A Comissão de Finanças da Assembleia Nacional aprovou, terça-feira, 29 de outubro, uma alteração à lei de finanças que generaliza a taxa de 1 euro por refeição no Crous a todos os estudantes. A refeição de 1 euro foi introduzida em 2020 para estudantes bolseiros e desde então tem sido alargada a estudantes não bolseiros em situação precária.
A alteração, apresentada pelo grupo Ecologista e Social, generaliza-a para benefício de todos os estudantes, com um custo estimado de 90 milhões de euros por ano – mas a sua aplicação dependerá da aprovação final do projecto de lei de finanças pela Assembleia Nacional.
“Um em cada três jovens de hoje, entre os inquiridos, afirma que muitas vezes salta refeições regularmente”declarou a deputada (Partido Socialista) Céline Hervieu em defesa da emenda. Um pouco antes, a deputada (La France insoumise, LFI) Marie Mesmeur tinha defendido uma proposta semelhante, mas num valor estimado em 400 milhões de euros, lembrando que “apenas um em cada quatro estudantes tem bolsa de estudos.”
Renascença se opôs, o RN favorável
Para o grupo Renascença, o relator especial Thomas Cazenave opôs-se a esta medida, descrita como “muito regressivo” et “o mais injusto que existe”. “Porquê oferecer refeição gratuita a todos os alunos, independentemente da configuração familiar, independentemente do rendimento parental? »ele perguntou. Ao que o deputado (LFI) Aurélien Lecoq respondeu com o argumento de que “o princípio da universalidade do direito é um princípio profundamente republicano e que se aplica em muitos dos nossos serviços públicos”. O deputado do Rally Nacional, Jean-Philippe Tanguy, anunciou que seu partido “votarei no plano de refeições de 1 euro”.
O segundo relator especial, Charles Sitzenstuhl, pela Renascença, votou contra, argumentando que “os preços no Crous são preços sociais ou mesmo preços muito sociais”que representam um “esforço substancial realizado pelo poder público e, portanto, pelo contribuinte”. O Sr. Cazenave já havia explicado que uma refeição no Crous é “3,30 euros para todos, independentemente do rendimento, e 1 euro para bolseiros ou estudantes em situação precária, pelo preço de custo da refeição que é de 8 euros”.
O mundo com AFP
