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Presidente da Finlândia diz que a OTAN é fundamental para a segurança da UE e o poder dos EUA – DW – 23/10/2024

Presidente finlandês Alexandre Stubb sublinhou o novo compromisso do seu país com a aliança militar da OTAN face às ameaças da Rússia e de outros países.

Stubb conversou com o correspondente político da DW, Hans Brandt, na terça-feira, durante uma visita a Berlim para marcar o 25º aniversário das embaixadas nórdicas na cidade.

“A Rússia está travando uma guerra de agressão na qual viola todos os princípios possíveis do direito internacional… sejam as cartas da ONU, a integridade territorial ou a soberania, ou seja a OSCE”, disse Stubb à DW.

“Penso que é muito importante que a NATO tenha uma forte dissuasão, e que a dissuasão se baseie em tropas, se baseie em mísseis, e se baseie numa dissuasão nuclear”.

Finlândiaque faz fronteira com a Rússia, ficou tão chocada com A decisão de Putin de invadir a vizinha Ucrânia em Fevereiro de 2022, que, juntamente com a Suécia, rompeu com a sua política de neutralidade militar há muito estabelecida para aderir à aliança da NATO.

‘Faremos a nossa parte para evitar qualquer agressão russa’

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Finlândia, um contribuidor ativo para a OTAN

Stubb disse que a capacidade militar da Finlândia significava que seria um fornecedor de segurança dentro OTANnão simplesmente um cliente pagante.

“Temos um dos maiores exércitos da Europa, com sistemas avançados de mísseis aéreos, marítimos e terrestres, que desenvolvemos para garantir que podemos nos defender de forma independente e contribuir para a segurança coletiva da aliança”, disse ele à DW.

O político sublinhou a necessidade de a Europa investir na defesa e ser proativa face às ameaças emergentes.

“Na política externa, nada é constante. Você tem que se preocupar todos os dias porque se não se preocupar, não estará preparado”, disse Stubb.

Washington precisa da Europa, diz Stubb

A Ucrânia, prioridade em qualquer discussão sobre a aliança militar, também foi discutida na conversa de Stubb com a DW. O presidente finlandês foi claro sobre a sua posição relativamente à adesão de Kiev à OTAN.

“No final das contas, a Ucrânia será membro da OTAN – quando, não sabemos, mas esse convite terá de ser iminente”, disse Stubb.

Quando se trata de apoiar a Ucrânia, Stubb disse que o seu país ouve o que o presidente Volodymyr Zelenskyy está a pedir.

“Sua mensagem é que ele precisa de armase ele não precisa de limites no uso dessas armas. A Finlândia não impôs limites às armas que a Ucrânia pode usar provenientes da Finlândia”, afirmou o presidente finlandês.

Suécia e Finlândia aderem à OTAN: derrota estratégica para a Rússia?

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Por último, a DW perguntou a Stubb qual a sua opinião sobre o futuro da NATO à luz das próximas eleições presidenciais nos EUA.

Apesar da preocupação na Europa sobre a potencial reeleição de Donald Trump e como isso poderia impactar negativamente as relações transatlânticasStubb expressou confiança em sua relevância contínua.

“Não importa quem seja eleito, o objectivo principal dos Estados Unidos é continuar a ser uma superpotência”, disse Stubb.

“Se o seu inimigo é a China, você precisa de aliados, e 40 a 50 desses aliados vêm da Europa. Os Estados Unidos não poderão dar-se ao luxo de perder a Europa.”

Editado por: Zac Crellin



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