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Com 1,34 metro, Rio Acre se aproxima da menor cota histórica na capital e cenário deve se complicar

As águas do Rio Acre continuam em baixa e está a quatro centímetros da menor cota histórica registrada na capital. O rio chegou a 1,34 metro nesta sexta-feira (8). Segundo a Defesa Civil Municipal, essa é a pior cota dos últimos 10 anos para o dia 9 de setembro. Essa também é a pior marca deste ano.

A menor cota histórica, registrada em 17 de setembro de 2016, que foi de 1,30 metro. O que preocupa ainda mais, segundo o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, é que a menor cota histórica foi registrada na segunda quinzena de setembro, mas, este ano, a seca está mais severa nos primeiros dias de setembro.

“O receio é que este ano a gente bata a cota histórica e estamos muito perto da cota histórica e não temos previsão de chuva que dê pra gente escapar dessa cota histórica. Estamos com decréscimo de 3 centímetros diários, então, segunda-feira (12), vamos estar abaixo da cota histórica se nada mudar. Temos uma previsão de chuva muito rápida no domingo, mas que não deve alterar em nada o nível do rio”, conta.

Nível do rio no dia 8 de setembro dos últimos 10 anos

Ano Mês/setembro
2012 1,87 m
2013 2,11 m
2014 2,38 m
2015 2,57 m
2016 1,47 m
2017 1,58 m
2018 2,50 m
2019 1,94 m
2020 1,70 m
2021 1,51 m
2022 1,34 metro

A estimativa é que o cenário, a partir de agora, fique mais crítico. O coronel informou que há previsão para uma chuva em Rio Branco no domingo (11), mas que o rio só deve subir, caso chova em outras cidades.

“A cota histórica de 1,30 metro foi atingida na segunda quinzena de setembro e estamos ainda na primeira. Até a segunda quinzena, o cenário pode ficar muito modificado. Continuamos abastecendo as comunidades rurais e ampliando esse serviço”, destaca.

Com operação que usa carros-pipas para levar água potável, a Defesa Civil Municipal atende 31 comunidades rurais, com 3,3 mil famílias atendidas por, o que dá cerca de 14 mil pessoas. A distribuição de água ocorre diariamente como forma de amenizar os impactos da seca.

Queimadas e fumaça

Conforme os dados do Inpe, entre o dia 1 e 8 de setembro foram registrados 3.572 focos de queimadas em todo o estado. Essa quantidade supera em 35,4% número de incêndios registro durante todo o mês de agosto, que chegou a 2.638.

Considerando os dias de setembro, nessa quinta-feira (8) o estado contabilizou o maior número de queimadas em um período de 24 horas, marcando um total de 788 focos. De janeiro até essa quinta, o Acre registrou 6.660 focos de queimadas e, no mesmo período de 2021 foram 4.838.

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