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SAÚDE: Assembleia Legislativa do Acre derrota Tião Viana

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A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) comemorou efusivamente a derrota do o Projeto de Lei (PL) n° 08 que precarizarava os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e terceirizariam os serviços. Agora, neste ano de 2018 não poderá ser apresentado outro projeto sobre o mesmo tema.

“Tão logo soubemos da chegada deste PL na Assembleia Legislativa do Estado Acre (Aleac), ainda na semana passada, nós corremos para a Assembleia Legislativa do Estado Acre [Aleac] para nos inteirarmos dos fatos e vimos o tamanho do crime que estavam comentendo”, destacou Adailton Cruz, presidente do Sintesac.



Apoios importantes

Adailton destacou ter sido mobilizada toda a diretoria, assessoria e apoiadores do Sintesac para buscar uma saída. “Foi uma luta árdua, mas temos de destacar que desde o primeiro momento os deputados Raimundinho da Saúde e Jenilson Leite se posicionaram do lado dos trabalhadores e nos apoiaram”, ressaltou.

Com a derrubada do veto governamental à Lei do Pró-Saúde ainda na terça-feira (13), muito comemorada pelos servidores presentes, todas as atenções do Sintesac se voltaram para o famigerado PL 08, responsável por possibilitar a terceirização generalizada de todos os serviços do Estado.

Oposição e os deputados da Saúde

“Nossa luta foi árdua e contamos com o apoio dos nove deputados da oposição além dos dois deputados da base e identificados com o setor de Saúde, os quais muito nos ajudaram. Por conta disso, o PL foi retirado de pauta na terça feira, quando contávamos com 11 votos favoráveis, 10 para o governo e duas abstenções”, comentou Adailton.

Na manhã desta quarta-feira os membros do Sintesac, juntamente com representantes de outras entidades estaduais, fizeram os últimos atos em defesa do SUS, quando a estratégia dos deputados de oposição se mostrou mais inteligente que o “rolo compressor” do governo, resultando na derrubada do PL por 11 votos a 10. Os deputados Jesus Sérgio e Éber Machado, cujo votos contra o governo já haviam sido anunciados não compareceram.

Votaram com os trabalhadores e com o SUS

Jenílson Leite (PCdoB), Raimundinho da Saúde (Podemos), Antônio Pedro (DEM), Eliane Sinhasique (MDB), Whendy Lima (PP), Nicolau Júnior (PP), Chagas Romão (MDB), Gherlen Diniz (PP), Jairo Carvalho (PSD), Nelson Sales (PV) e Luiz Gonzaga (PSDB).

Votaram contra os trabalhadores e o SUS

Daniel Zen, Lourival Marques, Leila Galvão e Ney Amorim (todos do PT), Dra. Juliana (PRB), André da Droga Vale (PRP), Josa da Farmácia (PTN), Maria Antônia (PROS), Heitor Júnior (PDT) e Manoel Moraes (PSB).

Ausentes da votação do PL da terceirização
Jonas Lima (PT, em viagem), Jesus Sérgio e Éber Machado (PDT).

Governo perde votação na Aleac e terceirização de serviços é varrida do Estado do Acre

Quem disse que o governo petista de Tião Viana era imbatível na Assembleia Legislativa do Estado Acre (Aleac) não falou isso para os membros do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac): primeiro foi o veto contra a lei do Pró-Saúde foi derrubado na terça-feira (13) e nesta quarta-feira foi derrubado o Projeto de Lei da terceirização dos serviços no Estado e programada para atingir primeiro as unidades de saúde em Rio Branco.

Com a participação efetiva do Sintesac no combate à terceirização, a diretoria pode e os servidores puderam comemorar o enterro definitivo do PL 08, que abria os serviços de todas as áreas do Estado para serem entregues aos empresários.

A vitória do movimento sindical somente foi possível graças o apoio dos deputados Raimundinho da Saúde (Podemos) e Jenilson Leite (PCdoB), ambos pertencentes a base de sustentação do governo e que votaram com os servidores e em conjunto com os deputados de oposição.

