu acredito que a minha mãe deu uma quantidade razoável que se dá a uma criança. Eu espero que a perícia faça um bom trabalho e encontre o problema que a minha filha tinha. Ela já tinha tido um episódio como esse. Ela quase morreu. E nem por isso eu responsabilizei a mãe dela. Eu até que poderia. O leite que eu dei à minha filha era o mesmo leite que ela dava: era o leite apropriado de zero a seis meses. Era o leite Nan. Ela foi alimentada no dia 07 e no dia 08 [de março].

ac24horas: É verdade que a criança chegou “molinha” em casa? Ela tomou alguma coisa? Essa criança foi dopada? Como foi isso?

Dheymersonn: Ela fez uma declaração muito triste, muito infeliz, dizendo que a menina tinha chegado molinha no dia 07. Ela tinha ficado uns dias comigo, aliás, algumas horas do dia, e eu sabia que eu tinha que voltar para a menina mamar. Eu sabia que não podia ficar direto com ela. E eu não ficava muito tempo.

ac24horas: Você teria coragem de matar uma criança inocente de três meses? Como você se sente sendo acusado desse crime tão bárbaro?

Dheymersonn: Deus me livre! Eu não como e não durmo se não for com remédio. Eu não sei explicar o sentimento que eu tenho – e começa a chorar-. Eu estou afastado do trabalho porque eu não tenho condições de trabalhar. Eu perdi a minha filha, perdi minha imagem, e estou sendo visto por todo mundo como um monstro. Eu não sei o por quê ela está fazendo isso, mas mas eu sei que vou mostrar a verdade. Eu tenho todas as provas como eu falei. No final de tudo isso, ela é quem vai responder! Eu perdi minha filha e estou passando por isso!

ac24horas: Você não acha que sua mãe poderia ter causado a morte dessa criança? Ela não pode ter dado leite demais à Maria Cecília?

Dheymersonn: De maneira nenhuma. A minha mãe quando soube, ela ficou foi feliz. Minha mãe amava essa menina assim como eu. A Micilene mesmo falava que ela ia estragar a criança porque dava carinho demais, dengo demais. Ela [Micilene] agradecia a minha mãe pelo carinho, pelo cuidado. A minha mãe veio pra cá justamente para isso: para cuidar de mim e da minha filha. De maneira nenhuma isso teria acontecido. Nunca!

ac24horas: Você tem medo de ser preso? O que você espera disso?

Dheymersonn: Eu não vou ser preso, porque eu não fiz isso. Porque a Micilene está mentindo. Se ela está desesperada, quer encontrar um culpado, eu não sei. Eu sei que cuidei da minha filha da melhor maneira que eu pude. No dia, quando eu falei com a minha mãe, ela estava em desespero. Eu tinha ido no shopping comprar frauda, e voltei voando. Eu não sei porque a Micilene está fazendo isso. Eu socorri a minha filha, eu fiz o melhor que eu podia por ela. Agora, vem a Micilene dizer que eu fiz tudo isso. Eu não mateia a minha filha. Eu tenho medo do que as pessoas podem fazer quando me encontrarem. Eu não matei a minha filha.

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“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

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Concurso do Tribunal de Justiça do Acre tem confusão e é anulado para o cargo de Analista Judiciário

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Uma confusão na tarde deste domingo, 24, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) provocou a anulação do certame para o cargo de Analista Judiciário.

Conforme relatos de candidatos ao ac24horas, não foi apresentada a prova discursiva do concurso. Outros problemas relatados são pacotes de provas sem lacres, provas com capa especificando questões de história e geografia que não constatam no edital para o cargo.



Um dos locais de provas onde apresentou confusão por conta do concurso foi na Fameta/Estácio.

A reportagem conversou com o candidato Thales Martins 27 anos, que relatou o que ocorreu. “Bom, a gente foi fazer a prova, tudo conforme. Porém, nós não recebemos a discursiva. Os alunos que estavam dentro da sala, nenhum recebeu. Aliás, se eu não me engano, o bloco todo não recebeu essa prova discursiva. Então, quando deu o horário de duas horas e meia que passou a prova, a gente foi informado que teve o cancelamento da prova e que a gente não podia continuar fazendo a prova. Outro detalhe importante, a gente não levou a nossa prova, visto que teve outras turmas que levaram a prova. Fomos lesados devido à gente vai ter que remarcar outro dia” contou.

Quem também conversou com o ac24horas foi o candidato Samuel França, 26 anos. “Algumas provas receberam redação e outras provas não, a informação no momento não foi passada para todos, inclusive tem sala ainda que está tendo prova discursiva até para a própria área, analista, jornalista e judiciário da área do direito, então até 7 e meia, que é a data limite, 7 e meia da noite, ainda tem gente fazendo prova. Analista e judiciário sem saber que foi cancelado” relata.

A anulação prejudica milhares de candidatos, já que mais de 16 mil pessoas se inscreveram no certame, e muitos vieram de fora do Acre exclusivamente para fazer as provas.

O Tribunal de Justiça do Acre se posicionou por meio de uma nota de esclarecimento, onde confirma a anulação do concurso para o cargo de Analista Judiciário.

Leia abaixo:

Nota de Esclarecimento

A Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), tendo em vista os problemas ocorridos na aplicação da prova do concurso de servidores deste tribunal, realizada pelo Instituto Verbena, esclarece:

O problema decorreu especificamente na questão discursiva para o cargo de Analista Judiciário – área judicial/judiciária.

A Comissão Gestora do Concurso deliberou o cancelamento da aplicação da prova especifica para este cargo.

A decisão pela anulação foi tomada com base nos princípios da transparência, igualdade e lisura, que norteiam a atuação do TJAC.

Lamentamos o ocorrido e informamos que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no sentido de reaplicar a prova com a maior brevidade possível.

Isabelle Sacramento
Presidente da Comissão Gestora do Concurso

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Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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