O governo Gladson Cameli, por meio de um ato do secretário de Educação, Mauro Sérgio da Cruz, dispensou licitação no valor de R$ 867 mil para contratação de vigias. Essa mão-de-obra (eles serão lotados como agentes de portaria), seria para guarnecer as escolas mantidas pela rede estadual de ensino, em todo o Estado do Acre.
A legislação, no entanto, prevê dispensa de licitação em valores não superiores a R$ 150 mil. Outra dispensa de licitação chama atenção pelos valores: R$ 2,5 milhões para a limpeza de prédios, mobiliários e equipamentos das escolas rurais em Rio Branco. Nas duas licitações dispensadas, a mesma empresa, sediada em Feijó, será contratada.
No governo Tião Viana, mais de mil de vigilantes treinados, sindicalizados, foram demitidos das empresas terceirizadas após uma decisão que causou muita polêmica: a substituição de mão-de-obra humana por circuitos eletrônicos nas escolas. À época, o estado alegou que economizaria em torno de 40%, manteve o argumento do “interesse público” e enfrentou manifestações barulhentas nas ruas. Os pais de família demitidos chegaram a servir macarrão
“Estão querendo acabar com a classe dos vigilantes. Desemprego, recessão, quase nenhuma oportunidade de emprego e renda. Isto é incompetência administrativa. Nós lamentamos tudo isso, mas não ficaremos parados, vendo tudo acontecer sem fazer nada”, declarou Raimundo Nonato, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Acre.
A reportagem aguarda contato da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação sobre os motivos da dispensa de licitação