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A maratona legal de Elena Congost para obter a medalha “retirada injustamente” dos Jogos Paralímpicos

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A imagem comoveu o público pela primeira vez quando a maratonista espanhola Elena Congost apoiou a sua guia, vítima de fortes cólicas, pouco antes de cruzar a linha de chegada na terceira posição, no último dia dos Jogos Paraolímpicos de Paris, domingo, 8 de setembro. Em seguida, a imagem causou indignação quando a atleta, deficiente visual, foi finalmente desclassificada por ter divulgado brevemente o link que a unia ao companheiro, gesto proibido pelo regulamento. A medalha de bronze foi então para um competidor japonês, que terminou em quarto lugar – e três minutos depois do espanhol.

Esta decisão, considerada por muitos observadores contrária ao espírito olímpico, suscitou incompreensão geral, como a publicação, em meados de outubro, de um artigo de um grupo de advogados Em A equipe.

Determinada a recuperar uma medalha da qual considera ter sido injustamente privada, Elena Congost está prestes a travar uma luta judicial, conforme anunciou na quarta-feira, 23 de outubro, a consultoria Dupont-Hissel, que a representa: “Elena Congost terá agora de fazer valer os seus direitos em tribunal. Dedicamo-nos agora à preparação desta ação judicial, que será apresentada a um juiz com competência territorial e material. »

“Continuar o processo”

Os dois advogados associados, os belgas Jean-Louis Dupont e Martin Hissel, são reconhecidos como sendo os cabelos das principais instituições desportivas. Jean-Louis Dupont está notavelmente na origem da decisão Bosman em 1995que revolucionou o futebol ao garantir a livre circulação dos jogadores de futebol europeus, como qualquer cidadão da União Europeia (UE).

A empresa ainda está considerando a melhor forma de tomar medidas legais, mas a decisão de princípio já foi tomada. “Diante da inércia, da ignorância e do desprezo, não podemos fazer outra coisa senão prosseguir com o processo. Acreditamos que nossa cliente tem o direito de obter o que lhe foi injustamente tirado”, garante Martin Hissel, acompanhado pelo Mundo. Para o advogado, sem dúvida “para jogar o jogo do Tribunal Arbitral do Esporte (QUE)uma opção totalmente excluída aos nossos olhos. » Em matéria desportiva, os regulamentos aplicáveis, emitidos pelas principais organizações desportivas, referem-se, em princípio, ao organismo com sede na Suíça.

Ou despeje Me Hissel, le TAS “não garante aos atletas o respeito e a proteção proporcionados pela legislação da UE”. O advogado apoia-se, nomeadamente, num acórdão recente do Tribunal de Justiça da União Europeia, proferido neste sentido em dezembro de 2023 e que diz respeito à União Internacional de Patinagem. A federação internacional havia sido atacada por patinadores que se sentiram obrigados a recorrer ao CAS durante uma disputa com o órgão. Para Martin Hissel, os atletas devem ser capazes de “recurso a um juiz estadual de um estado da UE”.

Luta na mídia

Quanto ao mérito, o advogado belga explica que o seu cliente está “extremamente lúcido, calmo e sereno”. “Ela foi a primeira a considerar que o que estava acontecendo com ela era injusto e incompreensível.ele indica. O que constitui um problema é sobretudo o hiato entre a grande celebração dos Jogos e os seus valores durante um mês, uma decisão que vai na contramão e depois a total ausência de reação. »

Antes de tomar medidas legais, a maratonista espanhola e os seus advogados travaram uma batalha mediática. Uma carta foi enviada – e tornada pública – em 25 de setembro ao Comitê Paraolímpico Internacional, ao Comitê Olímpico Internacional, ao Comitê Organizador Paris 2024 e ao Ministro do Esporte da França para pedir “senso de justiça e imparcialidade esportiva” a fim de“adotar a única solução justa (e juridicamente correta)”nomeadamente, segundo eles, conceder a Elena Congost “a medalha que ela ganhou por direito”.

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Esta carta exigia uma decisão “amigavelmente” o que permitiria a atribuição de duas medalhas de bronze, “a entrega da medalha de bronze a Mmeu A Congost tal como o seu concorrente seria a melhor solução”. Segundo o comunicado de imprensa de hoje, apenas o Comité Olímpico Internacional respondeu, declarando-se “incompetente”.

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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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