Uma semana de lutas

Durante os últimos dois dias, o Sintesac e os demais sindicatos (Sindfarm, Sindiconam, Spate e Sinteac) manteviram uma vigília constante na Aleac sempre em busca de derrubar as medidas que precarizariam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e terceirizariam os serviços. Contudo, a luta no parlamento se iniciou ainda na semana passada, quando o governo enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei (PL) n° 08.

Na manhã desta quarta-feira a diretoria e membros do Sintesac fizeram uma ação corpo-a-corpo com os deputados, notadamente os da base de sustentação do governo petista. Havia, desde a véspera, a expectativa de que quarto deputados da base votariam contra o PL.

Deputados de honra

Apoiados principalmente pela bancada de oposição e os deputados Raimundinho da Saúde e Jenilson Leite, a luta foi ferrenha. Já no começo da tarde desta quarta-feira e sem a presença dos outros dois votos favoráveis da base governista, deputados Jesus Sérgio e Éber Machado, ambos do PDT, a luta era dada como perdida, pois da oposição também estavam ausentes os deputados Wendy Lima e Nicoloau Júnior, ambos do PP.

Feitas as contas, o governo tinha naquele momento 10 votos favoráveis à terceirização e nove contra. A votação nominal foi iniciada e os deputados da base votaram de forma favorável ao PL 08, com exceção dos dois rebeldes. Raimundinho e Jenilson, deixando a votação em 10 a dois.

Um estratagema da oposição

Ocorre que quando a mesa diretora passou a colher os votos dos deputados de oposição, os dois faltosos – Wendy e Nicolau, surgiram no plenário e revelaram a estratégia da oposição.

O líder do governo, Daniel Zen ainda tentou uma última manobra, mas foi contido pelo deputado Ney Amorim, presidente, que manteve a votação e o resultado foram 10 votos em favor do governo e da terceirização e 11 votos contra, derrubando em definitivo o PL 08.

Agora, outra lei no mesmo sentido – regulamentar a terceirização – somente poderá ser apresentada em 2018, com uma nova legislatura eleita. Após o resultado, os 11 deputados que votaram com os trabalhadores saíram do plenário e foram recebidos com palmas e abraços por parte dos trabalhadores presentes.

Com informações de SINTESAC

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Embrapa do Acre alerta para o surto da mandarová, lagarta que é a maior ameaça à cultura da macaxeira no estado

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O maior inimigo da cultura da macaxeira no Acre, uma atividade estratégica para a economia do Estado, tem nome, é bem pequena, mas tem um poder devastador.

A mandarová, uma lagarta que é capaz de destruir plantações inteiras em poucos dias. O combate aquela que é considerada hoje o maior inseto-praga das plantações de macaxeira é um desafio para diminuir o surto que, conforme registros da Embrapa, chegou ao Acre pela primeira vez em 1980.



Em um artigo, o biólogo Rodrigo Souza Santos, doutor em Entomologia Agrícola e pesquisador da Embrapa Acre, alerta sobre os cuidados necessários para evitar a destruição dos plantios pela lagarta. As orientações vão desde o uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, que podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área, até a catação manual e até a produção de um inseticida biológico, produzido a partir das próprias lagartas mortas, que pode ser “fabricado” pelos próprios produtores rurais.

Leia o artigo abaixo na íntegra:

Surto populacional de insetos: o caso do mandarová-da-mandioca no Vale do Juruá

A mesorregião do Vale do Juruá corresponde a oito municípios do estado do Acre (Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão), com área de 85.448 km² e população aproximada de 250 mil habitantes. A farinha de mandioca desempenha importante papel socioeconômico para as populações rurais acreanas, especialmente do Vale do Juruá. Além de gerar trabalho e renda no campo, é componente básico da dieta alimentar de grande parte das famílias. Em 2018, a tradicional farinha produzida em Cruzeiro do Sul entrou para a lista de produtos com selo de indicação geográfica, que atesta sua procedência e qualidade.

