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Alemanha Magdeburg atacante do mercado de Natal: O que sabemos até agora | Notícias sobre crimes

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Cinco pessoas, incluindo um menino de nove anos, morreram quando um homem bateu com um carro em um mercado de Natal lotado em Magdeburg, Alemanha, em 20 de dezembro.

Mais de 200 pessoas ficaram feridas no ataque na noite de sexta-feira, incluindo cerca de 40 pessoas que sofreram ferimentos graves ou críticos.

Na terça-feira, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, usou o seu tradicional discurso de Natal à nação para apelar à unidade nacional.

Ele disse: “Uma sombra escura paira sobre este Natal”.

“O ódio e a violência não devem ter a palavra final. Não vamos permitir que nos separemos. Vamos ficar juntos.”

As autoridades relataram que o suspeito usou rotas de saída de emergência para acessar o mercado de Natal, onde atravessou a multidão durante um tumulto de três minutos. O homem se entregou à polícia no local.

O departamento de polícia de Magdeburg disse em comunicado no domingo que o suspeito foi colocado em detenção investigativa sob suspeita de cinco acusações de homicídio e múltiplas acusações de tentativa de homicídio e lesões corporais graves.

Aqui está o que sabemos sobre o suspeito:

Quem é o suspeito?

O suspeito foi identificado como Taleb al-Abdulmohsen, um psiquiatra de 50 anos da Arábia Saudita que vive na Alemanha há quase duas décadas.

Ele trabalha em uma clínica especializada no tratamento de infratores com problemas de dependência, mas está de licença médica desde o final de outubro.

Descreveu-se como um “ateu saudita” e um activista crítico do Islão que ajudou antigos muçulmanos a fugir dos países do Golfo.

Al-Abdulmohsen tem estado ativo online, criticando a Alemanha por aceitar demasiados refugiados muçulmanos e por apoiar teorias conspiratórias de extrema direita sobre a “islamização” da Europa.

A revista de notícias Der Spiegel informou que al-Abdulmohsen apoiava o partido anti-imigrante Alternativa para a Alemanha (AfD).

Mina Ahadi, presidente do Conselho Central de Ex-Muçulmanos da Alemanha, disse ao jornal alemão Tageszeitung que o suspeito era conhecido do conselho e que tentou enviar uma doação há cerca de oito anos.

Ela lembrou o comportamento dele como “agressivo” e disse que se sentia “lidando com um doente mental”.

Ahadi escreveu no X no sábado que al-Abdulmohsen “aterrorizou” o conselho durante vários anos.

“As suas ideias delirantes foram tão longe que ele assumiu que mesmo as organizações críticas do islamismo faziam parte da conspiração islâmica”, disse ela.

O que disseram as autoridades?

A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, disse aos jornalistas no sábado: “Nesta fase, a única coisa que podemos dizer com certeza é que o perpetrador era claramente islamofóbico. Já podemos confirmar isso. Todo o resto está sujeito a investigações adicionais.”

No domingo, ela disse que o agressor “não se enquadrava em nenhum padrão anterior” porque “agia como um terrorista islâmico, embora ideologicamente fosse claramente um inimigo do Islã”.

As audiências da comissão parlamentar serão realizadas em 30 de dezembro sobre o ataque, nas quais Faeser e os chefes dos serviços de inteligência nacionais e estrangeiros da Alemanha responderão a perguntas, disse um parlamentar sênior à agência de notícias AFP.

Qual foi o motivo do suspeito?

O promotor de Magdeburg, Horst Nopens, disse no sábado que um fator que contribui para os motivos do suspeito pode ser sua frustração com a forma como a Alemanha lida com os refugiados sauditas.

O suspeito tinha emitido ameaças de morte online contra cidadãos alemães e tinha um historial de conflitos com autoridades estatais.

De acordo com uma reportagem da revista Der Spiegel que citou fontes de segurança, o serviço secreto saudita alertou o Serviço Federal de Inteligência (BND), a agência de inteligência estrangeira da Alemanha, um ano antes sobre um tweet no qual al-Abdulmohsen alertava que a Alemanha enfrentaria consequências pelos seus tratamento dos refugiados sauditas.

Em agosto, ele escreveu nas redes sociais: “Existe um caminho para a justiça na Alemanha sem explodir uma embaixada alemã ou massacrar aleatoriamente cidadãos alemães?… Se alguém souber, por favor me avise”.

Citando fontes de segurança, o jornal Die Welt informou que a polícia estadual e federal alemã realizou uma “avaliação de risco” sobre al-Abdulmohsen no ano passado, mas concluiu que ele “não representava nenhum perigo específico”.

O que mais se sabe sobre os motivos do suspeito?

Felix Neumann, conselheiro político para questões de segurança da Fundação Konrad Adenauer da Alemanha, disse à Al Jazeera que inicialmente se presumiu que o incidente era “um ataque islâmico, pois era muito semelhante ao ataque à Breitscheidplatz em 2016”, quando um caminhão entrou deliberadamente em um Natal. mercado em Berlim, matando 13 pessoas.

“No entanto, olhando para os comentários que ele fez online, é agora bastante improvável que tenha sido um ataque islâmico”, disse Neumann.

“O perpetrador criticou muito o Islão e partilhou narrativas extremistas de direita na sua conta X. Investigações futuras mostrarão o que o motivou no final, mas o conceito de “extremismo de bufê de saladas” poderia ser aplicado aqui.

“Isso significa que os indivíduos escolhem individualmente os aspectos que são plausíveis para eles, mas não existe uma ideologia uniforme e coerente.”

O governo poderia ter feito mais para evitar o ataque?

Neumann disse: “A Alemanha é um sistema federal, que tem várias vantagens, mas a partilha de informações não é uma delas.

“Os serviços de inteligência estrangeiros e os indivíduos que forneceram informações sobre o perigo potencial do perpetrador devem agora ser investigados e deve ser estabelecido onde houve erros na cadeia de partilha de informações.

“Isso deve então ser otimizado para que as análises de ameaças potenciais possam ser melhor repassadas entre as autoridades.”



Leia Mais: Aljazeera

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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