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Aeroporto de Guarulhos chega aos 40 anos entre recorde de passageiros e casos de polícia – 15/01/2025 – Turismo
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12 meses atrásem
Gabriel Justo
No ano passado, um total de 43,6 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos. O número marca um recorde histórico para o terminal, justamente quando ele completa 40 anos de existência, na próxima segunda-feira (20).
Quando foi inaugurado, atendeu a uma demanda da Grande São Paulo por pistas longas, que pudessem receber os grandes jatos, novidades da época. Ao longo desse tempo, o aeroporto cresceu, tornou-se o principal do país, foi concedido à iniciativa privada e se modernizou, mas chega às quatro décadas de operação entre recordes e casos de polícia.
Após anos de atrasos, deve ser inaugurado nos próximos meses o aeromóvel, que vai enfim ligar (ainda que de maneira improvisada) os terminais à rede de transportes da região metropolitana.
As queixas em relação à demora nas obras desse meio de transporte se somam a outras reclamações. No ano passado, foi avaliado pela Agência Nacional de Aviação Civil como o pior do país entre os privatizados. Isso sem contar o fato de ter sido palco de uma execução recente em plena luz do dia.
O episódio não foi o único a ganhar as páginas dos jornais. Foi ali também que as malas de duas brasileiras foram trocadas por outras carregadas de drogas, o que as levou à prisão na Alemanha.
Hoje, o aeroporto se debruça em mais um problema: os golpes dos falsos motoristas de aplicativos, que enganam passageiros.
Enquanto isso, as salas VIPs foram se ampliando. No novo terminal do BTG Pactual, criado no ano passado, quem topa desembolsar pelo menos US$ 600 (cerca de R$ 3,6 mil) pode embarcar sem ter de lidar com o entorno.
A própria criação do aeroporto foi envolvida em controvérsias. Foram anos de discussões para definir a localização do local que o abrigaria. Guarulhos acabou sendo a opção mais viável economicamente, mas foi uma escolha criticada por causa dos nevoeiros constantes na região. Sua inauguração se deu com o pouso de um Boeing 747 da Varig, vindo de Nova York, em 20 de janeiro de 1985.
Nos anos 1990, um segundo terminal e uma segunda pista mais que dobrou a sua capacidade, atraindo boa parte dos voos internacionais do Galeão, no Rio. Em 2012, foi concedido à iniciativa privada pelo período de 20 anos. Dois anos depois, a tempo dos jogos da Copa do Mundo, foi inaugurado o seu terminal 3.
Hoje, 34 companhias oferecem voos para 52 destinos nacionais e outros 54 internacionais. São quase 800 pousos e decolagens por dia —em média, um movimento a cada 90 segundos.
“Há companhias e aviões que, no Brasil, só operam aqui”, afirma a controladora de tráfego aéreo Ingrid Fini, 47. Ela diz que sonhava em trabalhar em Guarulhos desde criança, quando seu pai a levava para ver aviões por ali.
“Qualquer distração pode levar a um acidente”, diz ela, no intervalo do trabalho, enquanto recebe a reportagem para uma visita à torre de controle. Minutos depois, uma pipa perto de uma das pistas paralisou as operações por alguns minutos e, logo em seguida, um avião que acabara de decolar perderia um motor e teria de retornar ao aeroporto em um pouso de emergência.
“Um fechamento de pista para situações como essas, ainda que por poucos minutos, pode impactar as malhas das companhias aéreas por três, quatro dias”, afirma Marilisa Mira, 50, que coordena a equipe de controladores de tráfego do aeroporto. É um time que se reveza em turnos de seis horas, com um limite de duas horas contínuas antes de cada intervalo, que é obrigatório.
Em 2024, ela participou de um grupo de trabalho que, inspirado no aeroporto de San Francisco (famoso por suas pistas paralelas onde os aviões pousam e decolam em sincronia), e desenvolveu um novo procedimento que permite que ambas as pistas de Guarulhos, também paralelas, possam operar de maneira quase independente —ainda que o espaço entre elas seja pequeno.
Usar as duas pistas assim era inimaginável no final dos anos 1980, quando o controlador Alexandre de Simone, 65, começou a trabalhar na torre de Guarulhos. Hoje com 38 anos de casa, ele é o decano da turma e narra até mesmo episódios tensos com a tranquilidade de quem parece já ter visto de tudo —como quando ajudou um avião com problemas no trem de pouso a pousar em segurança.
