A Fatah proibiu a Al Jazeera de fazer reportagens na província de Jenin.
A Al Jazeera Media Network condenou uma “campanha de incitamento” iniciada pela Fatah na Cisjordânia ocupada contra a Al Jazeera e os seus jornalistas, particularmente contra o correspondente Mohamad Atrash.
A rede em um declaração disse que a campanha “deplorável” foi lançada porque cobriu confrontos entre as Forças de Segurança Nacional Palestinas e os combatentes da resistência palestina em Jenin.
Isto ocorre depois que o Movimento de Libertação Nacional Palestina, Fatah, que controla a Autoridade Palestina, anunciou a proibição das operações da Al Jazeera na província de Jenin devido à sua cobertura de ataques contínuos das forças de segurança da AP sobre os combatentes palestinianos em Jenin.
“A Rede foi e continua a ser uma plataforma para a Opinião e a Outra Opinião e profissional na sua cobertura credível e imparcial. A Al Jazeera manteve com sucesso o seu profissionalismo ao longo da cobertura dos acontecimentos em Jenin”, afirmou a rede num comunicado.
“As vozes da resistência palestina e do porta-voz das Forças de Segurança Nacional Palestinas sempre estiveram presentes nas telas da Al Jazeera”, continua a declaração.
A Al Jazeera salientou ainda que tal campanha poderia expor os seus correspondentes ao perigo.
“A Rede responsabiliza a Fatah, as Forças de Segurança Nacional Palestinas e as instituições relevantes da Autoridade Palestina por qualquer dano que possa acontecer a Mohamad Atrash ou a qualquer jornalista da Al Jazeera na Cisjordânia ocupada.”
A Fatah afirmou que a Al Jazeera estava desempenhando um “papel perigoso” com sua cobertura dos confrontos, que espalharam a “discórdia” e os combates internos entre facções palestinas, de acordo com um comunicado publicado pelo meio de comunicação Roya News, com sede na Jordânia, na segunda-feira.
O grupo também apelou aos palestinos em todo o território ocupado para que se abstivessem de qualquer negociação com a rede.
