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‘A FRELIMO deve restaurar a verdade’ – DW – 11/07/2024

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Desde que as eleições presidenciais de Moçambique foram realizadas em 9 de Outubro e Daniel Chapo foi declarado presidente, a capital, Maputo, tem sido abalada por protestos e agitação latente. O partido da oposição, PODEMOS, liderado por Venâncio Mondlane, acusou o partido no poder, FRELIMO, de fraude eleitoral.

A subsequente escalada de agitação levou à morte de pelo menos 18 pessoas, segundo a Human Rights Watch. Novos protestos foram convocados Quinta-feira, 7 de novembroe muitos estão preocupados com o histórico de uso de violência do governo contra os manifestantes.

Numa entrevista exclusiva à DW, Mondlane confirma que foi abordado por membros da FRELIMO. Ele diz que não teme ameaças à sua vida, mesmo depois de um advogado e um candidato associado a ele terem sido assassinado a tiro em Maputo há várias semanas. Aqui está o que Mondlane disse durante uma entrevista recente à DW África.

DW África: O Presidente da República apelou aos moçambicanos para se unirem em protesto no dia 7 de novembro, ao mesmo tempo que o ministro da Defesa enviou uma mensagem de intimidação aos que planeiam protestar. Como descreveria essas tácticas utilizadas pelo governo da FRELIMO?

Venâncio Mondlane: Isto é típico de governos “cínicos”. É típico de falta de visão quando se trata de processos de negociação. Recusam-se a reconhecer que as políticas públicas da FRELIMO ao longo dos últimos 50 anos foram desastrosas.

As questões aqui prendem-se não só com a justiça eleitoral, que queremos, mas também com uma vasta gama de indicadores sociais e económicos que se revelaram desastrosos para a população. É por isso que o povo de Moçambique acabaram por aderir a este movimento (de protesto).

Embora as reivindicações feitas durante as manifestações estejam principalmente relacionadas com o processo eleitoral, também estão associadas a outras causas. Por isso temos pessoas de diversas profissões e classes sociais aderindo ao movimento, incluindo médicos, professores, militares e até policiais. A questão eleitoral acabou sendo o motor que levou a população a protestar contra uma série de desastres na gestão pública que se acumularam ao longo de 50 anos.

Moçambique declara vencedor das eleições em meio a agitação latente

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DW África: O governo ameaçou declarar o estado de emergência que poria fim às manifestações em grande escala que convocou. Você estaria disposto a ceder às ameaças?

Mondlane: Acho que o momento está errado. O estado de emergência teria feito sentido se tivesse sido declarado anteriormente como medida preventiva. Neste momento, com a população mobilizada e as manifestações já generalizadas a nível nacional, acredito que declarar o estado de emergência não teria qualquer efeito.

DW África: Muitas pessoas dizem que a sua vida está em perigo. Você se preocupa com uma possível tentativa de assassinato?

Mondlane: Sou alvo há 20 anos, por isso conspirações contra a minha vida e integridade física não são novidade para mim. O que importa é a minha profunda convicção de que defendo valores que vão além da vida física, que é transitória e passageira. Os valores são atemporais, passam de geração em geração. Portanto, vale a pena lutar pelo que prevalece e perdura ao longo do tempo, e não pelo que é efêmero, como a nossa vida física.

DW África: O partido FRELIMO alguma vez solicitou oficialmente uma discussão consigo?

Mondlane: Sim, fui contactado por várias pessoas do Partido FRELIMO. Alguns disseram que vinham até mim em seu próprio nome, enquanto outros afirmavam ter mandato para falar comigo. Alguns outros eram oportunistas. Fui abordado por eles e não tenho problemas em dialogar, desde que estruturado de forma sistemática, consistente e coerente. Neste momento, tudo está fragmentado e caótico.

DW África: O que espera da FRELIMO?

Mondlane: O meu objectivo, que não é só meu mas partilhado por muitas pessoas, seria que o governo da FRELIMO dobrasse os joelhos e aceitasse que deve restaurar a verdade eleitoral e aceitar uma série de condições, que as pessoas têm exigido, há mais de 50 anos.

O que queremos em Moçambique é simples – em primeiro lugar, restaurar a verdade eleitoral. Em segundo lugar, precisamos de pôr fim a um erro histórico que foi cometido e acabar com o sistema bipartidário do Estado moçambicano.

Editado por Sarah Hucal



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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

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Ufac apresenta delegação que vai para os Jubs 2025 — Universidade Federal do Acre

A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Proex) e em parceria com a Federação do Desporto Universitário Acreano (FDUA), apresentou oficialmente a delegação que representará a instituição nos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs) de 2025. O grupo, formado por cerca de 70 estudantes-atletas e técnicos voluntários, foi apresentado em cerimônia realizada na quadra do Sesi neste sábado, 27.

