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No Brasil, a difícil luta por justiça para as famílias de menores mortos pela polícia

Um manifestante segura uma cruz com o nome de João Pedro, de 14 anos, morto durante uma operação policial contra gangues de traficantes na favela do Salgueiro, em São Gonçalo, perto do Rio de Janeiro, Brasil, em 5 de junho de 2020.

No dia 18 de maio de 2020, à tarde, João Pedro, 14 anos, estava na casa de sua tia, a cerca de quinze minutos de sua casa, em uma favela de São Gonçalo, zona leste do Rio de Janeiro. O adolescente juntou-se aos primos para fugir da solidão e do tédio do confinamento imposto pela pandemia de Covid-19. Por volta das 16h, mais de 20 policiais que realizavam uma operação contra traficantes de drogas no bairro forçaram o portão do jardim. Sem avisar, eles abriram fogo na casa. Atingido por uma bala perdida na caixa torácica, João Pedro sucumbiu aos ferimentos antes mesmo de chegar ao hospital.

Assim como João Pedro, 3.208 jovens menores de 19 anos foram mortos pela polícia entre 2020 e 2023, uma média de duas vítimas por dia, segundo dois relatórios publicados pela Unicef ​​​​e pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2021 e 2024 17% dessas mortes ocorreram no estado do Rio de Janeiro, onde vivem favelas controladas. Os traficantes de drogas são frequentemente palco de violentas batidas policiais.

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