A produção de mandioca é uma atividade estratégica para a economia acreana, mas, como toda cultura agrícola, enfrenta entraves que podem representar ameaça ao fortalecimento desse arranjo produtivo local, destacando-se a incidência de pragas. Atualmente os insetos-praga associados ao cultivo da mandioca no estado do Acre são: a mosca-das-galhas [Jatrophobia brasiliensis (Rüebsaamen)], mosca-branca [Bemisia tabaci (Genn.)], percevejos-de-renda [Vatiga manihotae (Drake), Vatiga illudens (Drake) e Gargaphia opima (Drake)], formigas-cortadeiras [Atta spp. e Acromyrmex sp.], broca-da-haste [Sternocoelus sp.] e o mandarová-da-mandioca [Erinnyis ello (L.)]. Esse último é considerado o inseto-praga mais importante da cultura, devido aos danos que provoca em altas infestações.

O mandarová-da-mandioca, conhecido como “gervão”, “mandarová”, “mandruvá” ou “lagarta-da-mandioca”, é uma mariposa (ordem Lepidoptera) com 90 mm de envergadura, coloração acinzentada e faixas pretas no abdome. As asas anteriores são de coloração cinza e as posteriores são vermelhas com bordos pretos. Na fase jovem, os insetos causam danos às suas plantas hospedeiras, visto que as lagartas são herbívoras vorazes, podendo consumir até 12 folhas bem desenvolvidas em 15 dias. Por outro lado, quando adultos, se alimentam de néctar e não causam danos à cultura.

Todo inseto herbívoro é classificado como praga a partir de seu nível populacional e nível de dano que provoca na planta hospedeira. No estado do Acre, frequentemente são registrados surtos do mandarová em plantios de mandioca, especialmente na região do Vale do Juruá, mas também já houve registro de surto populacional desse inseto-praga em cultivos de seringueira. Entretanto, o mandarová é um inseto polífago, podendo se alimentar de mais de 35 espécies de plantas.

Um surto populacional de insetos é um evento de alta complexidade, determinado por diversos fatores (bióticos e/ou abióticos) interligados, extremamente difícil de se prever. No entanto, algumas situações certamente contribuem para ocorrência desse evento, tais como: 1) monocultivo – sistema de produção que simplifica o ecossistema e permite aos insetos acessarem grande quantidade de recurso alimentar, geralmente em plantas com baixa diversidade genética; 2) temperatura, luminosidade, umidade e precipitação – os insetos necessitam de condições abióticas ótimas para se desenvolverem e reproduzirem; 3) controle biológico natural – os inimigos naturais (predadores, parasitoides e entomopatógenos) são responsáveis pela regulação de populações de insetos herbívoros em condições naturais. Assim, a ausência de inimigos naturais permite que os herbívoros se proliferem mais rapidamente; e 4) potencial biótico do inseto-praga – cada espécie de inseto possui uma capacidade máxima de reprodução, que é determinada, dentre outros fatores, pela duração de seu ciclo de vida e tamanho da sua prole, em condições ideais.

A literatura aponta que o primeiro surto do mandarová em cultivo de mandioca no Acre ocorreu em 1980, seguido de outros dois em 1993 e 1998, com perdas de até 60% na produção. Posteriormente, datam surtos de menor magnitude em 2002 e 2007, e surtos mais recentes na região do Vale do Juruá, registrados em 2019, na Terra Indígena Carapanã, localizada à margem do Rio Tarauacá, e em 2023, em propriedades rurais de Cruzeiro do Sul. Em 2014 foram registrados surtos do mandarová em seringais comerciais de sete municípios acreanos.

A catação manual, com eliminação das lagartas por esmagamento ou corte com tesoura, é recomendada para cultivos de mandioca de até 2 ha. A eliminação de plantas invasoras hospedeiras à praga, presentes na plantação ou em suas imediações é outra alternativa para minimizar os riscos de surtos. No que tange ao controle químico, atualmente 22 produtos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para o controle do mandarová na cultura da mandioca. É importante ressaltar que a aquisição e utilização de qualquer inseticida devem ser recomendadas por um engenheiro-agrônomo, seguindo-se o receituário agronômico apropriado, além da observância quanto ao uso de equipamento de proteção individual (EPI).

Existem insetos predadores e parasitoides associados ao mandarová atuando no controle biológico do inseto em campo. No entanto, o principal agente de controle biológico natural é o Baculovirus erinnyis, um vírus específico do inseto, que não causa danos em humanos. Aproximadamente 4 dias após a ingestão do vírus pelas lagartas surgem os primeiros sintomas de infecção no organismo do inseto (descoloração da lagarta, perda dos movimentos e da capacidade de se alimentar). No estágio final da infecção, as lagartas morrem e ficam dependuradas nos pecíolos das folhas.

