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Sindmed-AC flagra irregularidades na Unacon e gerente diz que hospital funciona com 40% da capacidade

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Com obras paralisadas há cerca de dois anos, com o teto literalmente desabando sobre as cabeças de pacientes e acompanhantes, sem ambulatório, com uma emergência improvisada, contando apenas com 4 leitos, com dois pontos de oxigênio para atender a todos as pessoas que necessitarem e a falta de medicamentos básicos para a quimioterapia, a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) do Acre está longe de ser uma unidade preparada para atender os mais de três mil cidadãos que estão em tratamento continuo e os quase nove mil usuários que passam pelas instalações.
Os médicos do hospital se esforçam para manter tudo em funcionamento, como consultas e quimioterapia, haja vista que as tomografias e a radioterapia não estão sendo realizadas na unidade. O exame de imagem está sendo feito no Into, em Rio Branco, e as pessoas que precisam ser submetidos à radioterapia estão sendo encaminhados, em sua maioria, para o Hospital de Câncer de Barretos, conhecido como “Barretinho”, em Porto Velho (RO), por meio de gastos com o Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
Sem condições mínimas de trabalho, os profissionais da Unacom fazem o que podem, desde se desdobrarem e dividirem um mesmo consultório com outro colega, até fazer vaquinha para comprar medicamentos para tratamentos não sejam interrompidos.
O médico cirurgião, David Carneiro, lamenta que haja fila de cirurgias de 5 anos de espera e que nada tem sido feito para mudar a realidade.
“Prescrevo a necessidade de cirurgia porque é o que identifico em muitos casos, mas eu mesmo não consigo fazer, porque há uma fila de mais de 5 anos”, diz.
Certo de que boa parte das demandas são ignoradas solenemente pelo Executivo, o diretor de assistência da unidade, o médico Francisco Pena, deixou de mirar em grandes coisas como a conclusão da reforma, a instalação de ar-condicionado e a utilização de uma moderna máquina para radioterapia, que está parada. Ele diz que só a reforma básica já ajudaria o hospital.
“Pelo menos ambulatório e corredor já nos ajudaria muito”, afirma o gestor.
Com problemas na instalação elétrica, ar-condicionado da recepção não pode ser acionado por causar a queda do sistema de computação. Na sala de quimioterapia existem apenas 12 cadeiras e várias pessoas são obrigadas a ficar em pé, aguardando a vez. “Pacientes com a saúde completamente debilitada”, contou um dos profissionais.
Francisco Pena diz que a Unacom só funciona com apenas 40% da estrutura do prédio. As salas ambulatoriais são improvisadas e o aparelho de radiografia não funciona.
No local, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) constatou ainda a falta de radioterapia, obrigando a encaminhar os pacientes para outros estados. A grande maioria dos usuários é encaminhada para Porto Velho e precisa aguardar até cinco meses para receber o atendimento, o que acaba comprometendo o tratamento e agravando o estado de saúde.
O detalhe de toda essa via crucis dos pacientes em busca da radioterapia é que os gastos extra com o deslocamento para outros centros poderiam ser evitados se não fossem entraves burocráticos para a liberação da instalação de um moderno aparelho na Unacon.
“Aparelho nós temos, e dos mais modernos, igual ao de Porto Velho, mas falta a parte de liberação de um documento para começar a atender os pacientes. Também é preciso que um ar-condicionado seja instalado na sala [em que são realizados os tratamentos]. Ficaria mais barato para o estado colocar condicionador de ar na sala do que pagar tratamento fora de domicílio para os pacientes”, explica Melk Andrade, um dos médicos da unidade.
A direção do Sindmed-AC constatou ainda, através do relato do médico David Carneiro, cirurgião da unidade, que existem pessoas aguardando por tratamento há anos. “ Eles esperam por procedimentos cirúrgicos, como de cabeça e tronco, por exemplo. Acontece que, algumas vezes, pacientes de patologias benignas recorrem à Justiça e acabam passando na frente destas pessoas”.
Mesmo trabalhando em um ambiente completamente sem condições e tendo que lidar com a falta de estrutura física, medicamentos e leitos, os profissionais seguem fazendo o melhor que podem.
“Aqui, é alta complexidade. Casos de câncer só tratam aqui e, mesmo assim, temos falta de quimioterápicos que temos muita dificuldade para comprar. As vezes faltam quimioterápicos básicos, que custa R$ 49 reais. Temos, hoje, 8,7 mil usuários com diagnóstico de câncer no Acre. Deste total, três mil estão em tratamento. Temos cerca de 50 pessoas em cuidados paliativos, que ficam em casa mesmo, e o médico vai até eles, mas, por nossa falta de estrutura, a nossa equipe do paliativo só chega até o Quinari. Nós fazemos tudo que conseguimos”, conta Melk Andrade.
O presidente do Sindmed-AC, Murilo Batista, afirmou que irá preparar um relatório com base na visita e encaminhará ao Ministério Público do Estado, solicitando providências urgentes.
“Os médicos não têm condições de trabalho, nem sequer dispõem de meios para realizar diagnóstico. Nós iremos oficiar a Secretaria de Saúde, mas, também, iremos levar o relatório até o Ministério Público”, diz.

