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A aposta de Quaquá ao se lançar candidato a presid…

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A aposta de Quaquá ao se lançar candidato a presid...

Nicholas Shores

Ao entrar na disputa pela presidência do PT, Washington Quaquá calcula que pode agregar votos dos insatisfeitos com Edinho Silva dentro da sua corrente interna, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e ainda se unir a nomes de tendências mais à esquerda, como Rui Falcão e Romênio Pereira, em busca de uma aliança ainda no primeiro turno.

O prefeito de Maricá (RJ) vai fazer o lançamento oficial da sua candidatura em 13 de maio, em um evento no Circo Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Quaquá também é vice-presidente nacional do PT.

Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho se apresenta hoje como o “candidato do Lula”, apesar de o presidente da República não ter declarado publicamente o apoio a ele e nem a qualquer outro nome. Um dos maiores articuladores de sua campanha é o ex-ministro José Dirceu.

Quaquá ironiza o cartão de visitas do adversário. “Edinho vem de um apoio do presidente Lula que é que nem cabeça de bacalhau: até agora ninguém viu. Ele tem antipatia de toda a coordenação da CNB. E estou buscando o apoio da coordenação da CNB, composta por mim, Humberto Costa, José Guimarães, Gleide Andrade e o Jilmar Tatto.”

Para o prefeito de Maricá, o entorno de Lula no Palácio do Planalto fala em nome do presidente da República sobre a eleição petista sem sua autorização. “Estão todos tentando viabilizar o Edinho porque querem o PT sabujo da entourage palaciana”, diz.

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O prazo para registro de candidaturas vai até 19 de maio. A votação será em 6 de julho. Se houver segundo turno, petistas voltarão às urnas duas semanas depois, em 20 de julho.

Como mostrou o Radar, uma reunião há cerca de duas semanas no Palácio do Planalto entre Lula, a ministra Gleisi Hoffmann, o atual presidente do PT, senador Humberto Costa, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, terminou com o entendimento de que Edinho não sofreria oposição da cúpula da CNB.

A condição era que os caciques da maior corrente interna do partido mantivessem a prerrogativa sobre as secretarias de Planejamento e Finanças e de Comunicação, hoje comandadas por Gleide Andrade e Jilmar Tatto – que, por sua vez, andam cada vez mais irritados com declarações vistas como “fogo amigo” de Edinho.

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O próprio ex-prefeito de Araraquara ainda não deu seu aval ao acordo. Se eleito, quer receber a estrutura do partido “de porteira fechada” – principalmente a tesouraria do PT, objeto de trauma para o partido depois de escândalos como os de Delúbio Soares e João Vaccari Neto, mas que passou a receber elogios internamente na gestão de Gleide.

Abrigo de diferentes “tendências”, como são chamadas as correntes internas, o Partido dos Trabalhadores está habituado com divergências. O atual cenário, no entanto, ganha contornos mais explosivos, e justamente a um ano e meio das eleições de 2026.

Nesse clima de barril de pólvora, petistas com larga experiência na política interna do partido avaliam que a candidatura de Quaquá aumenta o risco de haver fraturas no entendimento em torno de Edinho e pode levar a disputa para o segundo turno. Um desdobramento assim seria não só mais uma dor de cabeça, mas, de fato, uma derrota para Lula na reta final de seu terceiro mandato.



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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