No terminal de passageiros, Regina da Costa, 62, estava em Guarulhos no dia em que o corpo de Ayrton Senna retornou ao Brasil, em 1994. Gina, como é conhecida, diz que não houve momento mais comovente do que aquele.
“O piloto do avião se recusou a embarcar o caixão no porão. O caixão viajou na cabine, em um assento de primeira classe afastado dos demais passageiros”, lembra ela, destacando que as regras atuais jamais permitiriam tal atitude.
Gina hoje gerencia salas VIP ali. “Uma vez precisei pedir que um famoso apresentador se retirasse, porque nem ele nem os acompanhantes tinham direito”, lembra. “É só mais um dia no aeroporto.”
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Nota da Andifes sobre os cortes no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para as Universidades Federais — Universidade Federal do Acre
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1 semana atrásem
23 de dezembro de 2025Notícias
publicado:
23/12/2025 07h31,
última modificação:
23/12/2025 07h32
Confira a nota na integra no link: Nota Andifes
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Ufac entrega equipamentos ao Centro de Referência Paralímpico — Universidade Federal do Acre
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2 semanas atrásem
18 de dezembro de 2025A Ufac, a Associação Paradesportiva Acreana (APA) e a Secretaria Extraordinária de Esporte e Lazer realizaram, nessa quarta-feira, 17, a entrega dos equipamentos de halterofilismo e musculação no Centro de Referência Paralímpico, localizado no bloco de Educação Física, campus-sede. A iniciativa fortalece as ações voltadas ao esporte paraolímpico e amplia as condições de treinamento e preparação dos atletas atendidos pelo centro, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e a inclusão de pessoas com deficiência.
Os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro, com o objetivo de fortalecer a preparação esportiva e garantir melhores condições de treino aos atletas do Centro de Referência Paralímpico da Ufac.
Durante a solenidade, a reitora da Ufac, Guida Aquino, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Sozinho não fazemos nada, mas juntos somos mais fortes. É por isso que esse centro está dando certo.”
A presidente da APA, Rakel Thompson Abud, relembrou a trajetória de construção do projeto. “Estamos dentro da Ufac realizando esse trabalho há muitos anos e hoje vemos esse resultado, que é o Centro de Referência Paralímpico.”
O coordenador do centro e do curso de Educação Física, Jader Bezerra, ressaltou o compromisso das instituições envolvidas. “Este momento é de agradecimento. Tudo o que fizemos é em prol dessa comunidade. Agradeço a todas as instituições envolvidas e reforço que estaremos sempre aqui para receber os atletas com a melhor estrutura possível.”

O atleta paralímpico Mazinho Silva, representando os demais atletas, agradeceu o apoio recebido. “Hoje é um momento de gratidão a todos os envolvidos. Precisamos avançar cada vez mais e somos muito gratos por tudo o que está sendo feito.”
A vice-governadora do Estado do Acre, Mailza Assis da Silva, também destacou o trabalho desenvolvido no centro e o talento dos atletas. “Estou reconhecendo o excelente trabalho de toda a equipe, mas, acima de tudo, o talento de cada um de nossos atletas.”
Já o assessor do deputado estadual Eduardo Ribeiro, Jeferson Barroso, enfatizou a finalidade social da emenda. “O deputado Eduardo fica muito feliz em ver que o recurso está sendo bem gerenciado, garantindo direitos, igualdade e representatividade.”
Também compuseram o dispositivo de honra a pró-reitora de Inovação, Almecina Balbino, e um dos coordenadores do Centro de Referência Paralímpico, Antônio Clodoaldo Melo de Castro.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Orquestra de Câmara da Ufac apresenta-se no campus-sede — Universidade Federal do Acre
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18 de dezembro de 2025A Orquestra de Câmara da Ufac realizou, nesta quarta-feira, 17, uma apresentação musical no auditório do E-Amazônia, no campus-sede. Sob a coordenação e regência do professor Romualdo Medeiros, o concerto integrou a programação cultural da instituição e evidenciou a importância da música instrumental na formação artística, cultural e acadêmica da comunidade universitária.
A reitora Guida Aquino ressaltou a relevância da iniciativa. “Fico encantada. A cultura e a arte são fundamentais para a nossa universidade.” Durante o evento, o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, destacou o papel social da arte. “Sem arte, sem cultura e sem música, a sociedade sofre mais. A arte, a cultura e a música são direitos humanos.”
Também compôs o dispositivo de honra a professora Lya Januária Vasconcelos.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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