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Votações fecham em tenso segundo turno presidencial na Moldávia – DW – 11/03/2024

As urnas foram encerradas no domingo na Moldávia, numa segunda volta das eleições presidenciais que poderá desempenhar um papel crucial no futuro europeu do país, entre receios de intromissão da Rússia.

O titular pró-União Europeia, Maia Sandu, enfrenta o antigo procurador-geral Alexandr Stoianoglo, que é apoiado pelo Partido Socialista pró-Rússia, numa segunda volta tensa.

Duas horas após o encerramento das urnas, Stoianoglo manteve uma ligeira vantagem com 87% dos votos contados.

Mas espera-se que a contagem diminua, uma vez que os votos da diáspora da Moldávia ainda não foram contados e estes tendem a favorecer Sandu.

Pressionar pela adesão à UE em meio a uma disputa acirrada

Sandu obteve 42,5% dos votos no primeiro turno da eleição presidencial.

Stoianoglo – que foi demitido do cargo de procurador-geral por Sandu no ano passado – obteve 26% dos votos.

No entanto, os analistas prevêem uma batalha acirrada, já que Stoianoglo conquistou desde então o apoio de outros candidatos derrotados.

Sandu, de 52 anos, antigo economista do Banco Mundial, procura traçar um novo rumo pró-europeu para o país.

“A adesão à União Europeia é o Plano Marshall da Moldávia”, disse ela, referindo-se ao plano de recuperação económica para reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial.

Mas seu plano para Moldávia aderir à UE sofreu um revés após um referendo sobre o assuntorealizada no mês passado, foi aprovada por um “sim” muito tênue.

Sandu culpou a “interferência estrangeira” pela votação estreita, que viu 50,35% apoiarem a adesão.

A primeira volta do escrutínio presidencial e o referendo sobre a adesão à UE realizaram-se no mesmo dia.

Sandu também alega que Stoianoglo é o homem do Kremlin e um “cavalo de Tróia”.

Stoianoglo, que é elogiado pelos seus apoiantes por manter distância da UE, diz que as afirmações do seu oponente são falsas. Ele acusou Sandu de se entregar a políticas divisivas numa nação que tem uma minoria considerável de língua russa.

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Interferência russa

A polícia da Moldávia reforçou a vigilância numa tentativa de evitar uma repetição do que considera ter sido um vasto esquema de compra de votos na primeira volta do mês passado. Acredita-se que tenha sido acionado pelo oligarca fugitivo apoiado pela Rússia, Ilan Shor.

Shor reside em Rússia e usou as redes sociais para instar as pessoas a votarem contra Sandu, prometendo um pagamento por seguirem as suas instruções.

No entanto, ele negou qualquer irregularidade.

A Rússia também negou as acusações de interferência eleitoral.

dvv/rmt (AFP, Reuters)



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