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“Um homem de nacionalidade indiana com cerca de 40 anos” morreu durante uma tentativa de travessia do Canal da Mancha

Um migrante de nacionalidade indiana morreu no domingo, 27 de outubro, durante uma tentativa de cruzar o Canal da Mancha a partir da praia de Tardinghen (Pas-de-Calais), uma tragédia que se soma a dois naufrágios mortais nos últimos dez dias, anunciou a prefeitura.

A tentativa de saída desta praia ocorreu por volta das 5h30, explica a prefeitura em nota à imprensa. “O barco, que parecia estar em muito mau estado, esvaziou imediatamente após a sua partida” et “os migrantes a bordo encontraram-se então na água e regressaram à praia nadando”ela continua, enfatizando que “nem todos estavam equipados com coletes salva-vidas”. “Um homem de nacionalidade indiana com cerca de 40 anos”em parada cardiorrespiratória, não pôde ser reanimado pelos serviços de emergência.

Os efeitos nocivos da política migratória

Esta vítima soma-se ao já recorde número de vítimas humanas para o ano de 2024, com pelo menos cinquenta e seis mortes desde janeiro neste tipo de travessia da França para a Grã-Bretanha.

Quarta-feira de manhã, três migrantes, uma mulher e dois homens, morreram depois que sua canoa naufragou a 2 quilômetros da costa francesa, perto de Calais. Na semana anterior, uma criança de 4 meses morreu na costa de Wissantdepois que o barco em que ele estava foi destruído.

Esta sexta-feira, três migrantes também ficaram feridos durante tentativas de travessia e tiveram de ser transportados para o hospital. Um havia sido pisoteado e outros dois estavam hipotérmicos, inclusive um com hipotermia grave.

“Não aguentamos mais esta política migratória. Para nós, ela é responsável (dessas mortes). O próprio Bruno Retailleau, Ministro do Interior, reconheceu que estas são as consequências dos efeitos nocivos da eficácia da política de migração”reagiu à Agence France-Presse Axel Gaudinat, coordenador da associação Utopia 56 em Calais, presente no local.

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O mundo com AFP

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