Orbán desafiará mandado de prisão e convidará Netanyahu – DW – 22/11/2024

Chinainstou o Tribunal Penal Internacional a permanecer objetivo e justo depois de ter emitido um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que o país “espera que o TPI mantenha uma posição objectiva e justa”, bem como “exerça os seus poderes de acordo com a lei”.

O porta-voz também acusou os Estados Unidos de “duplos pesos e duas medidas” por sua oposição à perseguição de Netanyahu pelo tribunal, mas por seu apoio a um mandado contra o líder russo Vladimir Putin.

“A China opõe-se consistentemente a certos países que apenas utilizam o direito internacional quando lhes convém… e adotam padrões duplos”, disse ele.

Israel e a organização islâmica Hezbollah trocaram golpes mortais enquanto a guerra avançava, apesar dos sinais de progresso nas negociações de cessar-fogo, lideradas pelos EUA.

Os ataques aéreos israelenses atingiram os subúrbios ao sul de Beirute cerca de uma dúzia de vezes, com os militares israelenses afirmando que os ataques foram contra a infraestrutura do Hezbollah.

No leste do Líbano, os ataques israelitas mataram 22 pessoas em cinco locais, e mais três no sul, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Em Israel, um homem de 30 anos foi morto quando estilhaços de um foguete atingiram um parque infantil na cidade de Nahariya, no norte do país, informou o serviço médico israelense MDA.

O mediador dos EUA, Amos Hochstein, declarou recentemente que um cessar-fogo está “ao nosso alcance”, mas ainda existem lacunas entre os dois lados.

Primeiro-Ministro Húngaro Viktor Orbán disse que convidaria o líder israelense Benjamim Netanyahu visitar o país, desafiando assimo mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (ICC).

Orban classificou a decisão do TPI de emitir mandados contra Netanyahu, bem como contra o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, de “escandalosamente descarada” e “cínica”.

“Não há escolha aqui, temos que desafiar esta decisão”, disse o líder nacionalista numa entrevista à rádio estatal.

A Hungria disse anteriormente que também não iria prender o presidente russo, Vladimir Putin, que também é procurado pelo TPI.

A Hungria é membro do TPI e é obrigada a cumprir um mandado de detenção se alguém procurado pelo tribunal pisar no seu território.