A equipe, que competirá no maior evento de desporto universitário da América Latina, levará as cores da Ufac e do Acre em diversas modalidades: handebol, voleibol, xadrez, taekwondo, basquete, cheerleading, futsal e a modalidade eletrônica Free Fire. A edição deste ano dos jogos ocorrerá em Natal, no Rio Grande do Norte, entre 5 e 19 de outubro, e deve reunir mais de 6.500 atletas de todo o país.

A abertura do evento ficou por conta da apresentação da bateria Kamboteria, da Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Ufac, a Sinistra. Sob o comando da mestra Alexia de Albuquerque, o grupo animou os presentes com o som de tamborins, chocalhos, agogôs, repiques e caixas.

Em um dos momentos mais simbólicos da solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, entregou as bandeiras do Acre e da universidade aos atletas. Em sua fala, ela destacou o orgulho e a confiança depositada na delegação.

“Este é um momento de grande alegria para a nossa universidade. Ver a dedicação e o talento de nossos estudantes-atletas nos enche de orgulho. Vocês não estão apenas indo competir; estão levando o nome da Ufac e a força do nosso estado para todo o Brasil”, disse a reitora, que complementou: “O esporte universitário é uma ferramenta poderosa de formação, que ensina sobre disciplina, trabalho em equipe e superação”.

A cerimônia contou ainda com a apresentação do time de cheerleading, que empolgou os presentes com suas acrobacias, e foi encerrada com um jogo amistoso de vôlei.

Compuseram o dispositivo de honra do evento o deputado federal e representante da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro; o deputado estadual Eduardo Ribeiro; o vereador de Rio Branco Samir Bestene; o vice-presidente da Federação do Desporto Universitário do Acre, Sandro Melo; o pró-reitor de Extensão, Carlos Paula de Moraes; a diretora de Arte, Cultura e Integração Comunitária, Lya Beiruth; o coordenador do Centro de Referência Paralímpico e Dirigente Oficial da Delegação da Ufac nos Jubs 2025, Jader de Andrade Bezerra; e o presidente da Liga das Atléticas da Ufac, Max William da Silva Pedrosa.

 



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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

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Ufac realiza 3ª Jornada das Profissões para alunos do ensino médio — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Graduação da Ufac realizou a solenidade de abertura da 3ª Jornada das Profissões. O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26, no Teatro Universitário, campus-sede, e reuniu estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas do Estado, com o objetivo de aproximá-los da universidade e auxiliá-los na escolha de uma carreira. A abertura contou com apresentação cultural do palhaço Microbinho e exibição do vídeo institucional da Ufac.

A programação prevê a participação de cerca de 3 mil alunos durante todo o dia, vindos de 20 escolas, entre elas o Ifac e o Colégio de Aplicação da Ufac. Ao longo da jornada, os jovens conhecem os 53 cursos de graduação da instituição, além de laboratórios, espaços culturais e de pesquisa, como o Museu de Paleontologia, o Parque Zoobotânico e o Complexo da Medicina Veterinária.


Na abertura, a reitora Guida Aquino destacou a importância do encontro para os estudantes e para a instituição. Segundo ela, a energia da juventude renova o compromisso da universidade com sua missão. “Vocês são a razão de existir dessa universidade”, disse. “Tenho certeza de que muitos dos que estão aqui hoje ingressarão em 2026 na Ufac. Aproveitem este momento, conheçam os cursos e escolham aquilo que os fará felizes.”

A reitora também ressaltou a trajetória do evento, que chega à 3ª edição consolidado, e agradeceu as parcerias institucionais que possibilitam sua realização, como a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) e a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). “Sozinho ninguém faz nada, mas juntos somos mais fortes; é assim que a Ufac tem crescido, firmando-se como referência no ensino superior da Amazônia”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, explicou a proposta da jornada e o esforço coletivo envolvido na organização. “Nosso objetivo é mostrar os cursos de graduação da Ufac e ajudar esses jovens a identificarem áreas de afinidade que possam orientar suas escolhas profissionais. Muitos acreditam que a universidade é paga, então esse é também um momento de reforçar que se trata de uma instituição pública e gratuita.”

Entre os estudantes presentes estava Ana Luiza Souza de Oliveira, do 3º ano da Escola Boa União, que participou pela primeira vez da jornada. Ela contou estar animada com a experiência. “Quero ver de perto como funcionam as profissões, entender melhor cada uma. Tenho vontade de fazer Psicologia, mas também penso em Enfermagem. É uma oportunidade para tirar dúvidas.”


Também compuseram o dispositivo de honra o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid; o pró-reitor de Administração, Tone Eli da Silva Roca; o presidente da FEM, Minoru Kinpara; além de diretores da universidade e representantes da SEE.



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Enanpoll — Universidade Federal do Acre

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publicado:
26/09/2025 14h57,


última modificação:
26/09/2025 14h58

1 a 3 de outubro de 2025



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