22/01/202522 de janeiro de 2025
O Canal do Panamá não foi ‘um presente’ – Presidente do Panamá, José Raul Mulino
Panamá queixou-se às Nações Unidas sobre a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de tomar o Canal do Panamá.
Numa carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, o governo citou um artigo da Carta da ONU que impede qualquer membro de “ameaça ou uso da força” contra a integridade territorial ou a independência política de outro.
Durante o seu discurso inaugural, Trump afirmou que a China estava efectivamente a “operar” o Canal do Panamá através da sua presença crescente em torno da hidrovia, que os Estados Unidos entregaram no final de 1999.
“Não demos à China, demos ao Panamá. E vamos retirá-lo”, disse Trump.
O presidente do Panamá, José Raul Mulino, rejeitou a noção de que a hidrovia vital fosse uma dádiva.
“Rejeitamos na íntegra tudo o que o senhor Trump disse. Primeiro porque é falso e segundo porque o Canal do Panamá pertence ao Panamá e continuará a pertencer ao Panamá”, disse Mulino na quarta-feira enquanto participava no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça.
“O Canal do Panamá não foi uma concessão ou um presente dos Estados Unidos”, acrescentou.
Entretanto, a China insistiu que “nunca interferiu” no Canal do Panamá.
“A China não participa na gestão e operação do canal e nunca interferiu nos assuntos do canal”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.
Panamá recua nas reivindicações de Trump sobre o canal
Para ver este vídeo, ative o JavaScript e considere atualizar para um navegador que suporta vídeo HTML5
kb/sms (AFP, AP, dpa, Reuters)