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Sargento da PM conhecido por trisal é ouvido em audiência de instrução no AC por morte de adolescente

O sargento da Polícia Militar Erisson Nery, que, além de estar preso por atirar em um estudante durante confusão em um bar, no interior do Acre, responde pela morte de um adolescente, é ouvido nesta quarta-feira (24), em uma audiência de instrução e julgamento, na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

No processo, o sargento é acusado da morte do adolescente Fernando de Jesus, de 13 anos, morto em 2017, quando tentou furtar casa do sargento, em Rio Branco. O g1 aguarda resposta da defesa.

Ele foi denunciado em julho de 2021 pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) pelos crimes de homicídio e fraude processual e a denúncia foi aceita um dia depois pela Justiça.

O processo tramita na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Além de Nery, o policial militar Ítalo Cordeiro também responde no processo por fraude processual.

Na audiência desta quarta, que serve para a coleta de prova oral, devem ser ouvidos, além de Nery e Cordeiro, outras três testemunhas, entre elas a mãe da vítima e o perito.

Conforme a denúncia, na manhã do dia 24 de novembro de 2017, Nery matou o adolescente com pelo menos seis tiros, no intuito de “fazer justiça pelas próprias mãos”. O caso ocorreu no conjunto Canaã, bairro Areal.

O adolescente teria ido com outros dois homens, não identificados, furtar a casa do então cabo da Polícia Militar. E, ao perceberem a chegada de uma viatura da polícia, os dois maiores de idade conseguiram pular o muro e fugir, enquanto que Fernando de Jesus foi deixado para trás pelos comparsas e acabou morto pelo policial.

Alterou cena do crime, aponta MP

Após o homicídio, ainda segundo a denúncia, Nery e o colega Cordeiro alteraram a cena do crime, lavando tanto o corpo da vítima quanto os arredores do local onde estava caído, para poder alegar que agiu em legítima defesa.

Os militares teriam ainda colocado a pistola na mão direita do adolescente e fotografado. E, antes da chegada da perícia, decidiram mover a arma a uma distância de cerca de 13 centímetros da mão do menino.

Depois da suposta alteração da cena do crime, o MP disse que ficou a cargo do militar Ítalo Cordeiro fazer o boletim de ocorrência alegando que o adolescente tentou disparar contra a cabeça de Nery, que agiu para se defender.

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