
Ainda existe uma forma de vida na esfera do paritarismo. Convidados pelo governo para discutir o seguro de desemprego e o emprego sénior, sindicatos e empregadores chegaram a dois projectos de acordo sobre estas questões na quinta-feira, 14 de Novembro, no final de um longo dia de conversações. Eles até escreveram um terceiro – por iniciativa própria – dedicado a“evolução do diálogo social”. As partes envolvidas irão agora consultar as suas autoridades para decidir se aprovam estes textos – a sua posição será decidida nos próximos dias.
Parece certo que Medef e o Sindicato das Empresas Locais (U2P) rubricarão os três documentos. A CFDT e a CFTC dão a sensação de ir na mesma direção. Force Ouvrière (FO), dirá sim a tudo, ou não a tudo, depois de ter apreciado o” equilíbrio “ compromissos gerais foram alcançados. Tal como acontece com outras organizações, estas só deveriam endossar um ou dois acordos. Se o número de signatários for suficiente, as medidas desenvolvidas poderão então ser aplicadas, sabendo-se que várias delas necessitam de lei ou decretos.
Caso prevaleça o espírito de harmonia, os actores sociais terão demonstrado que ainda sabem fazer um trabalho útil e que o fracasso, em Abril, da sua negociação sobre um “novo pacto para a vida no trabalho” foi, talvez, apenas um acidente, agora esquecido. O executivo não esperou que os protagonistas tomassem uma decisão oficial. Quinta-feira de manhã, ele congratulou-se com o fim do trabalho realizado por representantes de líderes empresariais e trabalhadores. “Isto demonstra que o método, que é o do primeiro-ministro, de deixar espaço para o diálogo social, está a dar frutos”declarou Maud Bregeon, porta-voz do governo, na Franceinfo.
A primeira pedra lançada no final destas negociações, iniciadas em 22 de outubro, diz respeito ao seguro-desemprego. Novas disposições são concebidas, através de um “endosso” ao acordo celebrado em novembro de 2023. O texto, aprovado na altura pelos empregadores e por três sindicatos (CFDT, CFTC, FO), não tinha recebido luz verde do governo de Gabriel Attal, na primavera, mas conseguiu a ser tomada como base para conversações neste Outono, com o aval do Primeiro-Ministro, Michel Barnier.
Além das expectativas
O protocolo elaborado na noite de quinta-feira deverá resultar num novo «convenção» que rege as condições de remuneração dos candidatos a emprego durante quatro anos, de 1é Janeiro de 2025. Deverá levar a uma redução nas despesas de quase 2,48 mil milhões de euros durante o período 2025-2028 e, em última análise, gerará 1,7 mil milhões de euros por ano, em velocidade de cruzeiro. O que vai além das expectativas expressas por Astrid Panosyan-Bouvet: o Ministro do Trabalho pediu aos negociadores que encontrassem medidas para “gerar 400 milhões de euros em poupanças adicionais anualmente”.
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