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“As vozes Tarauacá ” Inscrições vão até 29 de Março

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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda

Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda



Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.

A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.

Informações:

WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)

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Concurso do Tribunal de Justiça do Acre tem confusão e é anulado para o cargo de Analista Judiciário

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Uma confusão na tarde deste domingo, 24, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) provocou a anulação do certame para o cargo de Analista Judiciário.

Conforme relatos de candidatos ao ac24horas, não foi apresentada a prova discursiva do concurso. Outros problemas relatados são pacotes de provas sem lacres, provas com capa especificando questões de história e geografia que não constatam no edital para o cargo.



Um dos locais de provas onde apresentou confusão por conta do concurso foi na Fameta/Estácio.

A reportagem conversou com o candidato Thales Martins 27 anos, que relatou o que ocorreu. “Bom, a gente foi fazer a prova, tudo conforme. Porém, nós não recebemos a discursiva. Os alunos que estavam dentro da sala, nenhum recebeu. Aliás, se eu não me engano, o bloco todo não recebeu essa prova discursiva. Então, quando deu o horário de duas horas e meia que passou a prova, a gente foi informado que teve o cancelamento da prova e que a gente não podia continuar fazendo a prova. Outro detalhe importante, a gente não levou a nossa prova, visto que teve outras turmas que levaram a prova. Fomos lesados devido à gente vai ter que remarcar outro dia” contou.

Quem também conversou com o ac24horas foi o candidato Samuel França, 26 anos. “Algumas provas receberam redação e outras provas não, a informação no momento não foi passada para todos, inclusive tem sala ainda que está tendo prova discursiva até para a própria área, analista, jornalista e judiciário da área do direito, então até 7 e meia, que é a data limite, 7 e meia da noite, ainda tem gente fazendo prova. Analista e judiciário sem saber que foi cancelado” relata.

A anulação prejudica milhares de candidatos, já que mais de 16 mil pessoas se inscreveram no certame, e muitos vieram de fora do Acre exclusivamente para fazer as provas.

O Tribunal de Justiça do Acre se posicionou por meio de uma nota de esclarecimento, onde confirma a anulação do concurso para o cargo de Analista Judiciário.

Leia abaixo:

Nota de Esclarecimento

A Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), tendo em vista os problemas ocorridos na aplicação da prova do concurso de servidores deste tribunal, realizada pelo Instituto Verbena, esclarece:

O problema decorreu especificamente na questão discursiva para o cargo de Analista Judiciário – área judicial/judiciária.

A Comissão Gestora do Concurso deliberou o cancelamento da aplicação da prova especifica para este cargo.

A decisão pela anulação foi tomada com base nos princípios da transparência, igualdade e lisura, que norteiam a atuação do TJAC.

Lamentamos o ocorrido e informamos que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no sentido de reaplicar a prova com a maior brevidade possível.

Isabelle Sacramento
Presidente da Comissão Gestora do Concurso

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Deslizamentos de terra, filas para conseguir alimento e moradores sem casa: como está a situação no AC após cheia histórica

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Capital estima prejuízo de R$ 200 milhões e recuperação pode levar até um ano. Em Brasiléia e Rio Branco, mais de 200 pessoas não têm mais casa para voltar.

Deslizamentos de terra, casas arrastadas pelo Rio Acre, famílias desabrigadas e filas quilométricas para conseguir uma cesta básica. Estas são algumas das dificuldades vivenciadas pelos atingidos pela cheia do Rio Acre que buscam recomeçar após a baixa das águas.

Há mais de 10 dias, o manancial atingia uma marca histórica que impactou a vida de mais de 70 mil rio-branquenses. Os efeitos dessa enchente, no entanto, continuam a afetar a população.

👉 Contexto: o Rio Acre ficou mais de uma semana acima dos 17 metros e alcançou o maior nível do ano, de 17,89 metros, no dia 6 de março, há mais uma semana. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros, em 2015.

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