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Para financiar o desporto, os eurodeputados recorrem cada vez mais às receitas fiscais das apostas desportivas

Para conter a queda nos recursos que o governo de Michel Barnier pretende dedicar em 2025 às políticas públicas esportivasos deputados aprovaram, no sábado, 19 de outubro, uma alteração à lei das finanças relativa a 116 milhões de euros na taxa cobrada sobre os impostos sobre as apostas desportivas.

Reunidos na Comissão de Finanças, os deputados trouxeram de 100,4 milhões para 216,4 milhões de euros o valor resultante do imposto sobre apostas desportivas online que é dirigido à Agência Nacional do Desporto (ANS), o operador do Estado em matéria de políticas públicas desportivas.

Com esse aumento de recursos provenientes das apostas esportivas online, explicou Benjamin Dirx (Juntos pela República), autor da emenda, trata-se de compensar três coisas: a redução do valor dos impostos destinados à ANS, a não -pagamento dos créditos do Estado atribuídos ao plano Geração 2024 para a criação de 5.000 instalações desportivas, bem como a redução dos créditos do Pass’Sport (50 euros de ajuda à inscrição em clubes destinados a jovens dos 6 aos 30 anos de idade modesta famílias).

Recursos para o desporto diminuem 188 milhões de euros

Nesta fase, o governo programou, de acordo com os documentos anexos à proposta de orçamento para 2025, uma redução de 188 milhões de euros nas despesas com o que chama de “missão desportiva”, assegurada através do Ministério do Desporto e do seu braço armado, o RESPOSTA.

Isto traduz-se numa redução de 6 milhões de euros (para 160 milhões) no valor dos impostos atribuídos ao orçamento da ANS. Se estiver previsto um aumento dos valores provenientes dos impostos sobre as apostas desportivas online (de 34,6 milhões para 100,4 milhões de euros), não compensa a retirada do envelope (71,8 milhões de euros) anteriormente proveniente dos impostos cobrados sobre os jogos operados pelo FDJ excluindo apostas desportivas.

Mas é sobretudo nos créditos do Orçamento Geral do Estado que é percetível a redução da despesa a favor do desporto prevista pelo governo para 2025: este financiamento deverá ser reduzido em quase 182 milhões de euros, para se fixar nos 593 milhões.

Para além da diminuição do apoio ao desporto de alto nível (– 30,4 milhões), esta será visível nos compromissos a favor do desporto quotidiano (– 151,6 milhões). É por isso que não serão pagos 100 milhões de euros destinados ao plano Geração 2024.

O financiamento do Pass’Sport será reduzido em 10 milhões de euros (para 75 milhões) e os créditos do programa “2 horas de esportes na faculdade” será reduzido em 4 milhões.

Futuro incerto para a alteração

O aumento da utilização de impostos cobrados sobre as apostas desportivas para financiar políticas públicas desportivas está a ser impulsionado pela Associação Nacional de Responsáveis ​​Eleitos pelo Desporto (Andes), em particular para evitar “um ano em branco” na criação e renovação de equipamentos desportivos.

Enfatizando “dinamismo exponencial” apostas esportivas, “com rendimento de +16% no primeiro semestre de 2024”os governantes eleitos locais consideram que 116 milhões de euros adicionais retirados dos impostos sobre estes últimos não podem ser “perturbar o equilíbrio”.

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Nesta fase, porém, a alteração votada no sábado pela Comissão de Finanças não compromete muito. Seu futuro é incerto. Terá de ser novamente submetida a votação durante a apreciação em sessão pública, a partir de segunda-feira, 21 de outubro, da parte das receitas do projeto de Orçamento do Estado para 2025. Os eleitos partirão então da versão original do texto apresentado pelo governo. .

Além disso, é provável que, dada a configuração da Assembleia Nacional, o governo de Michel Barnier tem seu projeto de orçamento aprovado com base no artigo 49.3. E deixe-o seguir seu texto inicial.

Foi o que já aconteceu no outono de 2023, no âmbito da análise do projeto de lei de finanças de 2024. Se tivessem sido aprovadas alterações que visassem aumentar os valores arrecadados pela ANS sobre os impostos aplicados às apostas desportivas, tanto na Assembleia Nacional como no Senado, não apareceram no texto final que o governo impôs com o artigo 49.3.

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