Para produção desse inseticida biológico, lagartas recém-mortas são coletadas e maceradas com uso de aproximadamente 5 mL de água pura. Essa mistura deve ser coada em um pano fino e limpo, resultando em um líquido viscoso que pode ser acondicionado em embalagem plástica tipo “sacolé” e congelado por prazo indefinido. Para ser utilizado, o produto deve ser descongelado e diluído em água limpa, na proporção de 100 mL do extrato por hectare, para pulverização no campo. O uso do baculovírus pode controlar até 98% das lagartas nos primeiros 3 dias após a aplicação, quando realizada em lagartas jovens, entre o primeiro e terceiro instar (até aproximadamente 3 cm de comprimento).

Rodrigo Souza Santos é Biólogo, doutor em Entomologia Agrícola, pesquisador da Embrapa Acre, Rio Branco, AC

Fotos: Embrapa/AC.

O monitoramento do cultivo é essencial para a tomada de decisão sobre a época e formas de controle do mandarová. Armadilhas atrativas, com uso de luz incandescente comum, fixada a um poste, e de um tambor cortado ao meio contendo água com sabão, como coletor, podem ser utilizadas para o monitoramento do início das revoadas das mariposas, bem como para reduzir o número de adultos na área.

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TJAC participa de entrega de títulos definitivos

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Poder Judiciário do Acre possui parceria com o Governo do Acre com a campanha nacional do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) sobre regularização fundiária intitulada “Solo Seguro”.

Ter títulos de propriedade definitivos traz segurança e estabilidade permitindo que as pessoas possam investir em suas propriedades. Nesta sexta-feira, 5, 500 títulos definitivos urbanos e das entidades religiosas foram entregues em mais uma ação do Governo do Estado do Acre, que contou com o apoio do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).



A atividade, que ocorreu na quadra da Escola Doutor Mário de Oliveira, contou com representantes do TJAC pela questão de o órgão possuir parceria com o Instituto de Terras do Acre (Iteracre), através da campanha nacional do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) sobre regularização fundiária intitulada “Solo Seguro”.

O juiz-auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça, Alex Oivane destacou que a falta de títulos de terras é um problema em muitas regiões causando incerteza e dificuldades para as pessoas que vivem nessas áreas. Ele ainda reforçou que a ação também contribui para a superação dos conflitos fundiários, a promoção da justiça, o acesso à terra, proteção ambiental e segurança jurídica.

“Isso trará não só a devida segurança jurídica a essas comunidades, fazendo com que as pessoas passem a possuir a legalidade habitacional e a possibilidade de instalar comércios, mas também tenham sua dignidade devolvida. Isso impacta positivamente a vida das pessoas e das comunidades”, disse.

Nesta ação em Rio Branco, foram beneficiadas famílias dos bairros: Aeroporto Velho, Areal, Ayrton Senna, Bahia Nova, Bahia Velha, Boa União, Boa Vista, Calafate, Chico Mendes, Custódio Freire, Esperança III, Farhat, Glória, Israel Lira, João Paulo II, Jorge Lavocat, Palheiral, Pedro Roseno, Pista, Plácido de Castro, Santa Inês, Sobral e Vila Acre. Títulos rurais também serão entregues na capital.

Ao lado da presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, o governador Gladson Cameli ressaltou sobre a união entre os poderes e uma série de benefícios que as famílias recebem com os títulos. “Hoje, estamos entregando cidadania, que é o título da terra para as pessoas que terão o documento da sua moradia, do seu local, a prova definitiva do pertencimento”, disse.

Segundo a presidente do Iteracre, entre 2023 e 2024, já foram entregues mais de 8 mil títulos, divididos entre áreas urbanas e rurais. Essa iniciativa faz parte das ações executadas pelo Programa Minha Terra de Papel Passado e do Programa Igreja Legal, do Iteracre

A ação marcou também o lançamento do Mutirão de Cirurgias Ortopédicas da Fundhacre.

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“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

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